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memita's review against another edition
3.0
3,5*
Primeiro que tudo, esta não é uma história sobre a boneca de Kokoschka, é uma história em que a boneca entra. A sinopse levou-me completamente em erro, devido a isso, saí desiludida. O livro começa maravilhosamente bem, com capítulos lindíssimos e com imagens elucidativas. Depois a história descamba, perco-me nas personagens, porque estas aparecem do nada e do nada continuam a existir. E as imagens ao londo do texto não existem mais depois das primeiras páginas. O final, do qual não desgostei, as metáforas que semeiam todo o livro e o desembaraçar da teia de personagens e acontecimentos salvaram o livro para mim. Posso dizer que a história em si é complicada, até porque dei por mim a reler capítulos não por prazer (como no início do livro), mas porque já não sabia que personagem era aquela e de onde veio ela. Em suma, acho que fui enganada pelas expectativas altas que tinha com o autor desde O Pintor debaixo do Lava-loiças.
Primeiro que tudo, esta não é uma história sobre a boneca de Kokoschka, é uma história em que a boneca entra. A sinopse levou-me completamente em erro, devido a isso, saí desiludida. O livro começa maravilhosamente bem, com capítulos lindíssimos e com imagens elucidativas. Depois a história descamba, perco-me nas personagens, porque estas aparecem do nada e do nada continuam a existir. E as imagens ao londo do texto não existem mais depois das primeiras páginas. O final, do qual não desgostei, as metáforas que semeiam todo o livro e o desembaraçar da teia de personagens e acontecimentos salvaram o livro para mim. Posso dizer que a história em si é complicada, até porque dei por mim a reler capítulos não por prazer (como no início do livro), mas porque já não sabia que personagem era aquela e de onde veio ela. Em suma, acho que fui enganada pelas expectativas altas que tinha com o autor desde O Pintor debaixo do Lava-loiças.
pjv1013's review against another edition
4.0
Uma boneca, uma busca, a procura de uma sentido. Uma complexa e intrincada busca por um sentido.
A vida é isso? A busca... E neste livro esta busca de múltiplos sentidos, e em múltiplas dimensões é a premência de uma história complexa. Mas também é a celebração da amizade e do amor nas famílias que somos e que escolhemos ser.
Mais um livro que li do @afonso_cruz e mais uma vez um prazer imenso nas linhas que se lêem, mas também nas ilustrações e - neste caso - no modo como o livro objecto se organiza.
A vida é isso? A busca... E neste livro esta busca de múltiplos sentidos, e em múltiplas dimensões é a premência de uma história complexa. Mas também é a celebração da amizade e do amor nas famílias que somos e que escolhemos ser.
Mais um livro que li do @afonso_cruz e mais uma vez um prazer imenso nas linhas que se lêem, mas também nas ilustrações e - neste caso - no modo como o livro objecto se organiza.
readingmada's review against another edition
dark
emotional
inspiring
reflective
fast-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? No
- Loveable characters? Yes
- Diverse cast of characters? Yes
- Flaws of characters a main focus? No
3.75
inesscm's review against another edition
4.0
Para mim, este é sem dúvida um dos livros mais interessantes de Afonso Cruz que tive oportunidade de ler até ao momento.
Nesta obra, somos apresentados a uma narrativa que fala de como as nossas vidas se interligam com as daqueles que nos rodeiam e como, por vezes sem saber, podemos ter um impacto duradouro nas suas vidas. Afonso Cruz cria uma teia de relações entre as personagens que vai ser explorada com o avançar dos capítulos, formando uma imagem complexa que nos permite acompanhar três linhas narrativas principais - a de Isaac Dresner, a de Mathias Popa e a de Adele Varga - e a forma como estas se relacionam, por vezes de forma subtil, outras vezes de forma gritante.
Se ao princípio achei a história um pouco desconexa e com saltos temporais que não faziam sentido, a partir de meio os novelos começam a separar-se, as narrativas paralelas começam a surgir e, no fim, ficamos com uma visão completa e profunda da história nas suas várias linhas temporais. Para refletir sobre temas como a guerra, a perda, a saudade, as relações interpessoais, o destino, ou o amor.
Nesta obra, somos apresentados a uma narrativa que fala de como as nossas vidas se interligam com as daqueles que nos rodeiam e como, por vezes sem saber, podemos ter um impacto duradouro nas suas vidas. Afonso Cruz cria uma teia de relações entre as personagens que vai ser explorada com o avançar dos capítulos, formando uma imagem complexa que nos permite acompanhar três linhas narrativas principais - a de Isaac Dresner, a de Mathias Popa e a de Adele Varga - e a forma como estas se relacionam, por vezes de forma subtil, outras vezes de forma gritante.
Se ao princípio achei a história um pouco desconexa e com saltos temporais que não faziam sentido, a partir de meio os novelos começam a separar-se, as narrativas paralelas começam a surgir e, no fim, ficamos com uma visão completa e profunda da história nas suas várias linhas temporais. Para refletir sobre temas como a guerra, a perda, a saudade, as relações interpessoais, o destino, ou o amor.
cheesecakenham's review against another edition
3.0
3,5
Um romance dentro de outro romance, onde a vida real e a ficção se misturam sem deixarem saber em que ponto começa uma e acaba a outra.
Um romance dentro de outro romance, onde a vida real e a ficção se misturam sem deixarem saber em que ponto começa uma e acaba a outra.
rbonjour's review against another edition
4.0
Somos constituídos por uma manta de retalhos de todas as pessoas que nos formam, de todas as pessoas que fazem ou fizeram parte da nossa vida. Em "A Boneca de Kokoschka", Afonso Cruz (des)constrói essa manta em que se entrelaçam as vidas de várias personagens, mostrando-nos como o acaso nem sempre é tão aleatório como parece, mas que o destino tão-pouco está sempre tão definitivamente escrito como parece.
O livro peca talvez um pouco pela organização: ao dedicar cada parte a um grupo de personagens, acaba por nos deixar a sensação de ter abandonado as suas personagens, que depois retoma mais tarde, num novo contexto -- como Kokoschka abandonou a sua boneca quando deixou de precisar dela, dando-lhe nesse acto uma segunda vida. No entanto, o retorno às personagens anteriores é um não-retorno, sentimos que já não são as mesmas por quem nos apaixonamos: queriamos saber mais sobre Isaac, Tsilia e Bonifaz Vogel e a estranha família que criaram; por outro lado, não nos convence Miro Korda, não o acreditamos merecedor deste entrelaçado.
No final, não deixa de ser uma bela leitura. Afonso Cruz é um mestre das palavras, transformando-as em metáforas que poderemos levar connosco, incorporando-as na nossa própria manta (não fossem os livros, também eles, uma espécie de boneca de Kokoschka).
O livro peca talvez um pouco pela organização: ao dedicar cada parte a um grupo de personagens, acaba por nos deixar a sensação de ter abandonado as suas personagens, que depois retoma mais tarde, num novo contexto -- como Kokoschka abandonou a sua boneca quando deixou de precisar dela, dando-lhe nesse acto uma segunda vida. No entanto, o retorno às personagens anteriores é um não-retorno, sentimos que já não são as mesmas por quem nos apaixonamos: queriamos saber mais sobre Isaac, Tsilia e Bonifaz Vogel e a estranha família que criaram; por outro lado, não nos convence Miro Korda, não o acreditamos merecedor deste entrelaçado.
No final, não deixa de ser uma bela leitura. Afonso Cruz é um mestre das palavras, transformando-as em metáforas que poderemos levar connosco, incorporando-as na nossa própria manta (não fossem os livros, também eles, uma espécie de boneca de Kokoschka).
marta_pinheiro's review against another edition
5.0
Este livro é sobre amor, encontros, família, liberdade, livros e claro, uma boneca. Os livros de Afonso Cruz são caracterizados pela beleza, profundidade e simplicidade da sua escrita, com um uso de metáforas que enriquece a leitura.
blueyorkie's review against another edition
4.0
A Boneca de Kokoschka is a kind of game-book, recommended for its imaginative and playful features, despite the number of sad passions that count. Perhaps it is a failed novel, but above all, it reveals some ineptitude of the romanesque genre for this type of Borgesian fiction. Borges, it is already known, never wrote novels.
slowjoana's review against another edition
4.0
it was a little bit confusing at first, but everything changed when i finally understood the narrative... wow