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anatorres's review against another edition
adventurous
emotional
medium-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? It's complicated
- Loveable characters? No
3.0
anacristinapb's review against another edition
4.0
Já havia ouvido muito sobre a escritora Tatiana Salem Levy, mas por um motivo ou outro não tinha lido nada de sua obra até agora. Comecei a ler A chave de casa e a narrativa me agarrou e quase não pude deixar de lado até chegar ao fim. Romance fragmentado, composto por histórias que se cruzam, de vários personagens cujas vozes escutamos através da perspectiva da protagonista-narradora. Esta dialoga com o avô, imigrante judeu turco que deixa sua terra natal para o Brasil nas primeiras décadas do século vinte; com a mãe, indiretamente envolvida na resistência política de esquerda durante a ditadura militar brasileira, presa e torturada por isso; com um amante com quem tem uma relação intensa e apaixonada e que, pouco a pouco vai se revelando cada vez mais manipulador e violento; e com outros personagens que encontra em suas viagens à Turquia e a Portugal.
Todos esses personagens convergem para compor e recompor a identidade da protagonista ao longo de seu percurso autográfico, o qual se dá exatamente através do ato da escrita, pois ela escreve—reflete, relembra, conta e cria—um passado: um passado recente seu e o passado de prévias gerações: a história da mãe, do avô, da nação brasileira e de outras nações fundacionais na história dessa família. Este é, portanto, um romance sobre deslocamentos temporais, geográficos e afetivos.
A escrita é também o instrumento de que a narradora se vale para, lentamente, conseguir lidar emocionalmente com dois eventos graves em sua vida: a doença e morte da mãe, e sua própria recuperação psicológica e física depois que finalmente consegue deixar a relação abusiva com o amante. Neste sentido, um aspecto de A chave de casa que vale a pena ressaltar é a maneira como a autora constrói sua narrativa sobre as forças antagônicas de Eros e Tânatos, os quais se alternam de um parágrafo a outro, de um fragmento (ou capítulo) ao seguinte, parecendo vencer ora o amor e a vida, ora a degradação e a morte.
Ao final, vence a vida: vence o ato criativo, o ato de narrar e rememorar; vencem os laços afetivos atados pela memória através de gerações.
Todos esses personagens convergem para compor e recompor a identidade da protagonista ao longo de seu percurso autográfico, o qual se dá exatamente através do ato da escrita, pois ela escreve—reflete, relembra, conta e cria—um passado: um passado recente seu e o passado de prévias gerações: a história da mãe, do avô, da nação brasileira e de outras nações fundacionais na história dessa família. Este é, portanto, um romance sobre deslocamentos temporais, geográficos e afetivos.
A escrita é também o instrumento de que a narradora se vale para, lentamente, conseguir lidar emocionalmente com dois eventos graves em sua vida: a doença e morte da mãe, e sua própria recuperação psicológica e física depois que finalmente consegue deixar a relação abusiva com o amante. Neste sentido, um aspecto de A chave de casa que vale a pena ressaltar é a maneira como a autora constrói sua narrativa sobre as forças antagônicas de Eros e Tânatos, os quais se alternam de um parágrafo a outro, de um fragmento (ou capítulo) ao seguinte, parecendo vencer ora o amor e a vida, ora a degradação e a morte.
Ao final, vence a vida: vence o ato criativo, o ato de narrar e rememorar; vencem os laços afetivos atados pela memória através de gerações.
curlycharcoal's review against another edition
3.5
this is advertised as a story on the road; the narrator's trip from Brazil to Turkey, to explore her family's past. from a country i love to the old country i left behind. i have never bought a book faster.
except it has little to do with the road or those places. it's a book about pain, love, family and leaving. it comes in the shape of a vignette spanning three generations across three continents. the common thread across all is the silence and the phrase that keeps coming up; "silence is dangerous". it's her dangerous prose where Levy speaks the loudest in this book.
the pieces vary from a single sentence to a dozen pages. it's a demanding book. it wants the reader's presence and attention as they get teleported in emotion and time, abruptly getting dropped in the middle of a scene like a forgotten memory one stumbles upon accidentally. with no introductions and barely any clues, no overhead of narration, one finds themselves as the narrator. a masterfully unreliable one that keeps you on your toes.
except it has little to do with the road or those places. it's a book about pain, love, family and leaving. it comes in the shape of a vignette spanning three generations across three continents. the common thread across all is the silence and the phrase that keeps coming up; "silence is dangerous". it's her dangerous prose where Levy speaks the loudest in this book.
the pieces vary from a single sentence to a dozen pages. it's a demanding book. it wants the reader's presence and attention as they get teleported in emotion and time, abruptly getting dropped in the middle of a scene like a forgotten memory one stumbles upon accidentally. with no introductions and barely any clues, no overhead of narration, one finds themselves as the narrator. a masterfully unreliable one that keeps you on your toes.
phoebe912's review against another edition
challenging
dark
emotional
reflective
medium-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? It's complicated
- Loveable characters? Yes
- Diverse cast of characters? N/A
- Flaws of characters a main focus? N/A
3.75
rushda's review against another edition
dark
emotional
reflective
sad
medium-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? Yes
- Loveable characters? Yes
- Diverse cast of characters? Yes
- Flaws of characters a main focus? Yes
3.5
jennms_qkw's review against another edition
4.0
I thought this would take me longer to read and absorb. Maybe I missed something. I did read a couple of reviews. Maybe The English Patient helped me to remember many threads in books.
Brazil. Turkey. Portugal. A key.
Brazil. Turkey. Portugal. A key.
vgk's review against another edition
4.0
A beautifully written meditation on grief, love, belonging, stasis and movement.