You need to sign in or sign up before continuing.
Take a photo of a barcode or cover
challenging
reflective
tense
slow-paced
Plot or Character Driven:
Character
Strong character development:
Complicated
Loveable characters:
Complicated
Diverse cast of characters:
No
Flaws of characters a main focus:
Yes
reflective
tense
I have only read two of his books so far. They have made want to read everything he has ever written.
challenging
dark
funny
hopeful
mysterious
reflective
tense
slow-paced
Plot or Character Driven:
A mix
Strong character development:
Yes
Loveable characters:
Yes
Diverse cast of characters:
No
Flaws of characters a main focus:
Yes
i like how jose saramago’s books are enjoyable to read in the moment (well-written and clever and unorthodox etc) and also leave you with much to think about after you’ve finished reading them, this is the 4th book of his I’ve read and they’ve all been 5 stars and they’ve all been kind of life-changing
challenging
informative
reflective
slow-paced
“Nascemos, e nesse momento é como se tivéssemos firmado um pacto para toda a vida, mas o dia pode chegar em que nos perguntemos Quem assinou isto por mim.”
Stad der Zienden kostte veel lezers behoorlijk wat kruim. De schrijfstijl is erg wennen (en wende voor sommigen heelmaal niet) en het boek blijft afstandelijk. Maar het is een geweldig leesclubboek, juist omdat je het zonder leesclub misschien weg zou leggen, terwijl het toch echt de moeite meer dan waard is - vooral als je ook Stad der Blinden gelezen hebt (wat we gedaan hebben). Stad der Zienden leverde een geanimeerde discussie op over zowel de vorm als de inhoud.
Uma continuação maravilhosa ao Ensaio sobre a Cegueira!
A capital de um país é chamada a exercer o seu direito e dever de voto, mas, aquando o término da contagem, uma maioria esmagadora dos votos são em branco. Deverão repetir-se as eleições! E para entender o que poderá ter estado por trás da súbita provocação ao ato eleitoral, colocar-se-ão investigadores e agentes à paisana nas filas de votação. Pior a emenda que o soneto, 83% de votos brancos.
Encarregam-se os políticos de tentar resolver a situação, com inúmeras reuniões e chamadas telefónicas urgentes. Decidem interrogar aqueles que nas filas para ir votar deixaram escapar comentários à primeira vista inofensivos, mas que, aos ouvidos de quem entende, podem ser considerados como mensagens subliminares de resistência. Claro está que destas investigações não proveio nada, medidas mais acertivas tiveram de ser tomadas, instituindo estado de sítio na cidade, i.e, o governo desloca-se para outra cidade, considerada a nova capital do país, e deixa a prévia cercada, barrando a entrada e saída de pessoas e alimentos, sem polícia e sem comando.
O livro obriga o leitor a pensar sobre a sua própria cidadania e na possibilidade de estar a ser governado por pessoas igualmente incompetentes e corruptas, cuja preocupação principal não é o bem-estar dos cidadãos, mas sim o facto de poderem continuar a exercer o seu cargo político a todo o custo. Até que ponto chega esta corrupção moral e autoritária? Os políticos parecem focados em resolver o assunto, acreditando que uma conspiração entre os cidadãos resultou no cenário que foi apresentado. Descobrimos então que a cidade em questão é a mesma que há 4 anos tinha sido tomada pela cegueira branca apresentada em Ensaio sobre a Cegueira, com um primeiro-ministro que acredita que "há quatro anos estivemos cegos e agora digo que provavelmente cegos continuamos.".
Eventualmente chegam 3 cartas enderessadas individualmente ao primeiro-ministro, ao ministro do interior e ao presidente da república. Estas cartas fazem notar a estranha concidência entre a única pessoa que não cegou há 4 anos, a mulher do médico, e os acontecimentos correntes de retaliação do povo a partir de votos brancos. O ministro do interior inicia uma investigação, enviando para a cidade 3 agentes encarregados de tirar o caso a limpo.
Saramago apresenta-nos uma situação caricata, só por si nada improvável, que ao ser explorada leva o leitor a refletir sobre aquilo que possivelmente se passa entre os membros do governo atrás de portas fechadas. O clubismo fanático de partidos políticos, a corrupção e estratagemas para esconder a verdade, a raríssima consideração pelos cidadãos (mesmo daqueles que votaram no seu partido), a obsessão com manterem os seus cargos e subirem na vida, resultando em mentalidade de rebanho, onde deixam de pensar por si próprios e concordam cegamente com os seus superiores, a utilização dos media para subverter a opinião pública, a resolução de problemas a partir de força e uma pitada de atividade criminosa (em nome da pátria, claro está). O final é fantástico, mostra que nem sempre os fins justificam os meios, que realmente muito pode acontecer em silêncio, sem que o povo se aperceba.
"As rádios insistiam, Interrompemos uma vez mais a emissão para informar que o ministro do interior fará às seis horas uma comunicação ao país, repetimos, às seis horas o ministro do interior fará uma comunicação ao país, repetimos, fará ao país uma comunicação o ministro do interior às seis horas, repetimos, uma comunicação ao país fará às seis horas o ministro do interior, a ambiguidade desta última fórmula não passou despercebida ao primeiro-ministro, que, durante uns quantos segundos, sorrindo aos seus pensamentos, se entreteve a imaginar como diabo conseguiria uma comunicação fazer um ministro do interior." (EsL, p. 160)
A capital de um país é chamada a exercer o seu direito e dever de voto, mas, aquando o término da contagem, uma maioria esmagadora dos votos são em branco. Deverão repetir-se as eleições! E para entender o que poderá ter estado por trás da súbita provocação ao ato eleitoral, colocar-se-ão investigadores e agentes à paisana nas filas de votação. Pior a emenda que o soneto, 83% de votos brancos.
Encarregam-se os políticos de tentar resolver a situação, com inúmeras reuniões e chamadas telefónicas urgentes. Decidem interrogar aqueles que nas filas para ir votar deixaram escapar comentários à primeira vista inofensivos, mas que, aos ouvidos de quem entende, podem ser considerados como mensagens subliminares de resistência. Claro está que destas investigações não proveio nada, medidas mais acertivas tiveram de ser tomadas, instituindo estado de sítio na cidade, i.e, o governo desloca-se para outra cidade, considerada a nova capital do país, e deixa a prévia cercada, barrando a entrada e saída de pessoas e alimentos, sem polícia e sem comando.
O livro obriga o leitor a pensar sobre a sua própria cidadania e na possibilidade de estar a ser governado por pessoas igualmente incompetentes e corruptas, cuja preocupação principal não é o bem-estar dos cidadãos, mas sim o facto de poderem continuar a exercer o seu cargo político a todo o custo. Até que ponto chega esta corrupção moral e autoritária? Os políticos parecem focados em resolver o assunto, acreditando que uma conspiração entre os cidadãos resultou no cenário que foi apresentado. Descobrimos então que a cidade em questão é a mesma que há 4 anos tinha sido tomada pela cegueira branca apresentada em Ensaio sobre a Cegueira, com um primeiro-ministro que acredita que "há quatro anos estivemos cegos e agora digo que provavelmente cegos continuamos.".
Eventualmente chegam 3 cartas enderessadas individualmente ao primeiro-ministro, ao ministro do interior e ao presidente da república. Estas cartas fazem notar a estranha concidência entre a única pessoa que não cegou há 4 anos, a mulher do médico, e os acontecimentos correntes de retaliação do povo a partir de votos brancos. O ministro do interior inicia uma investigação, enviando para a cidade 3 agentes encarregados de tirar o caso a limpo.
Saramago apresenta-nos uma situação caricata, só por si nada improvável, que ao ser explorada leva o leitor a refletir sobre aquilo que possivelmente se passa entre os membros do governo atrás de portas fechadas. O clubismo fanático de partidos políticos, a corrupção e estratagemas para esconder a verdade, a raríssima consideração pelos cidadãos (mesmo daqueles que votaram no seu partido), a obsessão com manterem os seus cargos e subirem na vida, resultando em mentalidade de rebanho, onde deixam de pensar por si próprios e concordam cegamente com os seus superiores, a utilização dos media para subverter a opinião pública, a resolução de problemas a partir de força e uma pitada de atividade criminosa (em nome da pátria, claro está). O final é fantástico, mostra que nem sempre os fins justificam os meios, que realmente muito pode acontecer em silêncio, sem que o povo se aperceba.
"As rádios insistiam, Interrompemos uma vez mais a emissão para informar que o ministro do interior fará às seis horas uma comunicação ao país, repetimos, às seis horas o ministro do interior fará uma comunicação ao país, repetimos, fará ao país uma comunicação o ministro do interior às seis horas, repetimos, uma comunicação ao país fará às seis horas o ministro do interior, a ambiguidade desta última fórmula não passou despercebida ao primeiro-ministro, que, durante uns quantos segundos, sorrindo aos seus pensamentos, se entreteve a imaginar como diabo conseguiria uma comunicação fazer um ministro do interior." (EsL, p. 160)
challenging
dark
reflective
slow-paced
Plot or Character Driven:
Plot
Strong character development:
Yes
Loveable characters:
Complicated
Diverse cast of characters:
No
Flaws of characters a main focus:
No
The first half was slow, but the second half, which followed the police superintendent, was much more similar to Blindness. I'm so angry on the citizens' behalf!