Take a photo of a barcode or cover
Após uns 6 ou 7 anos de adiamento, comecei e terminei, finalmente, este livro. Ainda que não tenha odiado, a verdade é que as descrições maçadoras e o conhecimento do final estragam um pouco a experiência. Ainda assim, acho que é uma leitura portuguesa obrigatória.
challenging
emotional
inspiring
mysterious
reflective
tense
slow-paced
Plot or Character Driven:
A mix
Strong character development:
Complicated
Loveable characters:
Complicated
Diverse cast of characters:
Yes
Flaws of characters a main focus:
Yes
Ler Os Maias é difícil, complicado, demora e podem acha-lo doloroso, mas asseguro que vale a pena. Não tem uma história intrigante e complexa; Simplesmente descreve a vida quotidiana de Carlos da Maia, enquanto critica os costumes da sociedade e descreve o cenário e as personagens com tal detalhe que se consegue imaginar perfeitamente a ação. É um livro fenomenal, apesar de tudo.
slow-paced
Plot or Character Driven:
Character
Strong character development:
Complicated
Loveable characters:
No
Diverse cast of characters:
No
Flaws of characters a main focus:
No
Ok lá vamos nós novamente criticar livro
Essa obra de arte me custou quase toda a vantagem que eu construí para a meta de leitura do Goodreads, semanas preso em cortes portuguesas onde nada acontece, debatendo-me desesperado para chegar na conclusão óbvia que todos podem prever já na primeira meia dúzia de capítulos. E as vezes alguns diálogos salvam a narrativa de tão interessantes que são? Não. Não salvam. Nobre português fala coisa de nobre português pela centésima vez e leitor duvida de sua sanidade.
Duvida tanto da sanidade que ainda coloquei duas estrelas nesse épico do tédio, epopeia da letargia, ápice do realismo português, se realismo significa gastar 30 páginas em um jantar onde acontece nada relevante ou interessante. É realista, realmente. Realidade massante e cansativa, mas realidade.
Mas eu gostei pelos primeiros capítulos, de verdade, tava me entretendo. Acho que a prosa é ok, por mais que descritiva ao extremo. E quando o capítulo 2 termina com eu hypei. Só dois capítulos e já veio a parte boa! Empolguei, ritmo tá bom, hora de passar de geração para geração, e ver os Maias se fodendo todos.
Digressão. Infelizmente, Os Maias é o nome da família.
Ler 600 páginas de membros do povo Maia indo em bailes, conversando de arte, cornando-se mutua e incansavelmente, teria sido muito mais interessante, apenas pela variedade do cenário. Eça de Queirós não pensou longe o suficiente, com um pouco mais de imaginação talvez conseguisse me entreter por mais de três capítulos.
Pois assim que termina o arco inicial, o marasmo toma conta de Lisboa. Carlos cresce para a posição de protagonista sem alma, e fica balbuciando de um lado para o outro em busca do plot. As vezes o melhor amigo dele, Ega, se une ao vagar, e os dois podem não fazer nada juntos. Afonso, o vô dele, e o único personagem que resta da parte boa do livro, fica olhando saudosista por quando a história era mais empolgante. Me identifico pra caralho com o velho.
Se aproximando do último terço do livro, depois que Carlos começa a, tudo vai ficando ainda pior. A conclusão é óbvia. O desenvolvimento é esperado. A trama não foge de uma novela previsível, o que eu meio que esperaria de um romantismo medíocre, não daqui. O livro justifica o teórico realismo já que as vezes um coitado grita: "Lisboa é uma merda!", "Viva a inglaterra!", "Nossa, como eu queria estar fazendo nada em Paris ao invés daqui! Com certeza o leitor ia se entediar menos se todos carregassem umas baguetes por aí!"
Existem outros comentários políticos ou estilísticos perdidos, as vezes alguém critica poesia romântica, dá pra sentir que a sociedade é um bando de filho da puta e nenhum casamento é respeitado, mas a narrativa central é a mesma linha romântica trágica proibida que até na época que isso foi escrito já era batida.
Eu honestamente acho que olharia bem positivamente para esse livro se fossem 200 páginas. Dava para conseguir tirar um 3-3.5
Triplicar esse tamanho me ofendeu profundamente, diluindo os poucos fiapos de trama em um mar insosso de nada.
Já li muito do romantismo, as grandes obras que conduzem as almas feridas a cogitar morrer de tanta emoção. Nenhuma delas se compara a "Os Maias". Se há algo que posso afirmar plenamente, é que nenhum outro livro chegou tão perto de causar minha morte quanto esse.
Essa obra de arte me custou quase toda a vantagem que eu construí para a meta de leitura do Goodreads, semanas preso em cortes portuguesas onde nada acontece, debatendo-me desesperado para chegar na conclusão óbvia que todos podem prever já na primeira meia dúzia de capítulos. E as vezes alguns diálogos salvam a narrativa de tão interessantes que são? Não. Não salvam. Nobre português fala coisa de nobre português pela centésima vez e leitor duvida de sua sanidade.
Duvida tanto da sanidade que ainda coloquei duas estrelas nesse épico do tédio, epopeia da letargia, ápice do realismo português, se realismo significa gastar 30 páginas em um jantar onde acontece nada relevante ou interessante. É realista, realmente. Realidade massante e cansativa, mas realidade.
Mas eu gostei pelos primeiros capítulos, de verdade, tava me entretendo. Acho que a prosa é ok, por mais que descritiva ao extremo. E quando o capítulo 2 termina com
Spoiler
O até então protagonista dando um tiro na própria cara no melhor estilo Jovem WetherDigressão. Infelizmente, Os Maias é o nome da família.
Ler 600 páginas de membros do povo Maia indo em bailes, conversando de arte, cornando-se mutua e incansavelmente, teria sido muito mais interessante, apenas pela variedade do cenário. Eça de Queirós não pensou longe o suficiente, com um pouco mais de imaginação talvez conseguisse me entreter por mais de três capítulos.
Pois assim que termina o arco inicial, o marasmo toma conta de Lisboa. Carlos cresce para a posição de protagonista sem alma, e fica balbuciando de um lado para o outro em busca do plot. As vezes o melhor amigo dele, Ega, se une ao vagar, e os dois podem não fazer nada juntos. Afonso, o vô dele, e o único personagem que resta da parte boa do livro, fica olhando saudosista por quando a história era mais empolgante. Me identifico pra caralho com o velho.
Se aproximando do último terço do livro, depois que Carlos começa a
Spoiler
pegar a irmãExistem outros comentários políticos ou estilísticos perdidos, as vezes alguém critica poesia romântica, dá pra sentir que a sociedade é um bando de filho da puta e nenhum casamento é respeitado, mas a narrativa central é a mesma linha romântica trágica proibida que até na época que isso foi escrito já era batida.
Eu honestamente acho que olharia bem positivamente para esse livro se fossem 200 páginas. Dava para conseguir tirar um 3-3.5
Triplicar esse tamanho me ofendeu profundamente, diluindo os poucos fiapos de trama em um mar insosso de nada.
Já li muito do romantismo, as grandes obras que conduzem as almas feridas a cogitar morrer de tanta emoção. Nenhuma delas se compara a "Os Maias". Se há algo que posso afirmar plenamente, é que nenhum outro livro chegou tão perto de causar minha morte quanto esse.
slow-paced
Plot or Character Driven:
A mix
Strong character development:
No
Loveable characters:
Yes
Diverse cast of characters:
No
Flaws of characters a main focus:
Yes
challenging
reflective
medium-paced
Plot or Character Driven:
A mix
Strong character development:
Complicated
Loveable characters:
N/A
Diverse cast of characters:
N/A
Flaws of characters a main focus:
Yes
"Os Maias" by Eça de Queirós is a literary classic that elicits both admiration and frustration. On one hand, the novel's intricate and richly detailed portrayal of 19th-century Portuguese society is commendable. Queirós skillfully dissects the complexities of the Maias family, offering a nuanced exploration of their relationships, values, and the societal norms that shape their lives.
The characters are well-developed, each with their distinct personalities and flaws. The protagonist, Carlos da Maia, undergoes a compelling transformation, and the supporting cast adds depth to the narrative. Queirós' keen observations and satirical wit are evident throughout, providing insightful commentary on the decadence and hypocrisy of the bourgeois class.
However, the novel's extensive and at times overly descriptive narrative can be a double-edged sword. While the detailed descriptions contribute to the immersive world-building, they occasionally slow down the pacing, making the plot feel meandering. Some readers may find the numerous subplots and digressions distracting, leading to a sense of narrative sprawl.
Despite its flaws, "Os Maias" remains a significant work in Portuguese literature, offering a profound exploration of societal issues and human nature. The mixed review reflects the juxtaposition of admiration for its literary merits and frustration with its occasionally cumbersome storytelling.
#3/12 classics (2023 challenge)
- Falhamos a vida, menino!
– Creio que sim… Mas todo o mundo mais ou menos a falha. Isto é, falha-se sempre na realidade aquela vida que se planeou com a imaginação. Diz-se: «vou ser assim, porque a beleza está em ser assim». E nunca se é assim, é-se invariavelmente assado, como dizia o pobre marquês. Ás vezes melhor, mas sempre diferente.”
Com uma crítica social sagaz e uma competência satírica de mestre, os Maias de Eça de Queirós deixam um travo delicioso.
O livro peca nas descrições intermináveis. Bem sei que - principalmente o Ramalhete - detém um grande simbolismo, a sua própria evolução ao longo da obra quase como uma personagem e que é necessária a demora em todos os pormenores mas continuo a não gostar de ler páginas e páginas de descrições minuciosas onde a "trama" não avança.
- Falhamos a vida, menino!
– Creio que sim… Mas todo o mundo mais ou menos a falha. Isto é, falha-se sempre na realidade aquela vida que se planeou com a imaginação. Diz-se: «vou ser assim, porque a beleza está em ser assim». E nunca se é assim, é-se invariavelmente assado, como dizia o pobre marquês. Ás vezes melhor, mas sempre diferente.”
Com uma crítica social sagaz e uma competência satírica de mestre, os Maias de Eça de Queirós deixam um travo delicioso.
O livro peca nas descrições intermináveis. Bem sei que - principalmente o Ramalhete - detém um grande simbolismo, a sua própria evolução ao longo da obra quase como uma personagem e que é necessária a demora em todos os pormenores mas continuo a não gostar de ler páginas e páginas de descrições minuciosas onde a "trama" não avança.
challenging
funny
slow-paced
Plot or Character Driven:
Character
Strong character development:
Complicated
Loveable characters:
Complicated
Diverse cast of characters:
No
Flaws of characters a main focus:
Yes