Take a photo of a barcode or cover
challenging
emotional
sad
slow-paced
Plot or Character Driven:
Character
Strong character development:
Complicated
Loveable characters:
Complicated
Diverse cast of characters:
N/A
Flaws of characters a main focus:
Complicated
The first half of the book was hard to get through, but after that I was reading over 100 pages per day! Overall, the story is interesting, but I am not sure I would pick it up if I didn't have to because of school.
Eu vou admitir; eu só li o livro porque estou no 11º e é obrigatório. Dito isto, comecei a ler não muito entusiasmada, cheia de preconceitos que os meus amigos me tinham enchido a cabeça com, falando de como era uma leitura aborrecida e como simplesmente não tinham conseguido acabar. Bem, isso não aconteceu comigo; acabei em 6 dias.
Adorei a primeira parte. A forma como o autor escreveu aquelas primeiras páginas, contando a história dos Maias (ou pelo menos de três deles) numa forma tão resumida, mas ao mesmo tempo tão detalhada foi para mim o melhor. Se calhar foi por isso que não gostei tanto do resto do livro; estava à espera de uma cópia do início. Em vez disso eram só detalhes e mais detalhes, e eu nem falo de descrições, porque na verdade nem vi assim tantas, ou pelo menos não assim tão compridas que explique o bicho de sete cabeças que toda a gente faz.
Não é complicado ler, pelo menos não para quem já leu clássicos, e a linguagem foi sem dúvida a minha parte preferida. A minha parte não preferida (sinceramente, talvez até odiada) foram as personagens. Se não tivesse de o acabar, provavelmente teria parado a metade. O Ega irritou-me profundamente, só queria dar-lhe umas boas chapadas, e ainda não compreendi porque é que toda a gente gosta dele. Com o Carlos, os meus sentimentos também iam e vinham. Às vezes, gostava dele, outras vezes queria que se enfiasse num buraco e nunca saísse de lá. O Sr. Afonso, pelo contrárop, valia pelos dois, por isso acho que empatamos. A forma como as mulheres eram retratadas também não ajudou, mas isso acredito dever-se mais ao tempo histórico em que foi escrito e que retratava do que um erro do escritor.
Se calhar não devia dar 5 estrelas, mas é isso que vou dar. Não pela história (que já me pediram um resumo, e como é que isso é possível!? Ainda nem sei bem o que achei dela, tinha tantos pormenores que metade já esqueci ou confundi, mas ainda assim foi interessante), ou pelas personagens, mas pela linguagem clássica, que provavelmente me fará ler pelo menos mais um ou dois livros dele.
Adorei a primeira parte. A forma como o autor escreveu aquelas primeiras páginas, contando a história dos Maias (ou pelo menos de três deles) numa forma tão resumida, mas ao mesmo tempo tão detalhada foi para mim o melhor. Se calhar foi por isso que não gostei tanto do resto do livro; estava à espera de uma cópia do início. Em vez disso eram só detalhes e mais detalhes, e eu nem falo de descrições, porque na verdade nem vi assim tantas, ou pelo menos não assim tão compridas que explique o bicho de sete cabeças que toda a gente faz.
Não é complicado ler, pelo menos não para quem já leu clássicos, e a linguagem foi sem dúvida a minha parte preferida. A minha parte não preferida (sinceramente, talvez até odiada) foram as personagens. Se não tivesse de o acabar, provavelmente teria parado a metade. O Ega irritou-me profundamente, só queria dar-lhe umas boas chapadas, e ainda não compreendi porque é que toda a gente gosta dele. Com o Carlos, os meus sentimentos também iam e vinham. Às vezes, gostava dele, outras vezes queria que se enfiasse num buraco e nunca saísse de lá. O Sr. Afonso, pelo contrárop, valia pelos dois, por isso acho que empatamos. A forma como as mulheres eram retratadas também não ajudou, mas isso acredito dever-se mais ao tempo histórico em que foi escrito e que retratava do que um erro do escritor.
Se calhar não devia dar 5 estrelas, mas é isso que vou dar. Não pela história (que já me pediram um resumo, e como é que isso é possível!? Ainda nem sei bem o que achei dela, tinha tantos pormenores que metade já esqueci ou confundi, mas ainda assim foi interessante), ou pelas personagens, mas pela linguagem clássica, que provavelmente me fará ler pelo menos mais um ou dois livros dele.
informative
reflective
slow-paced
Plot or Character Driven:
A mix
Strong character development:
No
Loveable characters:
No
Diverse cast of characters:
No
Flaws of characters a main focus:
Yes
Gostei das primeiras 100 páginas porque eram sobre a história de Pedro e achei super interessante. Mas o resto foi treta e o incesto?!?!
I had to reevaluate this book. It felt a bit unfair to give it only 4 stars, when I've loved it so much. 5 stars it is!
Fala-se d'Os Maias com uma das maiores obras literárias portuguesas, e confirmo que o é.
É um livro que, por ser de leitura obrigatória no ensino secundário, é lido, ou melhor dizendo, iniciado por muitos jovens, que o dizem ser "secante" e desinteressante. A verdade é que, qualquer ser quando é obrigado a fazer algo, por muito que pudesse vir a achar essa atividade interessante, perde-lhe o gosto, sente-se contrariado.
Acredito que, caso não fossem obrigados, muitos dos alunos portugueses continuariam a não querer ler este livro, mas muitos outros gostariam certamente desta obra se o fizessem apenas por prazer.
Este é um romance intemporal! Critica o espírito de inércia que se vivia na época, relata-nos os hábitos ociosos de uma classe e demonstra como todos são "apanhados pela onda", pois mesmo os que começam revolucionários, esperançosos e lutadores, terminam sem ter completado nenhum dos grandes feitos a que se propunham.
Agora pergunto eu, e não é a situação totalmente igual à que se vive nos dias de hoje? Não é de cidadãos que se queixam e nenhuma atitude tomam de que, no século XXI, o nosso país está cheio? Deixando de haver qualquer diferença entre o hoje e o fim do século XIX? Mas hoje em dia não deveria ser igual! Deveríamos ter já aprendido as nossas lições com o passado e mudado de atitude! O nosso espírito já deveria ser outro, renovado, imutavelmente lutador!
É isto que Eça de Queirós critica. É sobre isto que ele, através das suas realistas palavras, nos sussurra "Mudem, inovem, mexam-se, pensem, invertam o baralho, alterem o caráter deste país!".
E é nesta intemporal crítica que se encontra o esplendor desta obra. Não é no romance trágico de Carlos e Mª Eduarda. Não é no infortúnio da grande e tradicional família Maia. Não é no tipo de escrita revolucionária realista (para isso, cá do mesmo autor, temos "O Crime do Padre Amaro" que por muitos pontos arrebata "Os Maias" nesse campo). É também pela excelente construção de personagens como Carlos da Maia, João da Ega, Tomás de Alencar, Afonso da Maia, Maria Monforte, Maria Eduarda e Dâmaso Salcede. Mas é, maioritariamente, pela fiel descrição da sociedade oitocentista conjugada com um humor fino e satírico.
Eça fez assim, deixando no final um leve rasto de esperança no destino, uma verdadeira obra-prima!
É um livro que, por ser de leitura obrigatória no ensino secundário, é lido, ou melhor dizendo, iniciado por muitos jovens, que o dizem ser "secante" e desinteressante. A verdade é que, qualquer ser quando é obrigado a fazer algo, por muito que pudesse vir a achar essa atividade interessante, perde-lhe o gosto, sente-se contrariado.
Acredito que, caso não fossem obrigados, muitos dos alunos portugueses continuariam a não querer ler este livro, mas muitos outros gostariam certamente desta obra se o fizessem apenas por prazer.
Este é um romance intemporal! Critica o espírito de inércia que se vivia na época, relata-nos os hábitos ociosos de uma classe e demonstra como todos são "apanhados pela onda", pois mesmo os que começam revolucionários, esperançosos e lutadores, terminam sem ter completado nenhum dos grandes feitos a que se propunham.
Agora pergunto eu, e não é a situação totalmente igual à que se vive nos dias de hoje? Não é de cidadãos que se queixam e nenhuma atitude tomam de que, no século XXI, o nosso país está cheio? Deixando de haver qualquer diferença entre o hoje e o fim do século XIX? Mas hoje em dia não deveria ser igual! Deveríamos ter já aprendido as nossas lições com o passado e mudado de atitude! O nosso espírito já deveria ser outro, renovado, imutavelmente lutador!
É isto que Eça de Queirós critica. É sobre isto que ele, através das suas realistas palavras, nos sussurra "Mudem, inovem, mexam-se, pensem, invertam o baralho, alterem o caráter deste país!".
E é nesta intemporal crítica que se encontra o esplendor desta obra. Não é no romance trágico de Carlos e Mª Eduarda. Não é no infortúnio da grande e tradicional família Maia. Não é no tipo de escrita revolucionária realista (para isso, cá do mesmo autor, temos "O Crime do Padre Amaro" que por muitos pontos arrebata "Os Maias" nesse campo). É também pela excelente construção de personagens como Carlos da Maia, João da Ega, Tomás de Alencar, Afonso da Maia, Maria Monforte, Maria Eduarda e Dâmaso Salcede. Mas é, maioritariamente, pela fiel descrição da sociedade oitocentista conjugada com um humor fino e satírico.
Eça fez assim, deixando no final um leve rasto de esperança no destino, uma verdadeira obra-prima!
ve a minha resenha/review desta obra em: http://www.the-banal-girl.blogspot.pt/2016/03/os-maias-resenha.html
Why haven't I read Os Maias earlier, that is the question. This Portuguese classic, written by Eça de Queirós, centers about three generations of the family Maias, focusing more on the grandson Carlos da Maia and his romances, during the second half of the XIX century.
You can divide this book into two parts: one that talks about Portuguese society and another part about the romance between Carlos da Maia and Maria Eduarda.
The latter part was way more interesting, it felt like a soap opera, but I feel that the psychological part of the characters was not well developed. I needed more emotions and thoughts from the lovers (but exciting nevertheless).
On the other side, the criticism of Portuguese society is very well detailed: everything that comes from Paris or other European cities are better than Lisbon; politicians are ignorant and/or corrupt; the artists are bohemian and unaware of reality and journalists are partisans. What else is new? Unfortunately, women are represented as a symbol of lust and futility, except Maria Eduarda, who can have an intellectual conversation with men, but this characterization frustrated me a little. Some say this is due to the bad relationship the author has with women, but I'm not sure if this is excusable.
My favorite character is João de Ega, maybe an alter ego of Eça, a dandy writer. He embodies a revolutionary stance of the time but ultimately fails to carry out any truly significant project, getting lost in his romantic adventures in a dilettante life.
This character and one of the last sentences: "We have failed, boy!" really touched me, because we all live thinking we are going to do big things and change lives and, in the end, we are just another soul trying to be happy (and sometimes failing).
The irony of the ending is also really good, showing us we must always have hope, despite the obstacles that life presents us.
What can I say? Sometimes it was a little boring, but when it was good, it was really good! I highly recommend it and everyone should read it, not just the Portuguese.
You can divide this book into two parts: one that talks about Portuguese society and another part about the romance between Carlos da Maia and Maria Eduarda.
The latter part was way more interesting, it felt like a soap opera, but I feel that the psychological part of the characters was not well developed. I needed more emotions and thoughts from the lovers (but exciting nevertheless).
On the other side, the criticism of Portuguese society is very well detailed: everything that comes from Paris or other European cities are better than Lisbon; politicians are ignorant and/or corrupt; the artists are bohemian and unaware of reality and journalists are partisans. What else is new? Unfortunately, women are represented as a symbol of lust and futility, except Maria Eduarda, who can have an intellectual conversation with men, but this characterization frustrated me a little. Some say this is due to the bad relationship the author has with women, but I'm not sure if this is excusable.
My favorite character is João de Ega, maybe an alter ego of Eça, a dandy writer. He embodies a revolutionary stance of the time but ultimately fails to carry out any truly significant project, getting lost in his romantic adventures in a dilettante life.
This character and one of the last sentences: "We have failed, boy!" really touched me, because we all live thinking we are going to do big things and change lives and, in the end, we are just another soul trying to be happy (and sometimes failing).
The irony of the ending is also really good, showing us we must always have hope, despite the obstacles that life presents us.
What can I say? Sometimes it was a little boring, but when it was good, it was really good! I highly recommend it and everyone should read it, not just the Portuguese.