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gweeeenn's review against another edition
adventurous
inspiring
reflective
fast-paced
- Plot- or character-driven? A mix
- Strong character development? N/A
- Loveable characters? Yes
4.0
arnokottgen's review against another edition
lighthearted
fast-paced
- Plot- or character-driven? A mix
- Strong character development? It's complicated
- Loveable characters? It's complicated
- Diverse cast of characters? Yes
- Flaws of characters a main focus? It's complicated
2.5
jpbaptista's review against another edition
4.0
Comprei este livro por puro impulso da última vez que estive em Paris. O título despertou-me a curiosidade pela conjugação aparentemente difícil entre a aridez da gramática e a doçura de uma canção.
Estamos claramente perante um apaixonado pela língua e pelas palavras, sentimento que se propõe partilhar com o leitor. Fá-lo através de uma fábula na qual dois jovens irmãos, fruto de um naufrágio, se vêem lançados numa ilha tendo perdido a capacidade de falar, por desaparecimento das palavras. E o mais estranho é que, nessa ilha, todos os habitantes partilhavam da mesma condição pois, tendo sido privados das suas palavras, haviam decidido não reaprender a falar.
Na aventura que os dois irmãos vão viver percebemos como as palavras são condição da própria vida, pois o inefável tende a não existir. E que quanto mais palavras possuirmos, mais alargado é o nosso mundo. Trata-se de uma ilustração de uma tese filosófica conhecida, segundo a qual os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo.
Somos também alertados para a necessidade de usar as palavras correctamente, não lhes mudar o significado ou não abusar do seu uso sob pena de se gastarem e se tornarem inúteis. Da mesma forma, somos confrontados com uma nefasta tendência de funcionalização da língua a um mero instrumento, com a consequente eliminação de todas as palavras e regras mais difíceis de usar ou tidas por redundantes.
Pelo meio encontramos La Fontaine e Proust, bem como personagens interessantes, numa narrativa leve e muito bem escrita, que serve magnificamente o propósito de relembrar a importância fundamental da língua e de como a sua aprendizagem deve ser um prazer tão doce como entoar uma canção.
« – Nécrole est le gouverneur de l’archipel, bien décidé à y mettre de l’ordre. Il ne supporte pas notre passion pour les mots. Un jour, je l’ai rencontré. Voici ce qu’il m’a dit : «Tous les mots sont des outils. Ni plus ni moins. Des outils de communication. Comme les voitures. Des outils techniques, des outils utiles. Quelle idée de les adorer comme des dieux ! Est-ce qu’on adore un marteau ou des tenailles ? D’ailleurs, les mots sont trop nombreux. De gré ou de force, je les réduirai à cinq cents, six cents, le strict nécessaire. On perd le sens du travail quand on a trop de mots. Tu as bien vu les îliens : ils ne pensent qu’à parles ou à chanter. Fais-moi confiance, ça va changer…» De temps en temps, ils nous envoie des hélicoptères équipés de lance-flammes, et fait brûler une bibliothèque…»
Estamos claramente perante um apaixonado pela língua e pelas palavras, sentimento que se propõe partilhar com o leitor. Fá-lo através de uma fábula na qual dois jovens irmãos, fruto de um naufrágio, se vêem lançados numa ilha tendo perdido a capacidade de falar, por desaparecimento das palavras. E o mais estranho é que, nessa ilha, todos os habitantes partilhavam da mesma condição pois, tendo sido privados das suas palavras, haviam decidido não reaprender a falar.
Na aventura que os dois irmãos vão viver percebemos como as palavras são condição da própria vida, pois o inefável tende a não existir. E que quanto mais palavras possuirmos, mais alargado é o nosso mundo. Trata-se de uma ilustração de uma tese filosófica conhecida, segundo a qual os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo.
Somos também alertados para a necessidade de usar as palavras correctamente, não lhes mudar o significado ou não abusar do seu uso sob pena de se gastarem e se tornarem inúteis. Da mesma forma, somos confrontados com uma nefasta tendência de funcionalização da língua a um mero instrumento, com a consequente eliminação de todas as palavras e regras mais difíceis de usar ou tidas por redundantes.
Pelo meio encontramos La Fontaine e Proust, bem como personagens interessantes, numa narrativa leve e muito bem escrita, que serve magnificamente o propósito de relembrar a importância fundamental da língua e de como a sua aprendizagem deve ser um prazer tão doce como entoar uma canção.
« – Nécrole est le gouverneur de l’archipel, bien décidé à y mettre de l’ordre. Il ne supporte pas notre passion pour les mots. Un jour, je l’ai rencontré. Voici ce qu’il m’a dit : «Tous les mots sont des outils. Ni plus ni moins. Des outils de communication. Comme les voitures. Des outils techniques, des outils utiles. Quelle idée de les adorer comme des dieux ! Est-ce qu’on adore un marteau ou des tenailles ? D’ailleurs, les mots sont trop nombreux. De gré ou de force, je les réduirai à cinq cents, six cents, le strict nécessaire. On perd le sens du travail quand on a trop de mots. Tu as bien vu les îliens : ils ne pensent qu’à parles ou à chanter. Fais-moi confiance, ça va changer…» De temps en temps, ils nous envoie des hélicoptères équipés de lance-flammes, et fait brûler une bibliothèque…»
nellbierry's review against another edition
inspiring
reflective
fast-paced
2.75
Très simple et doux
izzybla's review against another edition
adventurous
lighthearted
fast-paced
- Plot- or character-driven? A mix
- Strong character development? No
3.25
hannebrum's review against another edition
hopeful
informative
inspiring
reflective
medium-paced
elisala's review against another edition
3.0
Un joli titre pour un joli livre, poétique. Un rien manichéen, un rien mièvre, mais ça se lit avec plaisir.
Ça ressemble à un conte, pas si léger que ça pourrait le laisser croire au premier abord. Ça parle de l'importance des mots et de l'apprentissage, l'importance aussi de l'apprentissage de l'amour des mots, chez l'enfant, comme chez l'adulte!
Ça ressemble à un conte, pas si léger que ça pourrait le laisser croire au premier abord. Ça parle de l'importance des mots et de l'apprentissage, l'importance aussi de l'apprentissage de l'amour des mots, chez l'enfant, comme chez l'adulte!
mellanclear's review against another edition
adventurous
informative
lighthearted
medium-paced
- Plot- or character-driven? Plot
- Strong character development? No
- Loveable characters? No
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? No
1.75