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83 reviews for:

Ateşkes

Primo Levi

4.3 AVERAGE


First, I did not read this in Italian. I can't find a Goodreads entry for the English version and the one I read is part of an anthology. Second, as with the first book of his regarding the war, I was riveted by this book.

Continuación de 'Si esto es un hombre'. Igual de brillante y desgarradora.
adventurous dark emotional informative reflective sad medium-paced
emotional informative inspiring reflective sad tense medium-paced
dark informative sad slow-paced
dark inspiring medium-paced
emotional informative sad medium-paced
hopeful reflective medium-paced

"Saberiam "eles" de Auschwitz, da matança silenciosa e quotidiana, a um passo das suas portas? Se sim, como podiam andar na rua, e voltar para casa e olhar para os filhos, passar o limiar de uma igreja? Se não, deviam, deviam sacramente, ouvir e ficar a saber connosco, comigo, tudo e imediatamente: sentia o número tatuado no braço sibilar como uma chaga."

Primo Levi conta em "A Trégua" o que aconteceu depois de os campos de concentração nazis serem libertados pelos russos. Numa viagem que começou em Auschwitz, passou pela Rússia, Roménia, Hungria e Áustria, Primo Levi precisou de 35 dias até finalmente chegar a sua casa em Turim.

Quando se pensa nos campos de concentração da Segunda Guerra, pensa-se nos horrores que foram lá vividos. Pensamos no durante, nunca no após.
Não é que se pense que os prisioneiros regressaram magicamente às suas casas, aos seus lares. Às suas famílias. Não, nada disso. Mas também nunca pensei no que aconteceu nos dias imediatamente a seguir ao dia da libertação.

Depois da libertação dos campos de concentração pelas forças soviéticas, famílias estavam destroçadas, as cidades estavam completamente destruídas. Os sobreviventes ainda tiveram de penar muito até finalmente irem para casa. Muitos morreram de frio e fome nos dias que separaram a fuga dos nazis e a chegada dos soviéticos. Os que ainda assim sobreviveram não tiveram a vida facilitada.

Primo Levi na sua forma crua, dura, sem floreados retrata assim os dias seguintes à libertação dos campos. Os dias, as semanas, os meses. Um testemunho que vale sempre a pena ler.

"Olhámos uns para os outros, quase desorientados. Tínhamos resistido, afinal de contas: tínhamos vencido. Após o ano de Lager, de sofrimento e de paciência; após a vaga de morte a seguir à Libertação; após o gelo e a fome e o desprezo e a arrogante companhia do grego; após as doenças e a miséria de Katowice; após as transferências insensatas, por que nos sentíamos condenados a errar eternamente através dos espaços russos, como inúteis astros apagados; após o ócio e a nostalgia acerba de Stárie Dorogui, estávamos de novo em subida, portanto, em viagem para cima, a caminho de casa."

Continua la narrazione biografica di Levi, dopo averci narrato l'inferno di Auschwitz ne "Se questo è un uomo".