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ritaralha's review against another edition
2.0
Uma serpente de Essex que está mais para anelídeo*.
Um romance histórico passado na Inglaterra vitoriana – 1893 - um ambiente gótico, uma viúva – Cora Seaborne – que finalmente toma as rédeas do seu destino, um mistério que envolve uma criatura misteriosa e o confronto entre ciência e superstição eram ingredientes de eleição para um bom romance.
A juntar a isto a aclamação da crítica que destacava um trabalho de inteligência e encanto, uma autora tão talentosa que nem Dickens e Bram juntos conseguiriam escrever um romance assim.
Só que não!
Durante toda a leitura tive a impressão de que a acção se passava nos nossos dias. Os assuntos abordados são basicamente aqueles que fazem parte da literatura do século XXI – feminismo, bissexualidade, violência doméstica, perturbações mentais e traições conjugais sem culpa. A autora ao tentar incluir muitos temas no romance acabou por não dar profundidade a nenhum deles.
Fiquei com aquela sensação de “muita parra, pouca uva”.
Nenhuma das personagens conseguiu cativar-me. Pareciam actores com roupas do século XIX, e com uma linguagem demasiado moderna para a época retratada.
Cora, que surge como uma mulher moderna, independente e com uma inteligência masculina!! é demasiado perfeita. Ahh! e ainda tem a questão de que todos se apaixonam por ela, todos!!
Como diria Carlos Drummond de Andrade:
“João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.”
Stella, a esposa de Will - que é um vigário muito pouco religioso – é uma daquelas mulheres cujo objectivo de vida é apenas casar e ter filhos. Após ter alcançado essa graça incentiva e aceita com naturalidade que o marido tenha um caso extraconjugal.
O papel de Martha é algo que ainda não consegui enquadrar. É-nos apresentada como a ama de Francis, o filho "autista" de Cora, mas durante toda a história o seu papel é mais político. Ela é marxista, critica a burguesia vitoriana que constrói a sua fortuna sobre os cadáveres dos pobres e o seu grande projecto é melhorar as condições de vida dos trabalhadores pobres de Londres.
A par de Cora as outras duas personagens principais, o vigário William Ransome e o brilhante cirurgião Luke Garrett não me deixaram grandes lembranças para o futuro.
Quanto à Serpente, ou melhor, ao anelídeo, vão ter que ler.
* Minhoca para pesca
Um romance histórico passado na Inglaterra vitoriana – 1893 - um ambiente gótico, uma viúva – Cora Seaborne – que finalmente toma as rédeas do seu destino, um mistério que envolve uma criatura misteriosa e o confronto entre ciência e superstição eram ingredientes de eleição para um bom romance.
A juntar a isto a aclamação da crítica que destacava um trabalho de inteligência e encanto, uma autora tão talentosa que nem Dickens e Bram juntos conseguiriam escrever um romance assim.
Só que não!
Durante toda a leitura tive a impressão de que a acção se passava nos nossos dias. Os assuntos abordados são basicamente aqueles que fazem parte da literatura do século XXI – feminismo, bissexualidade, violência doméstica, perturbações mentais e traições conjugais sem culpa. A autora ao tentar incluir muitos temas no romance acabou por não dar profundidade a nenhum deles.
Fiquei com aquela sensação de “muita parra, pouca uva”.
Nenhuma das personagens conseguiu cativar-me. Pareciam actores com roupas do século XIX, e com uma linguagem demasiado moderna para a época retratada.
Cora, que surge como uma mulher moderna, independente e com uma inteligência masculina!! é demasiado perfeita. Ahh! e ainda tem a questão de que todos se apaixonam por ela, todos!!
Como diria Carlos Drummond de Andrade:
“João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.”
Stella, a esposa de Will - que é um vigário muito pouco religioso – é uma daquelas mulheres cujo objectivo de vida é apenas casar e ter filhos. Após ter alcançado essa graça incentiva e aceita com naturalidade que o marido tenha um caso extraconjugal.
O papel de Martha é algo que ainda não consegui enquadrar. É-nos apresentada como a ama de Francis, o filho "autista" de Cora, mas durante toda a história o seu papel é mais político. Ela é marxista, critica a burguesia vitoriana que constrói a sua fortuna sobre os cadáveres dos pobres e o seu grande projecto é melhorar as condições de vida dos trabalhadores pobres de Londres.
A par de Cora as outras duas personagens principais, o vigário William Ransome e o brilhante cirurgião Luke Garrett não me deixaram grandes lembranças para o futuro.
Quanto à Serpente, ou melhor, ao anelídeo, vão ter que ler.
* Minhoca para pesca
andsharman's review against another edition
2.0
I must be the only one in the world not to enjoy reading the Essex Serpent. The concept behind the book isn't bad, although slightly over familiar. Cora and Will are basically two sides of the same coin. Their opposing beliefs drawing them together but also driving them apart. The fact that the relationship is never reconciled, should give the ending a melancholic finale. But it doesn't because it is neither tragic or triumphant. The characters are too thinly drawn and there are too many other diversions. What was the point of the surgeon, and his friend the rich property owner? The serpent itself turns out to be a mcguffin. But so does Cora's interest in palaeontology.
kaz9's review against another edition
5.0
The perfect historical fiction. Evoking Victorian England in the fever of Darwinism, without feeling dark or Dickensian - in fact completely the opposite. You couldn't ask for more light-filled prose and a feel for the Victorian cadence that never results in stuffiness. The strong and beautifully flawed women, the perfect tension of the love interest woven into the tension between old religion and new science, the details of the Essex coast flora and fauna - just a enough to set the mood, are perfect. A thoroughly modern Victorian mashup: philohistromance.
mayke's review against another edition
2.0
The moment I finished this book I couldn't remember what I actually read. I couldn't even remember while I was reading it. I was quite excited to read this book, as I knew at the time there was a mini series coming out. Unfortunately this was totally not for me. The characters were boring to me, the story didn't grip me and the setting of the book didn't come to life in my head while reading.
quinnt123's review against another edition
3.0
It didn’t seem to capture my attention weirdly enough. I liked a few creative passages of the writing, but it didn’t ever fully draw me in. I didn’t really get why the whole London housing sub-plot was in there. It very well could have been fully centered on Essex. That was more interesting! Especially when things turned kind of Salem with the serpent. I’ll watch the Apple TV show adaptation though, the cast is stacked!
grassgoat's review against another edition
adventurous
funny
lighthearted
medium-paced
- Plot- or character-driven? A mix
- Strong character development? It's complicated
- Loveable characters? Yes
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? No
3.0
jebus's review against another edition
adventurous
emotional
lighthearted
medium-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? No
- Loveable characters? Yes
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? No
4.0
shimmery's review against another edition
5.0
In the last decade of the 19th century Cora finds herself widowed and happier than ever. Moving with her son to Essex, for the first time she can do whatever she wants (which is mainly fossil hunting in men's clothes and eating a lot of cake).
In the village there is rumours of a serpent who comes in on the estuary and kills whatever is left out after dark. The story follows the village's inhabitants and Cora's acquaintances and all things felt but not seen.
Poetic, fun and clever, this book deserves every bit of praise it has got. It is really a beautiful read and the characters are all fantastic - the narrative is driven by them rather than the plot. It of course couldn't be a neo Victorian novel without the presence of a huge amount of desire, and this is handled expertly. The whole thing ties together really well without the the ending feeling contrived.
There's no excuse to read bad books if you haven't got round to this one yet.
In the village there is rumours of a serpent who comes in on the estuary and kills whatever is left out after dark. The story follows the village's inhabitants and Cora's acquaintances and all things felt but not seen.
Poetic, fun and clever, this book deserves every bit of praise it has got. It is really a beautiful read and the characters are all fantastic - the narrative is driven by them rather than the plot. It of course couldn't be a neo Victorian novel without the presence of a huge amount of desire, and this is handled expertly. The whole thing ties together really well without the the ending feeling contrived.
There's no excuse to read bad books if you haven't got round to this one yet.
kathrynjbrand's review against another edition
emotional
mysterious
medium-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? Yes
- Loveable characters? Yes
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? Yes
3.75