Take a photo of a barcode or cover
funny
medium-paced
I bought this volume (first published in 1977, English translation 2012) not long after Mizuki's death in 2015, encouraged by a series of memorializations online and in podcasts, but only got around to reading it now. I'd been put off for a long time by the stylized caricature Mizuki uses to portray his human characters, so different from my European-derived sense of graceful design; but once I started reading, all that went away, and I could read it as a grotesquerie that serves to situate the story in everyday, low-rent reality, the better to accentuate the occasionally glimpses of the supernatural -- or even just the quotidian beauty of the natural world.
It's a beautiful comic, funny and sad and exciting and morally complex all at once, and my recent immersion in the traditional novel form made me appreciate all the more how elegantly Mizuki weaves several narrative threads together to tell a refracted story of his own restless and unthinkingly militarized childhood in the early 30s. The wise but down-to-earth NonNonBa, a grandmother figure for the young Mizuki, casts a sort of comforting glow over the book; the unspoken themes can get dark (war, death, sexual violence), but Mizuki's ability to temper that with humor, beauty, and grace feels like an appropriately Buddhist grasp of life in its entirety. A remarkable book, under any circumstances.
It's a beautiful comic, funny and sad and exciting and morally complex all at once, and my recent immersion in the traditional novel form made me appreciate all the more how elegantly Mizuki weaves several narrative threads together to tell a refracted story of his own restless and unthinkingly militarized childhood in the early 30s. The wise but down-to-earth NonNonBa, a grandmother figure for the young Mizuki, casts a sort of comforting glow over the book; the unspoken themes can get dark (war, death, sexual violence), but Mizuki's ability to temper that with humor, beauty, and grace feels like an appropriately Buddhist grasp of life in its entirety. A remarkable book, under any circumstances.
A fun and lighthearted book with an adorable relationship between a wise old woman and a talented little boy.
Its a quick read, i enjoyed it.
Its a quick read, i enjoyed it.
Wonderful coming of age story with strong magical realism. Simultaneously dark and whimsical fairy tale feeling, maybe that's what makes yokai stories different from western ghost stories. Didn't expect emotional beats to land so strongly.
I really love his style. The realism of his drawings in some frames, and the more simple manga type drawing in others, juxtaposed with one another is somehow powerful. In this book, and also in Onward Towards Our Noble Deaths, he is able to convey the bigger picture of the time and circumstances through a very personal story. Highly recommend taking a look at Mizuki-san.
https://osrascunhos.com/2017/12/19/nonnonba-shigeru-mizuki/
Esta é das melhores leituras de banda desenhada dos últimos tempos! Com uma personagem central endiabrada, um rapaz, Shigeru, que gosta de desenhar e fazer histórias com os seus desenhos, que vive uma infância carregada de criaturas fantásticas e histórias míticas graças aos esforços de Nonnonba, uma velhota que vive na aldeia e que consigo transportas as crenças antigas.
O quotidiano cruza-se comummente com o mágico e o fantástico, sob a forma de criaturas que são usadas para justificar os eventos mais banais ou diferentes, desde os sons da noite às desgraças. Nesta pequena povoação a crença nas criaturas é de tal forma forte que é usual haver quem diga que as viu e observou!
Entre as comuns expressões sobrenaturais os rapazes organizam batalhas de organização quase militar, onde lutam com os bandos das povoações vizinhas em ataques programados. Shigeru é um dos rapazes que participa nestas batalhas ganhando, ao longo do livro, uma maior autoridade que usará de forma revolucionária.
Shigeru demonstra, na escola, pouca apetência para os estudos, sempre com a cabeça no ar entre fantasias diversas e a produção de desenhos. A sua apetência para os desenhos vai acabar por ser alimentada pelo pai, que persegue, também, uma paixão, neste caso a paixão pelo cinema que o leva a perder empregos mais certos e a montar uma sala de cinema na terriola.
Para além das preocupações económicos provocadas pelos devaneios paternos, a vida de Shigeru é marcada pelas diversas situações e aventuras que vive, como a de uma rapariga da cidade que vem passar uma temporada à povoação por estar doente (e que conta ao Shigeru as maravilhas da tecnologia enquanto se fascina com os livros por ele produzidos) ou a de outra que mais tarde se revela ser uma menina pobre que será vendida.
Pelo meio ainda encontramos o perigoso encontro com o assaltante do banco que pretende manter os meninos reféns ou a busca de fim abrupto pelo projecto de cinema roubado da sala de cinema do pai.
Nonnonba não é uma grande leitura só pelo retrato do Japão rural (ainda que seja um factor de peso) mas pelo caricato das personagens que nos envolve e cativa, contrastando com os cenários detalhados de fundo e pela forma como transforma episódios quase banais em grandes aventuras sobrenaturais.
Pela perspectiva de uma criança percebemos a dureza do quotidiano, com uma velhota sem família e pobre a ter de se sujeitar a trabalhos domésticos nas casas que a podem acolher, ou pela apresentação de várias mulheres a quem não é dada a possibilidade de estudar por motivos vários. Sobre todos estes elementos temos um rapaz endiabrado mas de bom coração que entrelaça o sobrenatural em todos os momentos da sua vida.
Esta é das melhores leituras de banda desenhada dos últimos tempos! Com uma personagem central endiabrada, um rapaz, Shigeru, que gosta de desenhar e fazer histórias com os seus desenhos, que vive uma infância carregada de criaturas fantásticas e histórias míticas graças aos esforços de Nonnonba, uma velhota que vive na aldeia e que consigo transportas as crenças antigas.
O quotidiano cruza-se comummente com o mágico e o fantástico, sob a forma de criaturas que são usadas para justificar os eventos mais banais ou diferentes, desde os sons da noite às desgraças. Nesta pequena povoação a crença nas criaturas é de tal forma forte que é usual haver quem diga que as viu e observou!
Entre as comuns expressões sobrenaturais os rapazes organizam batalhas de organização quase militar, onde lutam com os bandos das povoações vizinhas em ataques programados. Shigeru é um dos rapazes que participa nestas batalhas ganhando, ao longo do livro, uma maior autoridade que usará de forma revolucionária.
Shigeru demonstra, na escola, pouca apetência para os estudos, sempre com a cabeça no ar entre fantasias diversas e a produção de desenhos. A sua apetência para os desenhos vai acabar por ser alimentada pelo pai, que persegue, também, uma paixão, neste caso a paixão pelo cinema que o leva a perder empregos mais certos e a montar uma sala de cinema na terriola.
Para além das preocupações económicos provocadas pelos devaneios paternos, a vida de Shigeru é marcada pelas diversas situações e aventuras que vive, como a de uma rapariga da cidade que vem passar uma temporada à povoação por estar doente (e que conta ao Shigeru as maravilhas da tecnologia enquanto se fascina com os livros por ele produzidos) ou a de outra que mais tarde se revela ser uma menina pobre que será vendida.
Pelo meio ainda encontramos o perigoso encontro com o assaltante do banco que pretende manter os meninos reféns ou a busca de fim abrupto pelo projecto de cinema roubado da sala de cinema do pai.
Nonnonba não é uma grande leitura só pelo retrato do Japão rural (ainda que seja um factor de peso) mas pelo caricato das personagens que nos envolve e cativa, contrastando com os cenários detalhados de fundo e pela forma como transforma episódios quase banais em grandes aventuras sobrenaturais.
Pela perspectiva de uma criança percebemos a dureza do quotidiano, com uma velhota sem família e pobre a ter de se sujeitar a trabalhos domésticos nas casas que a podem acolher, ou pela apresentação de várias mulheres a quem não é dada a possibilidade de estudar por motivos vários. Sobre todos estes elementos temos um rapaz endiabrado mas de bom coração que entrelaça o sobrenatural em todos os momentos da sua vida.
Chopé à la bibli parce que c'est le prix Angoulème de 200quelque chose.
Ce n'est pas inintéressant, mais je n'ai pas accroché: le dessin façon manga c'est pas trop ma came, l'histoire est trop décousue et trop éloignée de ce que je connais pour que je m'y retrouve, les personnages sont soit transparents dès le départ, soit prennent des plombes et des plombes à se révéler, sans que ça ajoute vraiment d'intérêt au tout. Bref, bof.
Ce n'est pas inintéressant, mais je n'ai pas accroché: le dessin façon manga c'est pas trop ma came, l'histoire est trop décousue et trop éloignée de ce que je connais pour que je m'y retrouve, les personnages sont soit transparents dès le départ, soit prennent des plombes et des plombes à se révéler, sans que ça ajoute vraiment d'intérêt au tout. Bref, bof.
adventurous
funny
hopeful
lighthearted
reflective
relaxing
medium-paced