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A opção de Strauss de traduzir ipsis verbis o texto de Wilde, Salomé, para encenar a magnífica ópera com mesmo nome foi o motivo primeiro que me levou a pegar neste livro.
A imagem da princesa da Judeia é todo um mundo de estudo em história da arte a que já estava habituada, mas as cenas da ópera encenada por Weigl perseguem-me desde que primeiro a vi. E o poder das palavras que profere Salomé é de tal ordem que tinha mesmo de olhar o texto.
Nada ainda está por dizer sobre a escolha de Wilde (e posteriormente Strauss): a sua versão da história é blasfema - importe isso para leigos não -; a corte do rei Herodes é a epítome da consumação dos valores religiosos; o rei é um pai incestuoso; a rainha uma prostituta e a filha uma assassina necrófila que comete a heresia de profanar o corpo de um profeta (e diga-se também que o próprio São João Batista não sai muito bem no retrato)...
Mas há qualquer coisa em Salomé de profundamente atraente, magnético que nos obriga a fechar os olhos à baixeza deste mundo em que habita. Sensual, poderosa, Salomé partilha da péssima fama de outras mulheres fortes apresentadas em narrativas bíblicas - na sua decadência, como na escrita de Wilde, reside o seu poder.
Prefiro a maturidade da tentativa de Flaubert sobre este tema, em Herodíade, mas sem Wilde não existiria para mim imagem de Salomé.
A imagem da princesa da Judeia é todo um mundo de estudo em história da arte a que já estava habituada, mas as cenas da ópera encenada por Weigl perseguem-me desde que primeiro a vi. E o poder das palavras que profere Salomé é de tal ordem que tinha mesmo de olhar o texto.
Nada ainda está por dizer sobre a escolha de Wilde (e posteriormente Strauss): a sua versão da história é blasfema - importe isso para leigos não -; a corte do rei Herodes é a epítome da consumação dos valores religiosos; o rei é um pai incestuoso; a rainha uma prostituta e a filha uma assassina necrófila que comete a heresia de profanar o corpo de um profeta (e diga-se também que o próprio São João Batista não sai muito bem no retrato)...
Mas há qualquer coisa em Salomé de profundamente atraente, magnético que nos obriga a fechar os olhos à baixeza deste mundo em que habita. Sensual, poderosa, Salomé partilha da péssima fama de outras mulheres fortes apresentadas em narrativas bíblicas - na sua decadência, como na escrita de Wilde, reside o seu poder.
Prefiro a maturidade da tentativa de Flaubert sobre este tema, em Herodíade, mas sem Wilde não existiria para mim imagem de Salomé.
“The mystery of love is greater than the mystery of death”
I almost forgot I was reading Wilde because the writing felt different from his other works (at least the ones I’ve read) but I enjoyed it nonetheless. Wilde is very clever and I’m fond of his use of irony.
I almost forgot I was reading Wilde because the writing felt different from his other works (at least the ones I’ve read) but I enjoyed it nonetheless. Wilde is very clever and I’m fond of his use of irony.
challenging
dark
emotional
inspiring
reflective
sad
tense
dark
fast-paced
Plot or Character Driven:
Character
Loveable characters:
Complicated
Flaws of characters a main focus:
Yes
dark
tense
fast-paced
fast-paced
dark
mysterious
sad
tense
fast-paced
dark
emotional
tense
fast-paced
Plot or Character Driven:
Character
Strong character development:
No
Loveable characters:
Complicated
Diverse cast of characters:
No
Flaws of characters a main focus:
Yes