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adventurous challenging dark reflective slow-paced
Plot or Character Driven: A mix
Strong character development: Complicated
Loveable characters: No
Diverse cast of characters: Yes
Flaws of characters a main focus: Yes

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adventurous challenging dark emotional mysterious reflective tense medium-paced
Plot or Character Driven: A mix
Strong character development: No
Loveable characters: Yes
Diverse cast of characters: Yes
Flaws of characters a main focus: Yes

Definitely darker than the "His Dark Materials" trilogy, but it absolutely holds up against them. I have enjoyed the first two books of this trilogy as much as the previous three. Personally, I was worried I wouldn't, but they have been just as compelling. There is enough involvement and continuation of characters we already know and love to help with the nostalgia, and Pullman does a great job of integrating new characters and story arcs in a way that endears them to the reader as much as the originals!

Crescer significa perder a magia de quem somos?

Chamando uma criança, colocou-a no meio deles, e disse: "Eu asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus."
- Mateus 18, versículos 2 e 3

Para Lucas Linhares. Sem você, eu nem teria lido, em primeiro lugar. Obrigado por antes, por hoje e por sempre.


Philip Pullman sempre foi um autor político. Seu trabalho mais proeminente, a trilogia Fronteiras do Universo, possuía uma crítica que, embora não fosse sutil, era corajosa para uma história infanto-juvenil de fantasia e aventura. A luta de Lyra Belacqua e Will Parry contra a opressão religiosa do Magisterium não era apenas carregada de subtextos contra a restrição da liberdade de expressão e de pensamento, mas sua construção e mistura de elementos de ficção-científica em um cenário mágico permanece sendo relevante e criativa até hoje. Engana-se, porém, quem acha que os livros de Pullman são simplesmente obras anti-fé. É justamente nesta nova trilogia, O Livro das Sombras, que vemos um retorno mais direto ao tema que existe nas obras dele desde o começo: a crença no impossível, sem a mão humana para restringi-la.

Se passaram 7 anos desde A Luneta Âmbar, e 20 anos desde o livro anterior a este, La Belle Sauvage. Lyra Belacqua tem 20 anos, é uma estudante da universidade de St. Sophia, e seu relacionamento com seu deamon, Pantalaimon, nunca esteve pior. O conflito interno exteriorizado fica ainda pior quando um movimento súbito no governo ameaça trazer uma nova era ditatorial para o mundo todo, tendo o pulso firme do Magisterium no controle. Enquanto Lyra investiga como isso se relaciona com uma lenda sobre uma cidade de fantasmas em um deserto longínquo, seu caminho cruza novamente com o de Michael Polstead. Não mais o menino que um dia fora, ele agora é um catedrático leal e fiel, pertencente a uma sociedade secreta que luta contra o Magisterium fazem décadas. E a jornada que ambos farão os levará a lugares distantes do mundo, além de tudo que já conheceram, onde o destino de todos será decidido nas sombras.

Um tema constante em A Comunidade Secreta é a força da imaginação e da criatividade. Se Fronteiras do Universo mostrava os perigos dos extremos das crenças, aqui temos um estudo poderoso sobre os extremos da razão. É possível ter alegria e ser feliz consigo mesmo vivendo submergido num mar de ceticismo? Os conhecimentos que adquirimos quando adultos é superior aos valores que desenvolvemos quando crianças? O quão inteligentes somos verdadeiramente se desconsideramos aquilo que aqueles próximos de nós acreditam? São questionamentos que a própria protagonista se faz, e esse conflito não se reflete apenas no círculo íntimo dela, mas também no macro. La Maison Juste, a organização que antagoniza este segundo volume, não são pessoas malignas torcendo bigodes enquanto gargalham. São inteligentes, ardilosos, e se escondem por trás de boas intenções e manipulação das massas. De certa forma, isso os torna ainda mais assustadores, por serem tão perto da realidade.

É nessa proximidade, inclusive, que a força motriz do livro de Pullman se encontra. Brutalidade policial e imigração ilegal são questões que não se espera verem sendo abordadas em uma obra como esta, mas o texto ágil e cheio de seriedade de Philip não torna esses temas banais, e sim parte da mensagem da história. A analogia com as Cruzadas não é apenas perturbadora, como se reflete em muitos aspectos em como religiões em posições de poder tratam outras crenças e culturas. Lyra e Malcolm testemunham até onde a prepotência daqueles no alto pode afetar os mais frágeis, e a visão, embora brutal, é necessária. E a magia, onde fica?

É belo como Pullman pede que a imaginação volte a mente do leitor. Ao recordar dos eventos passados, ele mostra uma reverência e um sentimento que só pode ser traduzido como uma palavra exclusiva do português: saudade. É irônico que, num mundo mais aberto para o pensamento livre e pela busca do conhecimento, seja a negação do improvável e a negação do que não se vê que abre a possibilidade que mais uma vez a população do mundo volte a cair na opressão. E ao explorar alguns dos elementos fantásticos que ele já havia introduzido em La Belle Sauvage, é na magia que ele encontra seu maior apelo de esperança. Tudo isso enquanto a narrativa não deixa de ser uma grande aventura ao redor do mundo, com perseguições, buscas de pistas, cenas de ação sangrentas e algumas reviravoltas surpreendentes.

Existem, porém, alguns aspectos que impedem que o livro cumpra todo o seu potencial. A começar, um aspecto problemático mal-desenvolvido, que ocorre logo de cara, faz com que a trama ganhe um gosto amargo que demora a se dissipar. Temas complicados são algo que esta nova série, por ser direcionada a um público mais adulto, sempre teve coragem em lidar. Mas o jeito como ela decide abordar alguns dos temas é feito de forma que não se prova ser necessário para a narrativa, servindo apenas como valor de choque. Além disso, nenhuma das tramas deste livro é concluída. A quantidade de ganchos em aberto para o terceiro e último volume é enervante, mas a qualidade de como Pullman leva quem lê até seu final brusco ainda é admirável.

No fim, A Comunidade Secreta ainda é uma fantasia moderna exemplar, com cenas memoráveis e tematicamente relevante para dias onde cada vez mais parece improvável encontrar consenso em questões difíceis. Mesmo com seus defeitos, é um lembrete vivo que não devemos deixar de lado as pequenas coisas que acreditamos e que nos fazem ser quem somos. Phllip Pullman pede que, mesmo depois de adulto, não se tenha problema em acreditar em um pouco de magia.

I am truly enjoying this as much as the first trilogy.

Found it a bit hard to get into, but then the last 200 pages grabbed me after all. Will have to get the third volume for the conclusion.

3.5 stars but rounding up cause I can.
adventurous medium-paced
Plot or Character Driven: A mix
Strong character development: Yes
Loveable characters: Yes
Diverse cast of characters: Yes
Flaws of characters a main focus: Yes

I can't cope with how much disappointed I am with this book. This must be the only time that Phillip Pullman let me down

I... really wanted to enjoy this book but as many have said it is rambling, convoluted, with many contrived and unnecessary asides. I was excited reading it for maybe the first third, and then experienced a creeping sense of dread as I realized the author doesn't seem to know where he's going with his many ideas, so gets lost in a labyrinth of briefly introduced characters and side plots. I struggle to imagine how all these things could be satisfactorily tied together, and the book even seems to reference this itself at one point towards the end (
when Malcolm is detailing the romantic poem
but this brief burst of apparent self-awareness doesn't justify it tbh.

In addition, as many have noted, it feels like a totally nonsensical departure from the Lyra we knew in HDM *and* the Malcolm we knew in LBS. I know they were young in their respective stories, and of course we change as we grow up, but I felt like they were completely different characters for no discernible reason at all, and the book has no interest in really explaining why they have changed. The story hand waves away so many things that I became increasingly frustrated as I read along. 

Not to mention Malcolm's creepy romantic fixation on Lyra and her sudden interest in him out of nowhere??? Why on earth is the story so clumsily trying to make this a thing when it makes no sense and is an upsetting distortion of what could be a really lovely dynamic as established in LBS? It just. doesn't make sense for the characters, it feels forced and unnecessary to say the least. I hope Pullman thinks better of trying to set that up because it is beyond confusing.

I want to imagine that Pullman will manage to bring it all together in the 3rd installment but if so he still really messed up by making this one so shoddily constructed that I honestly am not sure I will even read the next one since I fear I don't trust him as a storyteller anymore. A real fall from grace in a myriad of ways from the author of one of the strongest series ever written imho. I hope I'm wrong and The Rose Field knocks it out of the park but the seams were so very visible in this book, the themes so jumbled and multitudinous, that it lost all sense of overall purpose. Very disappointing indeed.