3.73 AVERAGE

emotional funny hopeful inspiring reflective sad slow-paced
Plot or Character Driven: Character
Strong character development: Yes
Loveable characters: Complicated
Diverse cast of characters: Yes
Flaws of characters a main focus: Yes
reflective slow-paced
Plot or Character Driven: Character
Loveable characters: No
emotional funny inspiring reflective sad medium-paced
Plot or Character Driven: Character
Strong character development: Yes
Loveable characters: Complicated
Diverse cast of characters: No
Flaws of characters a main focus: Yes
ksuzannert's profile picture

ksuzannert's review

5.0

“A philosophical fable,” and a great one at that.

i thought i wouldn't finish this but i'm so glad i pushed through and did. it starts really slow, as good criticism of social differences in early 2000s France, but not something really innovative. then it delves into the beauty of language and art, in a way that reminded me of Han Kang's "Greek Lessons". the last third of the book is incredible, an exploration of Reneé's life both past and present, a roller coaster of having hope for her and then being pulled down to her inevitable reality in the most cruel way.

i think the best part of this book is the language; though it can be a bit tedious at first, in the end is what makes the scenarios come to life. it's not for everyone, i admit it's difficult getting past how incredibly pretentious everyone in the book is, including Reneé, but it's a wonderful read for people who enjoy seeing how language changes an otherwise plain, boring plot.

Sentimentos mistos. Chegamos ao endereço: 7 Rue de Grenelle.

Conhecemos Renée, a zeladora viúva e erudita, apaixonada pela cultura oriental, que cultiva seus interesses em segredo, com medo de quebrar a expectativa social rígida sobre o que deve ou não deve fazer alguém de sua classe. Também conhecemos Paloma, uma adolescente superdotada que vive o sofrimento de não encontrar seu lugar no mundo, moradora do mesmo prédio. Gostei da proposta dos Diários do Movimento do Mundo e dos Pensamentos Profundos criados por ela.

Porque o que é bonito é o que captamos enquanto passa. É a configuração efêmera das coisas no momento em que vemos ao mesmo tempo a beleza e a morte.
Ai, ai, ai, pensei, será que isso quer dizer que é assim que temos de viver a vida? Sempre em equilíbrio entre a beleza e a morte, o movimento e seu desaparecimento?
Estar vivo talvez seja isto: espreitar os instantes que morrem.


Confesso que foi difícil me conectar com ambas, talvez por esse ar pretensioso e esnobe que carregam. O sentimento constante de não pertencimento me incomodou um pouco. Mas, aos poucos, o ritmo foi fazendo mais sentido... No último terço da história, comecei a gostar um pouco mais do livro. Talvez porque as personagens começam, finalmente, a gostar de si mesmas. E a gostar da vida. Quase abandonei a leitura, mas algo me fez persistir. Acho que foi a curiosidade pelo destino das personagens. Entender o título do livro...

É um livro com algumas frases bonitas e reflexões filosóficas interessantes sobre a beleza, a arte, a natureza, a eternidade das pequenas coisas, a literatura.

Há tanta humanidade nessa capacidade de amar as árvores, tanta nostalgia dos nossos primeiros deslumbramentos, tanta força em se sentir tão insignificante no seio da natureza... sim, é isso: a evocação das árvores, de sua majestade indiferente e do amor que lhes damos nos ensina como somos irrisórios, feios parasitas fervilhando na superfície da Terra, e ao mesmo tempo nos torna dignos de viver, porque somos capazes de reconhecer uma beleza que não nos deve nada.


Mas, pessoalmente, acho que prefiro o estilo do Kundera — mais ousado e profundo. Aqui, senti uma tentativa confusa de escrita mais conservadora, que se mistura ao estilo de diário-ensaio de um jeito que não fluiu 100% pra mim. Apesar disso, a estrutura permite uma grande proximidade com as personagens — e dá pra sentir os espinhos e confusões de cada uma. Talvez tenha sido esse o objetivo?

Inclusive, estou convencida de que a autora leu A hora da estrela, da Clarice Lispector. Entendedoras entenderão!

Encontrei esse livro enquanto procurava por literatura contemporânea francófona — parece que é um dos mais recomendados (?) — e dei a sorte de achá-lo no Sebo Porão do Livro



Siga minhas leituras em Leituras da Gabrielle



Mas, quando olhamos para uma natureza-morta, quando nos deliciamos, sem tê-la perseguido, com essa beleza que leva consigo a figuração magnificada e imóvel das coisas, gozamos daquilo que não tivemos de cobiçar, contemplamos o que não tivemos de querer, afagamos o que não tivemos de desejar. Então, a natureza-morta, por figurar uma beleza que fala ao nosso desejo mas nasce do desejo de outro, por convir ao nosso prazer sem entrar em nenhum de nossos planos, por se dar a nós sem o esforço com que a desejaríamos, encarna a quintessência da Arte, essa certeza do intemporal. Na cena muda, sem vida nem movimento, encarna-se um tempo isento de projetos, uma perfeição arrancada de uma duração e de sua exausta avidez — um prazer sem desejo, uma existência sem duração, uma beleza sem vontade.
Pois a Arte é a emoção sem o desejo.

julialowebe's review

4.25
hopeful inspiring reflective slow-paced
Plot or Character Driven: Character
Strong character development: Yes
Loveable characters: Yes
Diverse cast of characters: Yes
Flaws of characters a main focus: Yes
challenging reflective slow-paced

ginrynk's review

2.0

I considered hurling the book out the window of my apartment into the ravine below as a favor to the library.

venessiel's review

5.0

Amazing