Reviews

Morreste-me by José Luís Peixoto

luisemanuel's review

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dark emotional reflective sad medium-paced
  • Plot- or character-driven? Character
  • Strong character development? It's complicated
  • Loveable characters? N/A
  • Diverse cast of characters? No
  • Flaws of characters a main focus? No

4.75

savitorsa's review

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3.0

meio difícil de ler tanto pela temática como pela própria forma como está escrito. não sei, adoro o autor mas não me tocou como esperava. qd o meu pai morrer leio outra vez

matalh's review against another edition

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dark emotional sad fast-paced

4.5

saralouro155's review

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4.0

“Dorme pequenino, que foste tanto. E espeta-se-me no peito nunca mais te poder ouvir, ver, tocar. Onde estiveres, dorme agora. Eras um pouco muito de mim. Descansa. Ficou o teu sorriso no que não esqueço, ficaste todo em mim. Nunca esquecerei”.


Possivelmente o livro que mais me custou a ler desde que perdi a minha mãe. Como é possível um livro tão pequeno representar tanto? Ser igualmente tão bonito e tão triste? Identifico-me com cada palavra do José Luís Peixoto.

daiiiisy's review

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sad fast-paced

5.0

loverbot's review against another edition

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emotional sad fast-paced

5.0

Dizia nunca esquecerei, e lembro-me.

Deixaste-te ficar em tudo. Sobrepostos na mágoa indiferente deste mundo que finge continuar, os teus movimentos, o eclipse dos teus gestos.

E oiço o eco da tua voz, da tua voz que nunca mais poderei ouvir. A tua voz calada para sempre. E, como se adormecesses, vejo-te fechar as pálpebras sobre os olhos que nunca mais abrirás. Os teus olhos fechados para sempre. E, de uma vez, deixas de respirar. Para sempre. Para nunca mais. Pai. Tudo o que te sobreviveu me agride. Pai. Nunca esquecerei.

E este lugar que era mundo, agora, vazio oco quer ser mundo ainda. E, realmente, tudo se mantém suspenso. Tudo quer e tenta ser igual. Todos parecem acreditar. Sem ti, as pessoas ainda vão para onde iam, ainda seguem as mesmas linhas invisíveis. Mas eu sei, pai. Perderam-se as leis contigo. Perdeu-se a ordem que trazias. (...) Cresce a manhã, cresce o cansaço. E a luz insiste.

Contava-te tudo na certeza de não te perder e perdi-te. Perdi o meu amigo. Tantas saudades.

(...)o dilúvio no peito e o negro de te chorarmos ali, sobre ti, como se houvesse lágrimas que pudessem conter o vazio que ficou dos gestos que não fazes, das palavras que não dizes, do olhar permanente que tinhas e já não podes ter. Pai, a casa é esta noite negra, fria sem a segurança maior que era tua e nos davas. Agora, o medo. Entraste na morte e já não podes voltar para me proteger. Passei a noite sozinho, sentado ao lume, a esperar-te. E já não podes voltar para mim, que te espero, que te amo.

E não quero e não posso esquecer o que outrora senti do teu olhar. Pai, fiquei no silêncio do inverno que abraçaste.

Onde estás, pai, que me deixaste só a gritar onde estás. Na angústia, preciso de te ouvir, preciso que me estendas a mão. E nunca mais nunca mais. Pai. Dorme, pequenino, que foste tanto. E espeta-se-me no peito nunca mais te poder ouvir ver tocar. Pai, onde estiveres, dorme agora. Menino. Eras um pouco muito de mim. Descansa, pai. Ficou o teu sorriso no que não esqueço, ficaste todo em mim. Pai. Nunca esquecerei.

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christianbistriceanu's review against another edition

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dark emotional sad fast-paced

2.0

joao_dcosta's review

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5.0

Que bonita homenagem, um dos melhores livros que li do autor, que meu deixou angustiado, como não é novidade nos livros do autor.

filipasantos's review

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emotional sad

5.0

ipb's review

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emotional reflective sad fast-paced
  • Plot- or character-driven? Character
  • Strong character development? It's complicated
  • Loveable characters? N/A
  • Diverse cast of characters? N/A
  • Flaws of characters a main focus? No

5.0