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The Waste Lands by Stephen King

1 review

ggcd1981's review against another edition

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adventurous challenging dark mysterious tense medium-paced
  • Plot- or character-driven? Character
  • Strong character development? Yes
  • Loveable characters? Yes
  • Diverse cast of characters? Yes
  • Flaws of characters a main focus? It's complicated

3.75

The Waste Lands é o terceiro volume da série The Dark Tower e é uma melhora desde The Drawing of the Three. Continuamos seguindo o Gunslinger Roland, o ex-usuário de drogas Eddie Dean, Susannah Dean (a união das duas personalidades conflitantes de Odetta) e Jake Chambers. Jake é o menino que, no primeiro volume, foi sacrificado por Roland na sua busca pela Dark Tower. No segundo volume Roland entra na mente do homem que mata o garoto em Nova York e impede o crime de acontecer, consequentemente criando outra realidade na mente de Jake enquanto ele está em Nova York. Stephen King nesse livro aprofunda as personalidades dos já conhecidos personagens e fortalece o relacionamento deles. King especialmente se aprofunda em Jake e Eddie nesse volume. O autor explora a luta do garoto com as memorias de duas vidas diferentes, uma em que ele vive e uma em que morre. Eddie por sua vez luta com o fantasma do seu irmão bully, com seu relacionamento com Roland e com o seu recém encontrado desejo de ver a Dark Tower. Susannah devo acrescentar também está se tornando um sólido personagem feminino. Em determinado momento ela faz sexo com um demônio para tirar a atenção deste de Eddie que estava tentando abrir a porta do Mid-World para Jake. Nessa situação o consentimento de Susannah é dúbio e pensei que a história da personagem giraria em torno desse ocorrido, mas para minha feliz surpresa o acontecimento não define a personagem e ela é capaz de seguir adiante na jornada com o grupo. Roland continua sendo um protagonista bom o suficiente para me manter lendo. Minha única ressalva dos personagens é que a química deles é boa, mas não excelente. Eles são um grupo tão heterogêneo (um menino, um ex-usuário de drogas, uma herdeira e militante social e um gunslinger) que é difícil pensar neles como a trope da “Found Family”. Os personagens são tão diferentes um do outro que é difícil imaginar o que eles têm para conversar além da Dark Tower, mas isso pode ser minha Ansiedade Social e Introversão influenciando minha visão do grupo. Vale mencionar também que o personagem do “Tick-tock man” foi introduzido e desconfio que ele ainda terá mais influência nos volumes a seguir. A atmosfera da série é bem única, um cenário de filmes Westerns misturado com Sci-Fi Distopia e com toques de Fantasia. Para minha surpresa essa atmosfera me agradou pois normalmente esses são gêneros (Western, Distopia) que não gosto muito. Devo então elogiar King pois se ele conseguiu misturar gêneros que não gosto e ainda assim criar uma atmosfera que me prende isso é pura habilidade dele como escritor. Isso não é surpresa, King tem uma das melhores escritas que já li. É claro, ela não é perfeita, não importa em que década o livro se passe os personagens, independente de sexo e idade, falam e fazem referências como se estivessem na década de 70. Porém, no geral, isso não diminui muito o meu divertimento com a leitura dos livros do autor. O enredo foi interessante o suficiente: Vários meses se passaram e os dois companheiros de Roland tornaram-se pistoleiros proficientes. Eddie Dean desistiu da heroína e os dois eus de Odetta se juntaram, tornando-se a personalidade mais forte e equilibrada de Susannah Dean. Mas quando lutou contra The Pusher em 1977 em Nova York no Volume 2 de The Dark Tower Series, Roland alterou o ka ao salvar a vida de Jake, o menino que – no mundo e no tempo de Roland - já havia morrido. Roland e Jake passaram a existir em mundos diferentes, mas unidos pela mesma loucura: o paradoxo das memórias duplas. Roland, Susannah e Eddie devem trazer Jake para o Mid-World e seguir o Caminho do Feixe até a Torre Negra. Ao longo do caminho, o “tet” tropeça nas ruínas da cidade de Lud e fica preso entre as gangues em guerra dos Pubes e dos Grays. A única maneira de sair de Lud é acordar Blaine, o Mono, um trem insano que tem paixão por enigmas e por viagens suicidas. A história é, em maior parte, intrigante e inesperada, mas em alguns pontos tem problema de ritmo. Por exemplo a parte do livro em que Jake está em Nova York sem saber se Roland e Mid-World tinham sido apenas sintomas de sua loucura ou algo real, e se foi real como retornar aquele mundo, foi uma parte que se arrastou por mais tempo do que deveria. A jornada de Jake, desde que apareceu no texto achando que estava louco, sua procura por algo que não sabia realmente o que era, até finalmente conseguir atravessar para o Mid-World foi desnecessariamente longa e detalhada causando alguma impaciência e diminuindo um pouco a sensação de curiosidade da minha parte. Quanto a lógica interna da obra, bem, esta é um tanto randômica. King não parecia ter realmente um plano de para onde a série estava indo. A sensação é que o mundo e o enredo dessa obra foram criados no improviso. A explicação para o que não tem explicação no livro é “Ka”, algo semelhante a destino. Algo que não faz sentido acontece? Foi Ka. A ideia de Ka-tet também me pareceu um pouco confusa. Aparentemente Ka-tet é um termo no que Roland denomina “High Speech” para um grupo de vários indivíduos centrais ligados uns aos outros para um propósito, com indivíduos adicionais desempenhando papéis transitórios e funções específicas dentro do grupo. Mas se a história e seus conceitos as vezes são ilógicos eles também são inesperados e imprevisíveis, assim aumentando seu nível de entretenimento. Nesse aspecto posso dizer que a obra sim me entreteve e estou curiosa para ver onde o autor vai levar essa história não usual. O meu rating é um sólido 3.75 estrelas.



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