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4.32 AVERAGE


I think I started this about 5 times over the last few years, but once you get past the prison part, it becomes really awesome.

Feel like the Count could have gotten his revenge a lot earlier, but after spending as long as he did in prison, I guess I can’t blame him for wanting to ball out in Paris for 200 pages before making his move
adventurous challenging slow-paced

Oof, I made it about halfway through this behemoth of a novel. I can see why it’s a classic, but it didn’t hold my interest enough to keep going.
adventurous mysterious tense slow-paced
Plot or Character Driven: A mix
Strong character development: Complicated
Loveable characters: Complicated
Diverse cast of characters: No
Flaws of characters a main focus: Yes

i had a blasith this one
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annave's review against another edition

DID NOT FINISH

I'll try to read through it, it's just so long and sometimes slow, still not bad tho 
adventurous challenging emotional hopeful mysterious reflective sad tense fast-paced
Plot or Character Driven: A mix
Strong character development: Yes
Loveable characters: Yes
Diverse cast of characters: Yes
Flaws of characters a main focus: Yes
adventurous emotional funny mysterious reflective relaxing tense medium-paced
Plot or Character Driven: Plot
Strong character development: Yes
Loveable characters: Yes
Diverse cast of characters: Yes
Flaws of characters a main focus: Yes

O Conde de Monte Cristo é uma leitura longa, mas surpreendentemente ágil. Apesar das mais de 1.500 páginas, o romance tem um ritmo que supera o de muitos livros curtos. A leitura flui com naturalidade e engajamento — não há sensação de "encheção de linguiça", mesmo sendo originalmente publicado como folhetim. Pelo contrário, cada parte contribui para construir uma trama rica, personagens envolventes e situações bem amarradas. É um clássico que, em ritmo e acessibilidade, se destaca entre os mais agradáveis já escritos.

A narrativa acompanha um projeto de vingança minuciosamente planejado, que se desenrola com inteligência e comedimento. Mesmo sem recorrer a grandes reviravoltas tardias ou reveses angustiantes, o livro oferece satisfação contínua, revelando aos poucos as intenções e as estratégias do protagonista. A cada avanço, o leitor se sente recompensado, tanto pela construção lógica dos planos quanto pela competência narrativa com que tudo se encaixa.

Ainda que muitos personagens sejam desenhados de forma direta — ora heroicos, ora vilanescos — eles são quase todos interessantes e bem empregados. Mesmo os que operam dentro de arquétipos fixos têm papel relevante e são apresentados com estilo. Alguns personagens ganham maior complexidade e tornam-se especialmente memoráveis. Não há excesso de transformações psicológicas, mas há boas construções dramáticas e relações afetivas marcantes. O texto acerta também na escrita dos pequenos momentos: os diálogos são instigantes, as falas afiadas e as trocas verbais revelam inteligência mesmo em personagens que, em tese, não teriam esse refinamento. Esse estilo pode soar artificial em termos realistas, mas torna a leitura especialmente prazerosa.

Um dos diferenciais mais notáveis da obra é o modo como ela incorpora fatos históricos. Como o romance foi escrito pouco tempo após os eventos que menciona — como a queda de Napoleão ou conflitos no Mediterrâneo — há uma sensação de proximidade e veracidade histórica incomum em obras do gênero. Isso torna o pano de fundo ainda mais rico, embora seja recomendável, em alguns momentos, buscar contexto externo para compreender melhor o cenário político e social da época.

O estilo de Dumas é refinado, variando entre a descrição objetiva, a ironia sutil e o comentário filosófico. Há passagens com humor discreto, outras com densidade emocional, sempre com domínio técnico e vocabulário preciso. A escrita, em nível macro e micro, é consistentemente envolvente. Se há um ponto a se destacar negativamente, seria o uso excessivo de referências mitológicas ou históricas que nem sempre são acessíveis ao leitor contemporâneo — o que pode gerar alguma dificuldade pontual na leitura.

O final do livro é satisfatório, embora algumas decisões narrativas possam gerar estranhamento pela falta de coerência com os caminhos previamente traçados. Certas escolhas do protagonista parecem mal fundamentadas ou contraditórias com sua trajetória, o que limita o impacto emocional e impede que a conclusão seja tão forte quanto o restante da obra. Ainda assim, é um encerramento digno, que não compromete a experiência nem desfaz a excelência do que veio antes.

O Conde de Monte Cristo é um clássico no melhor sentido do termo: atual, acessível, eletrizante. Sua fama é mais do que justificada. Mesmo quem se intimida com livros longos deve considerar a leitura. Poucos romances combinam tão bem aventura, inteligência, emoção e qualidade literária. E menos ainda conseguem manter isso por tantas páginas sem jamais perder o fôlego. 
adventurous emotional reflective tense slow-paced
Plot or Character Driven: Plot
Strong character development: Complicated
Loveable characters: Complicated
Diverse cast of characters: No
Flaws of characters a main focus: No
challenging slow-paced
Plot or Character Driven: A mix
Strong character development: Yes
Loveable characters: No
Diverse cast of characters: Yes
Flaws of characters a main focus: Yes

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