Reviews

A Heart So White by Javier Marías

xhenid's review against another edition

Go to review page

mysterious reflective slow-paced
  • Plot- or character-driven? A mix

4.0

jess_mango's review against another edition

Go to review page

4.0

At its core, A Heart so White is about secrets. Our protagonist Juan is a newlywed and lives in Spain with his wife Luisa but travels frequently in his role as an interpreter. He has family connections in Cuba and also travels there with his wife for their honeymoon. In my opinion, this is very much a character driven novel. We see a lot of exploration of relationships of the romantic variety and the secrets that are shared and kept.

The author writes with long, descriptive sentences. Sentence flowing into sentence resulting in some long paragraphs that tumble from page to page. (making finding a place to bookmark a bit of a challenge. ;) ). This was a book to savor and sit with for a solid block of time and not one that can be read during random free minutes.

more review to come...

elvenrapier's review against another edition

Go to review page

emotional mysterious reflective slow-paced

0.5

biancala's review against another edition

Go to review page

reflective slow-paced
  • Plot- or character-driven? Character
  • Strong character development? No
  • Loveable characters? It's complicated
  • Diverse cast of characters? No
  • Flaws of characters a main focus? Yes

3.25

pedrorondulhagomes's review against another edition

Go to review page

5.0

Por vezes sentimo-nos atordoados e o culpado é um livro. É assim que me sinto após ler o ‘Coração tão branco’ de Javier Marías, o primeiro que leio do autor. A morte de um autor induz sempre um sentido de urgência sobre as leituras adiadas – foi este o caso. Talvez convoque no leitor a ideia da sua própria finitude e o apresse. Afinal, a derradeira campanha de marketing de um autor é mesmo o seu desaparecimento físico, sendo mais eficaz do que as demais, e isso deve valer alguma coisa.

Todo este circunlóquio para contornar o aturdimento. Termina-se e não sabemos bem o que acabámos de ler – mas é bom. É bom na estrutura, no estilo e no conteúdo. Se o percebemos inteiramente é um pormenor de somenos. Temos a sensação termos passado a toda a velocidade, no escuro, por objetos que apenas podemos pressentir. Isto apesar da lenta e metódica narração, com frases longas e pontuadas, num quase contínuo, sem parágrafos.

Não revelarei nada de essencial acerca do mistério que desde início, de rompante, nos apresenta: uma mulher recém-casada, regressada havia poucos dias da lua de mel, levanta-se a meio de um almoço de família, vai à casa de banho, despe a camisa e suicida-se com um tiro no peito, usando a pistola do próprio pai, que está sentado na sala de jantar. Depois disto acompanhamos a lento percurso do narrador, ele próprio recentemente casado e assombrado por pressentimentos ominosos, sobrinho da referida mulher e filho do marido desta – parece complicado, mas não é: depois do suicídio da mulher casou-se com a irmã, de quem tem um filho, o narrador.

Mas este romance é afinal acerca do quê? A intriga do género policial é apenas um expediente eficaz para manter o interesse do leitor. Mas este livro é muito mais do que isso – sem desprezar de forma alguma o género policial. Não vos consigo explicar de forma concisa acerca do que trata este romance. Isto sem cair numa série de lugares-comuns ou chavões ocos. Consigo, no entanto, encadear algumas das idiossincrasias apresentadas em jeito de filosofia:

Obrigamos os outros amarmo-nos. Numa relação amorosa, um deles ama mais do que o outro. Não quer dizer que os dois não se amem. Mas um deles ama mais do que o outro. E por isso obriga o outro a amá-lo da mesma forma. O outro pode ter dúvidas de toda a ordem, pode hesitar em querer ter uma “vida a dois”, em abdicar de parte de sua independência ou individualidade, e poderia eternizar-se nestas dúvidas – o que seria insustentável para o primeiro; quiçá para o mundo em geral. Ao primeiro não resta outra hipótese senão coagir o segundo. Nunca sabemos exatamente se a mão que nos segura o ombro nos guarda, tranquiliza, agarra ou se se ampara.

Todos os acontecimentos se sobrepõem e apagam. A desorientação poderá ser tal que a certa altura nos poderá parecer indiferente o que já foi ou o que será. Ocultamos os acontecimentos através da narração. O seu relato transforma-os num símbolo, transforma-os em linguagem e deixam de existir. Um segredo nunca deixa de existir para o seu portador. Torna-se, mais tarde ou mais cedo, insuportável.

As palavras têm sempre retração. O que é realmente feito é irremediável. A imaginação evita muitas desgraças. Ao longo do romance é por diversas vezes citada Macbeth de William Shakespeare – começando pelo título: “My hands are of your color; but I shame \\ To wear a heart so white.” A culpa, a retração, ou não, do que foi dito, do que foi ouvido e já não pode deixar de o ser. De quem é o coração tão branco?


A escrita de Marías é muito particular e marcada. Costuma-se dizer que um escritor deve desaparecer da sua obra. Mas o que quer isto realmente dizer? Aquilo a que chamamos a voz do escritor tem de lá estar e é imediatamente reconhecível – tal parece ser o caso com Javier Marías. O que se dispensa é o excesso (de julgamento moral, explicação ou interpretação) que poderá resultar no fecho da obra sobre si mesma. E a literatura é exatamente o contrário disso; a sua beleza reside na diversidade de interpretação e de apropriação pelo leitor.

reo_hi's review against another edition

Go to review page

5.0

I knew nothing about this book while I was reading it and I was utterly confused as to what it was trying to say or what it was about. I couldn't grasp what Marías was trying to convey through this book. It was only once I reached the ending did I finally understand. This is one of those few books I've felt haunted by. One where you can't help but ruminate in your head over and over. It surprised me how much I ended up liking this.

chaoscat's review against another edition

Go to review page

challenging dark funny mysterious reflective slow-paced

4.0

doramac's review against another edition

Go to review page

challenging dark informative mysterious reflective medium-paced
  • Plot- or character-driven? N/A

4.0

believeinyou's review against another edition

Go to review page

dark emotional reflective slow-paced
  • Plot- or character-driven? Character
  • Strong character development? Yes
  • Loveable characters? It's complicated
  • Diverse cast of characters? No
  • Flaws of characters a main focus? Yes

4.75

hanandrews's review against another edition

Go to review page

dark emotional reflective slow-paced
  • Plot- or character-driven? Character
  • Strong character development? No
  • Loveable characters? It's complicated
  • Diverse cast of characters? No
  • Flaws of characters a main focus? Yes

3.25