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4.0 AVERAGE
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The only reason I took off a star is because I'm probably too spazzy to really understand significant portions of the book, but overall, it destroyed me. In a good way.
I'll re-read it in a year and probably end up giving it the full 5.
I'll re-read it in a year and probably end up giving it the full 5.
I might have given it four stars if it had quotation marks. The lack of punctuation made it difficult to read at times. A very compelling plot that moved well with a bit too much philosophical exposition for my taste. Too much figurative language related to blindness. I wanted to love it but I only liked it.
My Portuguese boyfriend gave me this book for my birthday last year. He knew the book because he had to read it in school. I finally started reading it, and actually I couldn’t put it down. I had seen some reviews that the writing style had thrown a lot of people off, but for me it was a pure page turner!
I can see myself reading the sequel eventually
I can see myself reading the sequel eventually
Very, very profound book. Like the review from Sammy, this is a book that you pick up, read a little, put down, and wonder if it's worth continuing. I found myself doing that a lot with this book. Granted, I'm also in the middle of an anatomy class, so this isn't exactly the best book use for light reading. However, I have to say that it's worth reading. I wouldn't recommend it for everyone because I don't think the underlying concept would be appreciated nor comprehended by most people.
Ao iniciar a leitura de Ensaio sobre a cegueira, pensei que por já ter assistido ao filme baseado no livro, perderia um pouco o seu encanto e surpresa. Como eu estava enganado! Saramago cria, aqui, uma obra densa, que não faz concessões e que nos força a olharmo-nos a nós mesmos, seres humanos, capazes de gestos sublimes, mas também das maiores vilezas possíveis uns contra os outros, as quais nem os animais possuem. Fui pego pela escrita, como se um imã me ligasse ao livro, impossível de deixá-lo de lado, e quando o conseguia, suas imagens não me saiam da cabeça.
Aqui, os personagens não tem nome, são pessoas que são designadas por certas características. Num mundo em que a objetificação se torna cada vez mais regra do que exceção, para que servem os nomes? Também a se considerar que num mundo em que as pessoas perdem o seu valor como seres humanos, como em campos de concentração ou em países que impera regimes políticos de exceção, como exemplos, dentre tantos, as pessoas passam a ser números, estatística, pouca importância se lhes dão se vivem ou morrem.
E cegos vamos nos tornando, mesmo que alguns aos poucos, outros se fazem cegos em absoluto, mesmo que tenham olhos para ver, como as pessoas que, exergando, são utilizadas como massa de manobra e tornam-se cegos para qualquer outra forma de verem o mundo. Nesse caso, também se tornam surdos.
Cegos também, pois ausente a solidariedade, que nós possibilita ultrapassar com menos dificuldades, os limites e dificuldades.
Cegos também somos, pois mesmo que nos vangloriemos de sermos seres racionais, e como já dito logo acima, somos capazes das maiores vilezas uns contra os outros para atingirmos objetivos próprios ou de certos grupos, onde o adjetivo humano acaba por se degradar, onde seria mais correto dizer, seres abjetos.
Saramago, em sua escrita lúcida, demonstra essas questões de forma que, para mim, é brilhante, em sua fábula que mais é sobre a verdadeira natureza do ser humano do que exatamente sobre a cegueira. E não faz conceções, apenas escreve. E escreve muito bem.
Algo que me tocou também é que aqui as mulheres são o centro da história, a força moral, a estrutura que mantém a ordem possível no caos, apesar da brutalidade e dos abusos pelos quais passam para que se alcance um mínimo de harmonia. Saramago tinha olhos de ver e viu essa realidade e a traduziu em sua escrita!
Há soluções. Sim, há. A minha leitura anterior a essa, O homem em busca de um sentido, de Viktor Frankl, além de ter sido uma leitura importante, demonstra que somos capazes sim (e como somos capazes!) de superar a vileza, a dor, a indiferença, o absurdo. Pareceu-me inclusive como uma artimanha do destino, ler Frankl para logo em seguida encontrar Saramago e, perceber que ainda há esperança.
Aqui, os personagens não tem nome, são pessoas que são designadas por certas características. Num mundo em que a objetificação se torna cada vez mais regra do que exceção, para que servem os nomes? Também a se considerar que num mundo em que as pessoas perdem o seu valor como seres humanos, como em campos de concentração ou em países que impera regimes políticos de exceção, como exemplos, dentre tantos, as pessoas passam a ser números, estatística, pouca importância se lhes dão se vivem ou morrem.
E cegos vamos nos tornando, mesmo que alguns aos poucos, outros se fazem cegos em absoluto, mesmo que tenham olhos para ver, como as pessoas que, exergando, são utilizadas como massa de manobra e tornam-se cegos para qualquer outra forma de verem o mundo. Nesse caso, também se tornam surdos.
Cegos também, pois ausente a solidariedade, que nós possibilita ultrapassar com menos dificuldades, os limites e dificuldades.
Cegos também somos, pois mesmo que nos vangloriemos de sermos seres racionais, e como já dito logo acima, somos capazes das maiores vilezas uns contra os outros para atingirmos objetivos próprios ou de certos grupos, onde o adjetivo humano acaba por se degradar, onde seria mais correto dizer, seres abjetos.
Saramago, em sua escrita lúcida, demonstra essas questões de forma que, para mim, é brilhante, em sua fábula que mais é sobre a verdadeira natureza do ser humano do que exatamente sobre a cegueira. E não faz conceções, apenas escreve. E escreve muito bem.
Algo que me tocou também é que aqui as mulheres são o centro da história, a força moral, a estrutura que mantém a ordem possível no caos, apesar da brutalidade e dos abusos pelos quais passam para que se alcance um mínimo de harmonia. Saramago tinha olhos de ver e viu essa realidade e a traduziu em sua escrita!
Há soluções. Sim, há. A minha leitura anterior a essa, O homem em busca de um sentido, de Viktor Frankl, além de ter sido uma leitura importante, demonstra que somos capazes sim (e como somos capazes!) de superar a vileza, a dor, a indiferença, o absurdo. Pareceu-me inclusive como uma artimanha do destino, ler Frankl para logo em seguida encontrar Saramago e, perceber que ainda há esperança.
When we imagine apocalyptic futures, do we imagine ourselves as still being us, only living in a world that has changed?
In his article Wounded Stories, Patrick Stokes explores the inability "to envisage becoming someone other than who we are" with doomsday preppers- survivalists fantasising about hiding out in bunkers or fleeing into the woods yet still imagining being "the same person, just living in a world that has suddenly changed".
But anyone who has experienced an event like the death of a loved one or pandemic knows that after, who we are is fundamentally changed.
Saramago's blindness is a lesson of society being irreparably altered and people becoming other. Throughout the entire book, we are reminded that the old world is gone and that who these characters were before the white blindness no longer exists.
In this new world, almost everyone is blind. It is through one character, who has not caught the blindness, that we witness violence, injustice and filthy conditions. Saramago's writing is visceral, painting a bleak and repulsive picture, and reading it feels like as much of a burden as our main character's sight.
But much like Cormac McCarthy's The Road, the bleakness of Saramago's novel is not in vain. Saramago highlights the fragility of our humanness and the awful consequences of abandoning our kindness and connection. It was scary and crushing to read about a society becoming more and more inhuman. (notes to self- the desperation in this book seemed beastly/animalistic, a breakdown conveyed by crude descriptions of bodily functions).
The group that we follow offers us a space where community and compassion continue to hold on. I think the scene where the unnamed inmates gather around a radio needs to be made into a piece of art, or at least a cover for later editions.
In his article Wounded Stories, Patrick Stokes explores the inability "to envisage becoming someone other than who we are" with doomsday preppers- survivalists fantasising about hiding out in bunkers or fleeing into the woods yet still imagining being "the same person, just living in a world that has suddenly changed".
But anyone who has experienced an event like the death of a loved one or pandemic knows that after, who we are is fundamentally changed.
Saramago's blindness is a lesson of society being irreparably altered and people becoming other. Throughout the entire book, we are reminded that the old world is gone and that who these characters were before the white blindness no longer exists.
In this new world, almost everyone is blind. It is through one character, who has not caught the blindness, that we witness violence, injustice and filthy conditions. Saramago's writing is visceral, painting a bleak and repulsive picture, and reading it feels like as much of a burden as our main character's sight.
But much like Cormac McCarthy's The Road, the bleakness of Saramago's novel is not in vain. Saramago highlights the fragility of our humanness and the awful consequences of abandoning our kindness and connection. It was scary and crushing to read about a society becoming more and more inhuman. (notes to self- the desperation in this book seemed beastly/animalistic, a breakdown conveyed by crude descriptions of bodily functions).
The group that we follow offers us a space where community and compassion continue to hold on. I think the scene where the unnamed inmates gather around a radio needs to be made into a piece of art, or at least a cover for later editions.
I really wanted to like this. The story starts out very intriguing. But the authors writing style is very hard to read. He writes in long sentences with little punctuation and very long paragraphs. It was just too hard for me to read and the characters couldn’t hold my interest for me to bed with it.
This book was interesting and very, very frustrating. It highlights the worst of what we become when thrown together in an impossible situation, when a few key decisions could make all the difference, with compassion, empathy, cooperations. I doubt this will rank among my favorites of the year, but it will stick with me.