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Boojum: Part I by Elizabeth Bear, Sarah Monette

rolandosmedeiros's review

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3.0

Minhas últimas leituras envolveram um livro levíssimo de Biologia; um Sci-Fi de Horror bem denso; e uma história curta e sádica baseada no Mythos do Lovecraft (respectivamente um autor Brasileiro, um Canadense e um Britânico).

Então, quando aleatoriamente pipocou nas minhas recomendações um conto que unia todos esses temas, e se dizia um "Sci-Fi de Horror com pitadas Lovecraftianas, em uma Nave biologicamente viva", eu não podia deixá-lo passar batido (ser de graça e estar disponibilizado na net também ajudou).

Escrito a quatro mãos pelas americanas Elizabeth Bear e Sarah Monette, Boojum não é narrativamente desenvolto, mas é extremamente memorável; mais pelo setting do que por qualquer outra característica marcante.

Lavinia Whateley é um Boojum. O que é um Bojum? Brace yourselves: uma criatura viva, que ao mesmo tempo é uma nave espacial PIRATA, que abriga sua própria tripulação; sendo praticamente um ecossistema em sí.

No entanto, não é ela (todos os Boojuns recebem nomes de proeminentes personalidades femininas da historia da humanidade) a protagonista, e sim Black Alice, uma engenheira das profundezas do Boojum (e o que seria uma engenheira de uma nave biológica?! Você deve ler e descobrir). O plot torna-se então uma clássica ascensão do subterrâneo da nave até o seu topo, onde aqueles de mais alta patente podem se comunicar com o Boojun; e este é o sonho da "engenheira" Black Alice".

Bem, essa foi a maluquice que eu decidi encarar

E... é... bom, até.

Um casamento interessante, não-tão-doido assim conforme você vai lendo; um acoplamento entre Space Opera, Horror Cósmico e Pirataria numa Nave Biológica soa como (quase) perfeitamente feitos um para o outro (para quem estou mentindo?); mas é claro que eu próprio não me arriscaria nunca em tentar fazer isso funcionar. Então, mérito para as autoras. A simbiose até que funciona.

Pronto. Lido e resenhado.

Já deu de maluquices. Vou partir para literatura de verdade.

A seguir: 120 Dias de Sodoma ou Teatro de Sabbath?
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