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emotional
reflective
slow-paced
Plot or Character Driven:
Character
Strong character development:
Yes
Loveable characters:
Complicated
funny
reflective
sad
slow-paced
Plot or Character Driven:
A mix
Strong character development:
No
Loveable characters:
No
Diverse cast of characters:
Yes
Flaws of characters a main focus:
Yes
medium-paced
La manière que Zola a de décrire la société de cette époque est poignante.
Les descriptions sont très bien faites et bien que Nana soit une fille de joie , ce n’est jamais obscène mais au contraire Zola peint un portrait honnête tout en étant protecteur de Nana , et en critiquant la débauche et l’hypocrisie des nobles de cette époque.
Une lecture très intéressante !
Ce n’est peut être pas le meilleur Zola pour commencer à connaître cet auteur, car le style est très riche et il y a beaucoup de personnages.
Si c’était à refaire, je ne commencerai pas par ce Rougon Macquart, bien qu’il soit très intéressant à lire !
Les descriptions sont très bien faites et bien que Nana soit une fille de joie , ce n’est jamais obscène mais au contraire Zola peint un portrait honnête tout en étant protecteur de Nana , et en critiquant la débauche et l’hypocrisie des nobles de cette époque.
Une lecture très intéressante !
Ce n’est peut être pas le meilleur Zola pour commencer à connaître cet auteur, car le style est très riche et il y a beaucoup de personnages.
Si c’était à refaire, je ne commencerai pas par ce Rougon Macquart, bien qu’il soit très intéressant à lire !
adventurous
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dark
tense
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Plot or Character Driven:
Character
Strong character development:
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Complicated
Diverse cast of characters:
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Flaws of characters a main focus:
Yes
Escrito em 1880 – o 9º da série em termos cronológicos – este romance é o décimo sétimo da série, na ordem recomendada pelo autor.
A acção regressa a Paris, onde reencontramos a filha mais nova de Gervásia (A Taberna), Ana Coupeau, conhecida como Nana.
Estamos em 1867, por ocasião da inauguração da Exposição Universal de Paris. Depois de ter fugido da casa materna, vamos agora encontrar Nana tornada cortesã, a começar a sua carreira no teatro de revista.
O romance gira em torno da vida mundana de Nana, sua ascensão, sucessos e fim.
Desde praticamente o início do romance que Zola nos desvela o sistema de prostituição que serve as classes altas de Paris. Ao contrário do que sucede na actualidade, em que a prostituição se encontra fora do círculo social, é fundamentalmente uma actividade praticada individualmente, no que ao cliente concerne, na Paris do II Império, a prostituição está inserida na própria sociedade. As cortesãs endinheiradas e estabelecidas têm a porta aberta e recebem em casa, não só cavalheiros, como mesmo as suas mulheres. Isto não obstante todos saberem quais são as suas ocupações e, mais do que isso, fonte de rendimento.
O romance mostra-nos que a liberalidade sexual aí retratada não se encontra tão distante assim da actualidade, na medida em que a própria “volatilidade” das relações (não formais, ou seja, excepto o casamento) é bastante acentuada.
A este estado de coisas não é alheia, certamente, a natureza do casamento enquanto mero consórcio, determinado não por laços de afecto entre os nubentes, mas sim por conveniência, seja ela económica, social ou de manutenção do status quo. Daí que, na ausência de laços de amor entre os cônjuges, o recurso a amantes ou a prostitutas seja uma prática comum e tolerada, desde que não escandalosa.
O romance encerra uma violenta crítica da sociedade, cuja mensagem pode ser definida pelo seguinte excerto: «Uma sociedade onde ombreavam os grandes nomes e as grandes infâmias, num mesmo apetite de gozos» - p. 309. Ou seja, a ideia fundamental do romance acaba por ser a de que existe um nivelamento social no que toca aos costumes e à licenciosidade, pois que a animalidade humana prevalece sobre o constructo social.
Por outro lado, Zola transforma Nana numa espécie de Prometeu social, pois que ela é a filha de uma engomadeira bêbeda da Goutte d’Or (Gervásia Macquart – A Taberna) que rouba à nata da sociedade (representada aqui, no seu expoente máximo, pelo conde Muffat de Beauville, camareiro do imperador) toda a sua dignidade e fazenda. Com efeito, Nana consegue cativar e enfeitiçar o casto e probo conde, tornando-o seu amante e obrigando-o não só a dissipar toda a sua enorme fortuna com os seus caprichos, como, acima de tudo, a perder toda a sua dignidade de homem, através de humilhações e vexames que parecem não ter fim. Muffat acaba sem dinheiro, sem honra e amor-próprio, com o casamento destruído, com a fé perdida e despedido da sua posição na corte, tudo por nunca se conseguir libertar do jugo a que Nana o submete através da satisfação sexual (Muffat, apesar de casado, era um homem casto, o que ajuda a explicar a sua dependência de Nana).
Vale a pena recorrer mais uma vez às palavras do romance para ilustrar esta ideia: «(...) a carne soberba como uma planta que brota do esterco, ela vingava agora os miseráveis e os deserdados de onde provinha. Com ela, a podridão que deixavam fermentar no povo vinha à tona e apodrecia a aristocracia».
Este excerto permite fazer ainda uma ligação ao romance A Taberna. Se uma das ideias mestras desse romance foi mostrar como a degradação humana, maxime através do alcoolismo, constitui uma consequência quase necessária das miseráveis condições em que o povo era mantido em arrabaldes como o da Goutte d’Or, neste romance Zola mostra que tal situação não é completamente inócua para a aristocracia, que acaba por ser vítima, nalgumas dimensões, dessa mesma miséria. A este propósito, veja-se como Nana acaba por conseguir impor o casamento do seu antigo chulo com a filha do conde Muffat, o que se traduz em mais uma forma dessa vingança social a que me referi anteriormente, minando a aristocracia através de uma espécie de miscigenação social.
Para além deste quadro geral, interessa também focar mais atentamente a personagem de Nana. Ciente dos seus atributos físicos e da sua sexualidade efervescente, que conquista todos os homens, Nana não é uma rapariga ingénua. Ela tem plena consciência do poderia que exerce sobre os seus amantes, não tendo quaisquer escrúpulos em os arruinar e em os humilhar; aliás, a certo momento do romance, Nana procura mesmo esse resultado pelo simples prazer e, talvez, por uma espécie de sentimento de vingança (não assumido e, porventura, não consciencializado) face às suas origens.
Todavia, Nana também tem os seus pontos fracos. E esses ficam perfeitamente visíveis no seu relacionamento com Fontan, um actor das Variedades, um verdadeiro canalha. Nana interessa-se por ele, embora logo se aperceba do seu mau carácter; contudo, acaba por ter um relacionamento que rapidamente redunda em violência e maus tratos. A violência física de Fontan modificou e estilhaçou completamente o orgulho de Nana (acabada de obter sucesso retumbante das Variedades e de se tornar uma das cortesãs mais concorridas de Paris, frequentada até pelo Príncipe de Gales), tornando-a submissa, aceitando passivamente a violência física e a dependência emocional em que caiu.
Um aspecto importante a salientar (e que já apareceu em outros romances da série) é o momento que marca o início desta decadência de Nana: uma bofetada dada por Fontan. A partir desse momento, a auto-estima de Nana ficou comprometida, dando lugar, aos poucos, à já referida aceitação passiva da violência física, como se fosse algo de normal, a que a mulher se deveria sujeitar como integrando a sua própria condição.
Poderá dizer-se que o romance encerra uma componente moral bastante acentuada, na medida em que as consequências dos actos censuráveis de cada personagem rapidamente lhes advêm de forma clara, como uma espécie de retribuição.
Em termos literários, o romance situa-se na linha dos anteriores, com personagens bem esculpidos, um bom ritmo narrativo, que não é afectado pelas luxuriantes descrições “naturalistas”.
A acção regressa a Paris, onde reencontramos a filha mais nova de Gervásia (A Taberna), Ana Coupeau, conhecida como Nana.
Estamos em 1867, por ocasião da inauguração da Exposição Universal de Paris. Depois de ter fugido da casa materna, vamos agora encontrar Nana tornada cortesã, a começar a sua carreira no teatro de revista.
O romance gira em torno da vida mundana de Nana, sua ascensão, sucessos e fim.
Desde praticamente o início do romance que Zola nos desvela o sistema de prostituição que serve as classes altas de Paris. Ao contrário do que sucede na actualidade, em que a prostituição se encontra fora do círculo social, é fundamentalmente uma actividade praticada individualmente, no que ao cliente concerne, na Paris do II Império, a prostituição está inserida na própria sociedade. As cortesãs endinheiradas e estabelecidas têm a porta aberta e recebem em casa, não só cavalheiros, como mesmo as suas mulheres. Isto não obstante todos saberem quais são as suas ocupações e, mais do que isso, fonte de rendimento.
O romance mostra-nos que a liberalidade sexual aí retratada não se encontra tão distante assim da actualidade, na medida em que a própria “volatilidade” das relações (não formais, ou seja, excepto o casamento) é bastante acentuada.
A este estado de coisas não é alheia, certamente, a natureza do casamento enquanto mero consórcio, determinado não por laços de afecto entre os nubentes, mas sim por conveniência, seja ela económica, social ou de manutenção do status quo. Daí que, na ausência de laços de amor entre os cônjuges, o recurso a amantes ou a prostitutas seja uma prática comum e tolerada, desde que não escandalosa.
O romance encerra uma violenta crítica da sociedade, cuja mensagem pode ser definida pelo seguinte excerto: «Uma sociedade onde ombreavam os grandes nomes e as grandes infâmias, num mesmo apetite de gozos» - p. 309. Ou seja, a ideia fundamental do romance acaba por ser a de que existe um nivelamento social no que toca aos costumes e à licenciosidade, pois que a animalidade humana prevalece sobre o constructo social.
Por outro lado, Zola transforma Nana numa espécie de Prometeu social, pois que ela é a filha de uma engomadeira bêbeda da Goutte d’Or (Gervásia Macquart – A Taberna) que rouba à nata da sociedade (representada aqui, no seu expoente máximo, pelo conde Muffat de Beauville, camareiro do imperador) toda a sua dignidade e fazenda. Com efeito, Nana consegue cativar e enfeitiçar o casto e probo conde, tornando-o seu amante e obrigando-o não só a dissipar toda a sua enorme fortuna com os seus caprichos, como, acima de tudo, a perder toda a sua dignidade de homem, através de humilhações e vexames que parecem não ter fim. Muffat acaba sem dinheiro, sem honra e amor-próprio, com o casamento destruído, com a fé perdida e despedido da sua posição na corte, tudo por nunca se conseguir libertar do jugo a que Nana o submete através da satisfação sexual (Muffat, apesar de casado, era um homem casto, o que ajuda a explicar a sua dependência de Nana).
Vale a pena recorrer mais uma vez às palavras do romance para ilustrar esta ideia: «(...) a carne soberba como uma planta que brota do esterco, ela vingava agora os miseráveis e os deserdados de onde provinha. Com ela, a podridão que deixavam fermentar no povo vinha à tona e apodrecia a aristocracia».
Este excerto permite fazer ainda uma ligação ao romance A Taberna. Se uma das ideias mestras desse romance foi mostrar como a degradação humana, maxime através do alcoolismo, constitui uma consequência quase necessária das miseráveis condições em que o povo era mantido em arrabaldes como o da Goutte d’Or, neste romance Zola mostra que tal situação não é completamente inócua para a aristocracia, que acaba por ser vítima, nalgumas dimensões, dessa mesma miséria. A este propósito, veja-se como Nana acaba por conseguir impor o casamento do seu antigo chulo com a filha do conde Muffat, o que se traduz em mais uma forma dessa vingança social a que me referi anteriormente, minando a aristocracia através de uma espécie de miscigenação social.
Para além deste quadro geral, interessa também focar mais atentamente a personagem de Nana. Ciente dos seus atributos físicos e da sua sexualidade efervescente, que conquista todos os homens, Nana não é uma rapariga ingénua. Ela tem plena consciência do poderia que exerce sobre os seus amantes, não tendo quaisquer escrúpulos em os arruinar e em os humilhar; aliás, a certo momento do romance, Nana procura mesmo esse resultado pelo simples prazer e, talvez, por uma espécie de sentimento de vingança (não assumido e, porventura, não consciencializado) face às suas origens.
Todavia, Nana também tem os seus pontos fracos. E esses ficam perfeitamente visíveis no seu relacionamento com Fontan, um actor das Variedades, um verdadeiro canalha. Nana interessa-se por ele, embora logo se aperceba do seu mau carácter; contudo, acaba por ter um relacionamento que rapidamente redunda em violência e maus tratos. A violência física de Fontan modificou e estilhaçou completamente o orgulho de Nana (acabada de obter sucesso retumbante das Variedades e de se tornar uma das cortesãs mais concorridas de Paris, frequentada até pelo Príncipe de Gales), tornando-a submissa, aceitando passivamente a violência física e a dependência emocional em que caiu.
Um aspecto importante a salientar (e que já apareceu em outros romances da série) é o momento que marca o início desta decadência de Nana: uma bofetada dada por Fontan. A partir desse momento, a auto-estima de Nana ficou comprometida, dando lugar, aos poucos, à já referida aceitação passiva da violência física, como se fosse algo de normal, a que a mulher se deveria sujeitar como integrando a sua própria condição.
Poderá dizer-se que o romance encerra uma componente moral bastante acentuada, na medida em que as consequências dos actos censuráveis de cada personagem rapidamente lhes advêm de forma clara, como uma espécie de retribuição.
Em termos literários, o romance situa-se na linha dos anteriores, com personagens bem esculpidos, um bom ritmo narrativo, que não é afectado pelas luxuriantes descrições “naturalistas”.
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Plot or Character Driven:
Character
Strong character development:
No
Loveable characters:
No
Diverse cast of characters:
Yes
Flaws of characters a main focus:
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challenging
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