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Adoro a sensação de terminar um livro e ter necessidade de toque, de precisar abraçar alguém, num ato de conforto e de realização de que já não estou a viver na história, mas sim no mundo real. Valentina Silva Ferreira faz-nos sentir vertigens, mas incentiva-nos a voar contra esse medo. Num livro que é pura poesia do início ao fim acompanhamos uma amizade entre duas mulheres, Clara e Anita, e de como toda a relação foi sendo construída muito na base da dor, do desespero e da necessidade de liberdade. Adorei a metáfora dos pássaros e do crescimento que vamos acompanhando, desde a incubação ("Os pássaros começam a sua vida dentro de um ovo."), passando pelo ninho e terminando nos pássaros que têm vertigens. Gostei da honestidade relativamente à maternidade e de como contraria a ideia de que se gosta sempre dos filhos: Anita não amava Oti, mas, enquanto mãe, prestou-lhe sempre apoio incondicional, ajudou-a a crescer e procurou não lhe faltar com nada, excepto o amor - que não se finge. Oti, enquanto filha, admite que foi uma mãe difícil de amar, mas garante-lhe o cuidado e acompanhamento constante no final da sua vida. Quando Oti procura respostas sobre a sua mãe, é na sua madrinha, Clara, que as encontra. As palavras fluem de uma forma tão natural e com tamanha beleza que dei por mim a reler passagens e a emocionar-me com frequência.
emotional
reflective
sad
slow-paced
Plot or Character Driven:
Character
Strong character development:
Yes
Loveable characters:
Complicated
Flaws of characters a main focus:
Yes
Graphic: Domestic abuse, Sexual violence
Este livro é pura arte.
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Podia começar e terminar este comentário apenas com essas cinco palavras porque efetivamente bastava para mostrar o quão bom este livro é.
Ana Clara e Anita são duas almas perdidas e solitárias que se encontram de forma inesperada e que se salvam através da amizade e do amor uma pela outra.
Intercalado entre capítulos do presente e do passado, vamos conhecendo a vida destas duas mulheres desde os anos 70 até 2044.
A escrita é melancólica e melódica, e deixou-me agarrada da primeira à última página.
É um livro que aborda as " coisas " da nossa cabeça, cheio de sofrimento e dor, mas também resiliência, coragem e superação.
Precisamos de mais obras assim.
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Podia começar e terminar este comentário apenas com essas cinco palavras porque efetivamente bastava para mostrar o quão bom este livro é.
Ana Clara e Anita são duas almas perdidas e solitárias que se encontram de forma inesperada e que se salvam através da amizade e do amor uma pela outra.
Intercalado entre capítulos do presente e do passado, vamos conhecendo a vida destas duas mulheres desde os anos 70 até 2044.
A escrita é melancólica e melódica, e deixou-me agarrada da primeira à última página.
É um livro que aborda as " coisas " da nossa cabeça, cheio de sofrimento e dor, mas também resiliência, coragem e superação.
Precisamos de mais obras assim.
emotional
inspiring
reflective
medium-paced
Plot or Character Driven:
Character
Strong character development:
Yes
Loveable characters:
Complicated
Diverse cast of characters:
No
Flaws of characters a main focus:
Yes
Que livro magnífico! Este livro conquistou-me desde o início, a escrita da Valentina é tão marcante, melancólica, e transmite tantas emoções que só por isso me senti fascinada.
Mas mais que isso fiquei rendida à construção das personagens centrais deste livro, Ana Clara e Anita, duas almas perdidas e isoladas que se encontram de forma inesperada e cuja amizade as salva da solidão.
É um livro que nos fala de amor, amizade, resiliência, superação, de não nos contentarmos com pouco e não nos deixarmos ficar onde nos magoam, e é também um livro que nos fala sobre saúde mental, de forma crua e real, que nos mostra a ignorância com que a mesma era encarada há tantos anos atrás, mas que perdura ainda nos dias de hoje.
Mas como nem tudo são rosas e este livro também é dor e sofrimento, lágrimas e capacidade de lutarmos por nós mesmos, por muito que custe.
Leiam
Mas mais que isso fiquei rendida à construção das personagens centrais deste livro, Ana Clara e Anita, duas almas perdidas e isoladas que se encontram de forma inesperada e cuja amizade as salva da solidão.
É um livro que nos fala de amor, amizade, resiliência, superação, de não nos contentarmos com pouco e não nos deixarmos ficar onde nos magoam, e é também um livro que nos fala sobre saúde mental, de forma crua e real, que nos mostra a ignorância com que a mesma era encarada há tantos anos atrás, mas que perdura ainda nos dias de hoje.
Mas como nem tudo são rosas e este livro também é dor e sofrimento, lágrimas e capacidade de lutarmos por nós mesmos, por muito que custe.
Leiam
reflective
sad
medium-paced
Plot or Character Driven:
Character
Strong character development:
Yes
Loveable characters:
No
Diverse cast of characters:
No
Flaws of characters a main focus:
Yes
Um livro que marca e uma estória que quase se vive na pele. Foi o primeiro livro da Valentina que li e peguei nele em primeiro lugar pela capa lindíssima que me deixou intrigada e por ser passado na Madeira, mais precisamente no Caniço à qual me sinto de certa forma ligada. Rever na memória os sítios na Madeira por onde as personagens circulavam assim como os regionalismos para mim tão queridos foi como uma viagem no tempo e no espaço para mim. A escrita de Valentina é riquíssima com descrições que nos fazem viver as próprias cenas. Uma história de amizade, amor incondicional, irmandade entre mulheres, coragem, almas gémeas não românticas, carinho, perdão, traição, não esquecendo o retrato de como era vista a saúde mental nos anos 70 em meio pequeno em Portugal. Definitivamente contente com a serendipidade que foi encontrar este livro e recomendo a sua leitura a todos!
challenging
dark
emotional
hopeful
inspiring
reflective
sad
medium-paced
Plot or Character Driven:
Character
Strong character development:
Yes
Loveable characters:
Yes
Diverse cast of characters:
N/A
Flaws of characters a main focus:
Yes
Não sabia bem o que esperar do livro e a surpresa foi muito boa :)
Uma escrita muito particular, bonita, poética, melancólica.
Uma história que prende desde o início, que nos desvenda silêncios, em nada monótona, com voos picados, vertiginosos por vezes, que se vai desenrolando calmamente. Para que seja digerida. Para que possamos, aos poucos, ir saboreando os diversos paladares que os acontecimentos nos trazem. Numa degustação que vai da violência doméstica à amizade, do amor à rejeição. Que passa pela morte e pelo luto. Que não nos pode ser indiferente.
Foi uma viagem de sensações.
Não sei se os pássaros têm vertigens, mas eu senti-as.
4⭐️
Uma escrita muito particular, bonita, poética, melancólica.
Uma história que prende desde o início, que nos desvenda silêncios, em nada monótona, com voos picados, vertiginosos por vezes, que se vai desenrolando calmamente. Para que seja digerida. Para que possamos, aos poucos, ir saboreando os diversos paladares que os acontecimentos nos trazem. Numa degustação que vai da violência doméstica à amizade, do amor à rejeição. Que passa pela morte e pelo luto. Que não nos pode ser indiferente.
Foi uma viagem de sensações.
Não sei se os pássaros têm vertigens, mas eu senti-as.
4⭐️