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cintiandrade's review against another edition
3.0
a maior parte do texto é muito trabalhada e floreada para o meu gosto, já que costumo preferir textos mais secos. o diálogo entre andré e seu pai, entretanto - onde saímos um pouco da subjetividade onde se passa a maior parte do livro - é maravilhoso e redimiu o texto em suas últimas páginas.
amandaalexandre's review against another edition
4.0
Me senti ambivalente em relação a esta obra. Por vezes, parecia tediosa e a linguagem muito afetada, muito exibida. Por outras, parecia que a veia poética vinha muito bem desenhada, e nunca termos semanticamente tão distantes do sentido real pareceram tão adequados, tão exatos para o que o autor queria exprimir.
Sendo eu uma admiradora de escritores frios e objetivos, tive que exercitar minha tolerância ao lê-lo. E tive minha recompensa: a leitura fluiu rápida, apesar de não ser fácil, de exigir a mesma concentração (ou será escapismo?) com que se lê poesia; e de vez em quando vinham AQUELES TRECHOS, aquelas passagens lidas e relidas vezes seguidas, sabororsas, fantásticas, avassaladoras.
Ou seja: vale a pena mesmo para os amantes de uma leitura mais fria, mais analítica.
Sendo eu uma admiradora de escritores frios e objetivos, tive que exercitar minha tolerância ao lê-lo. E tive minha recompensa: a leitura fluiu rápida, apesar de não ser fácil, de exigir a mesma concentração (ou será escapismo?) com que se lê poesia; e de vez em quando vinham AQUELES TRECHOS, aquelas passagens lidas e relidas vezes seguidas, sabororsas, fantásticas, avassaladoras.
Ou seja: vale a pena mesmo para os amantes de uma leitura mais fria, mais analítica.
classicapricot's review
3.0
I do not really know what happened but I enjoyed it nonetheless and enjoyed the writing style.
There was a brief moment in the book where I got what was going on and really enjoyed it.
There was a brief moment in the book where I got what was going on and really enjoyed it.
marcelastvs's review against another edition
slow-paced
- Strong character development? No
- Loveable characters? No
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? Yes
1.0
stephmostav's review against another edition
5.0
Eu já conhecia o Nassar em 'Um copo de cólera', mas é aqui que encontrei o auge da (infelizmente curta) carreira literária dele. De cara, o que mais impressiona é a linguagem, a força poética das imagens de que André se utiliza pra narrar sua história de filho pródigo. Não só isso, como ele sabe adaptar a própria linguagem dentro dos contextos diversos do livro: no quarto de pensão, quando o irmão mais velho foi buscá-lo, o texto é uma enxurrada, um parágrafo único e extenso de delírio e discurso para fundamentar sua fuga da fazenda. De volta à casa, o texto passa a ser mais "comportado", tradicional. Na discussão com o pai (o melhor capítulo do livro), temos apenas as falas de cada um. Mas não só de linguagem se faz o romance de Nassar e são os conflitos internos de André o que mais me interessaram no livro. É ele o filho a questionar a lógica patriarcal da fazenda, a não aceitar viver segundo as leis do pai naquele espaço restrito no qual era impossível ser livre, e acredito que foi de sua revolta que nasceu o amor incestuoso que ele nutre por Ana. E ele parece agarrar-se a essa revolta para se posicionar, para definir a si mesmo para além do que o pai quer que todos eles sejam. Com isso, forma e conteúdo servem a um mesmo propósito, já que seu rompimento com as tradições da linguagem simples que era utilizada na fazenda são criticados pelo próprio pai. Enfim, Lavoura arcaica é um livro riquíssimo em leituras e não se esgota em uma só interpretação.
stephmostav's review
5.0
Eu já conhecia o Nassar em 'Um copo de cólera', mas é aqui que encontrei o auge da (infelizmente curta) carreira literária dele. De cara, o que mais impressiona é a linguagem, a força poética das imagens de que André se utiliza pra narrar sua história de filho pródigo. Não só isso, como ele sabe adaptar a própria linguagem dentro dos contextos diversos do livro: no quarto de pensão, quando o irmão mais velho foi buscá-lo, o texto é uma enxurrada, um parágrafo único e extenso de delírio e discurso para fundamentar sua fuga da fazenda. De volta à casa, o texto passa a ser mais "comportado", tradicional. Na discussão com o pai (o melhor capítulo do livro), temos apenas as falas de cada um. Mas não só de linguagem se faz o romance de Nassar e são os conflitos internos de André o que mais me interessaram no livro. É ele o filho a questionar a lógica patriarcal da fazenda, a não aceitar viver segundo as leis do pai naquele espaço restrito no qual era impossível ser livre, e acredito que foi de sua revolta que nasceu o amor incestuoso que ele nutre por Ana. E ele parece agarrar-se a essa revolta para se posicionar, para definir a si mesmo para além do que o pai quer que todos eles sejam. Com isso, forma e conteúdo servem a um mesmo propósito, já que seu rompimento com as tradições da linguagem simples que era utilizada na fazenda são criticados pelo próprio pai. Enfim, Lavoura arcaica é um livro riquíssimo em leituras e não se esgota em uma só interpretação.
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