Reviews

The Aleph by Jorge Luis Borges

katya_m's review against another edition

Go to review page

"O dinheiro é abstrato, repeti, o dinheiro é tempo futuro. Pode ser uma tarde fora de portas, pode ser música de Brahms, podem ser mapas, pode ser xadrez, pode ser café, podem ser as palavras de Epicteto, que ensinam o desprezo do ouro; é um Proteu mais versátil que o da ilha de Faros. É tempo imprevisível, tempo de Bergson, não o duro tempo do islão ou do Pórtico. Os deterministas negam que haja no mundo um só facto possível, id est um facto que pode ter acontecido; uma moeda simboliza o nosso livre-arbítrio."
109
(Uma das típicas e saborosas observações de Borges, com a qual, já agora, não podia concordar menos)



E agora aí vai a reflexão desagradável:

Borges é de um esoterismo exagerado e esforçado. Para sair dos cânones exerce de uma verve pouco legível e que pouco acrescenta ao que tem a dizer. Aposta forte no fantástico e enreda-se em apontamentos históricos e curiosidades que podemos ir roubar a qualquer enciclopédia (não duvido que ele não precisasse da dita, claro) e o resultado acaba por ser cansativo mais do que interessante.

Mas, que ninguém duvide pelas minhas palavras de que Borges é muito versado em literatura, filosofia, metafísica, teologia etc etc já que ele tem o horrível hábito de jogar a panóplia do seu vasto conhecimento à cara dos leitores. E normalmente, das duas uma: esses leitores ou dizem que nada perceberam dos seus livros e mentem, ou dizem que perceberam tudo dos seus livros e mentem ainda mais. Aposto que quem lê o autor fica ali entre os 40/60% de entendimento da coisa - felizmente não sou dada a jogos de azar. Para mim, as referências históricas, literárias ou artísticas são acessíveis, a cabalística, teologia e companheiros ficam num mundo paralelo.


"Qualquer destino, por mais longo e complicado que seja, na realidade consta de um só momento: o momento em que o homem fica a saber para sempre quem é."
57


Posto isto, há formas e formas de plasmar conhecimento, o senhor não precisava de elaborar tratados críticos em forma de contos porque saem tão herméticos, crípticos e enigmáticos que se perde um bocadinho o espanto e a vontade de continuar (não digo nenhuma asneira já que o próprio Borges comenta muitas vezes estar a compor um livro com "uma ou duas perífrases enigmáticas" que nada dizem). As múltiplas referências a obras existentes e inexistentes (e as notas de rodapé à laia de trabalho académico) cansam a leitura e tornam alguns contos numa espécie de ensaio científico - e desses já tenho a minha quota parte! Dispenso lê-los também nos tempos livres.
Curiosamente, quando mantém a coisa simples, consegue ser magistral. E nessas alturas estamos perante aquilo que virá a ser o realismo mágico como o iremos conhecer por Márquez ou por Carpentier.
Mas Borges não está interessado em facilitar as coisas e pouco lhe dá ser legível ou não, falar com um público de um cento ou de um.

Para relaxar um bocadinho, ou não, aí vão - a medo - as únicas estrelinhas que ainda dou (e só a contos):

O imortal
⭐⭐
O morto
⭐⭐⭐
Os teólogos
⭐⭐
História do guerreiro e da cativa
⭐⭐
Biografia de Tadeu Isidoro Cruz
⭐⭐⭐⭐
Emma Zunz
⭐⭐⭐⭐⭐
A casa de Astério
⭐⭐⭐⭐
A outra morte
⭐⭐
Deutsches requiem

A busca de Averróis
⭐⭐
O Zahir
⭐⭐
A escrita do deus
⭐⭐⭐⭐⭐
Abenjacan, o Bokhari, morto no seu labirinto
⭐⭐⭐⭐⭐
Os dois reis e os dois labirintos
⭐⭐⭐⭐⭐
A espera
⭐⭐⭐
O homem no umbral
⭐⭐
O aleph
⭐⭐

Deu-me para reler Borges ao fim de cinco anos, mas a minha opinião sobre a obra não mudou grande coisa (exceção feita talvez para o conto Biblioteca de Babel, do livro Ficções que continua um preferido apesar de todo o misticismo!).
Demasiado cabalista, demasiado espiritual e superlativamente fantástico, continua a não me convencer na forma como entretece narrativa dentro de narrativa, acabando por contar um história e meia em cada conto - o senhor tanto se enreda que, aposto, chegado a meio do conto já esqueceu como tudo começou.

Por tudo isso, e porque me irritou adorar uns contos e odiar outros, e além disso porque detestei a sensação de servir de cobaia a um "grande" escritor que, no fim, pouco tem a dizer para lá dos esotéricos salamaleques, lá vai o Sr. Borges de volta para a prateleira por mais uma série de anos.

seanwane's review against another edition

Go to review page

4.0

i want what he's smoking

beripa's review against another edition

Go to review page

mysterious reflective tense fast-paced
  • Plot- or character-driven? A mix
  • Strong character development? It's complicated
  • Loveable characters? It's complicated
  • Diverse cast of characters? Yes
  • Flaws of characters a main focus? It's complicated

4.0

signorponza's review against another edition

Go to review page

2.0

Per questa recensione vale la stessa identica premessa che ho fatto quando ho recensito [b:Finzioni|3653644|Finzioni|Jorge Luis Borges|https://i.gr-assets.com/images/S/compressed.photo.goodreads.com/books/1234015379l/3653644._SY75_.jpg|1007116]. Pur riconoscendo ovviamente la statura di Borges, il valore della sua scrittura e dei racconti contenuti in questa raccolta, trovo questo tipo di narrativa molto lontano dal mio gusto, dalla mia sensibilità e anche dal mio bagaglio culturale. Storie metafisiche, paradossi, labirinti (Borges ne è ossessionato) sono gli elementi che accomunano le pagine de L'Aleph, che tuttavia lasciano il sottoscritto abbastanza tiepido, a volte spaesato e molto spesso con la sensazione di essere un grandissimo ignorante.

Questa e altre mirabolanti recensioni nella mia newsletter mensile sui libri: https://bit.ly/ponzabook

dellaposta's review against another edition

Go to review page

5.0

A masterful collection of short stories. Borges’ conveys a great deal in dense, brief stories that reward careful reading and re-reading.

lonodopo's review against another edition

Go to review page

adventurous dark mysterious reflective

4.25

cleothebengal's review against another edition

Go to review page

4.0

Some of these stories were solid 10/10 and others were more in the range of 3-4/10. I think a lot of the time you’re left wondering what’s going on because of Borges’ writing but it’s worth doing some research to find out. Kind of a mix between Gabriel García Márquez and HG Wells

thatone2112's review against another edition

Go to review page

medium-paced

4.5

tom_muzi's review against another edition

Go to review page

challenging inspiring mysterious reflective slow-paced
  • Plot- or character-driven? A mix
  • Strong character development? It's complicated
  • Loveable characters? It's complicated
  • Diverse cast of characters? Yes
  • Flaws of characters a main focus? No

4.25

trisjdavila's review against another edition

Go to review page

challenging reflective slow-paced

4.5

un poco difícil, pero me hace feliz saber porque mi mamá me dio el nombre beatriz. cuentos muy bellos, cada uno tiene un fin excelente.