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adventurous informative reflective medium-paced
Plot or Character Driven: A mix
Strong character development: Complicated
Loveable characters: Complicated
Diverse cast of characters: No
Flaws of characters a main focus: Yes

She’s only gone and done it again

im speechless - wow

4.5
dark emotional inspiring reflective medium-paced
Plot or Character Driven: Character
Strong character development: Yes
Loveable characters: Complicated
Diverse cast of characters: No
Flaws of characters a main focus: Yes

My favorite of the series so far. Beautiful reflections on adulthood, motherhood, and sexuality. Crazy plot lines and friendship drama.

Toujours aussi incroyable tbh
J'ai adoré arriver à leur vie d'adulte, aux histoires plus sérieuses d'opportunités, de mariage et de maternité, d'amour et de regrets, de politique et de violence.
La relation d'Elena et Lila est si intense et complexe, elle est une source inépuisable d'émotions pour le lecteur, c'est compliqué de reposer le livre à la fin d'un chapitre.
J'ai hâte de lire le dernier tome, tout en étant triste de terminer cette merveilleuse saga (que je recommande à tous d'ailleurs).

okayy the series is kinda losing its charm but I have faith in the last book. still immersive, still beautiful writing, still relatable. however got so messy, nino annoys me, lenu is making me conflicted now, and not as interesting because of the huge political and marriage focus..maybe it’s because the characters are now way older than me? let’s hope I love the last book because it’s still worth it

Elena Ferrante é uma mulher. Tem de ser uma mulher. É uma escritora genial e, se não for uma mulher, o seu génio é ainda mais impressionante, pois Elena Ferrante escreve através da perspectiva de uma mulher, do seu íntimo, através dos seus olhos, com uma destreza e autenticidade incríveis. Escreve do ponto de vista de uma mulher, histórias de mulheres, para mulheres. Mas é uma escritora para todos, com uma escrita passível de ser apreciada independentemente do nosso género.

Escrevo sobre a tetralogia como um todo pois não consigo encarar cada livro só por si, mas sim como grandes capítulos/fases da mesma história. Seria quanto a mim muito difícil e redutor fazer um juízo adequado da história lendo apenas um ou alguns dos livros. A tetralogia está perfeitamente encadeada e há imensos pormenores que fazem sentido mais à frente e isso enriquece imenso a experiência de leitura.

As personagens são tão tão reais e humanas e, pessoalmente, tendo nascido, crescido e vivido na zona centro do Porto (Miragaia, Ribeira, Vitória, Cordoaria) e vivendo actualmente no bairro da Pasteleira, nenhuma linha escrita por Ferrante sobre Nápoles - apesar do desfasamento temporal e contexto social e histórico - me chocou ou me pareceu exagerada.

Reconheci todas aquelas pessoas, os cenários, as diferentes camadas, a crueza, a brutalidade, a violência, e também a incrível humanidade, a camaradagem, a lealdade, a tristeza, a melancolia e a inércia face à espuma dos dias e à inevitabilidade do condicionamento do nosso nascimento e contexto socio-económico e ao mesmo tempo a alegria de viver e a vontade de romper as amarras, lutar por uma vida melhor, digna, ser-se visto e apreciado, viver e não apenas sobreviver.

Elena Ferrante expõe todas as camadas da humanidade, mostra como uma única pessoa pode ter tanto dentro de si e as suas diferentes facetas podem ser e são tantas vezes contraditórias. Não há uma única personagem que seja linear, todas são dinâmicas, reais, despertam no leitor (na minha experiência de leitura) ódio, repulsa, medo, admiração, empatia, compaixão e tantas outras emoções, por vezes em meia dúzia de páginas.

A própria narradora causa-nos tantos sentimentos contraditórios e toda a história é a partir da sua perspectiva, pelo que em teoria poderíamos estar sempre do lado dela, mas Ferrante conseguiu criar uma narradora que nos mostra claramente (ainda que não intencionalmente) as suas qualidades e defeitos apenas pela forma como narra os acontecimentos. E por vezes é extremamente frustrante enquanto personagem e queremos que seja mais assertiva, independente, confiante, que goste mais de si própria. Mas depois surpreende-nos e voltamos a querer dar-lhe um abraço e dizer que vai correr tudo bem e que a vida é um mistério para todos, ninguém sabe exactamente o que anda a fazer.

O passo inicial da história é lento, o que pode dissuadir algumas pessoas (apesar de eu pessoalmente gostar), mas aconselho a que procurem avançar no livro e na história, porque vale mesmo a pena.

Elena Ferrante, seja ela quem for, criou uma obra extraordinária, que vai ao mais fundo do ser humano, ao lado avesso, e o expõe, mostra-nos as costuras, levanta-nos um espelho e obriga-nos a pensar na pessoa que somos no nosso dia-a-dia, quando confrontados com pensamentos, palavras ou atitudes das personagens que nos causam uma reacção visceral (positiva ou negativa) e que também nós já pensámos, dissemos ou fizemos.

A Lena é genial, a Lila é genial, a tetralogia é genial e Elena Ferrante é genial.

Christ alive Elena

Leí los dos primeros volúmenes de esta tetralogía el verano del año pasado, durante las vacaciones; ahora, el tercero también lo he leído junto al mar y creo que no hay mejor entorno para volver a Nápoles, a Lenú y Lila, a la vida que hierve en todos los personajes de la Ferrante.