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notizhefte's review against another edition
reflective
medium-paced
4.75
This is a book with many prerequisites, aimed at experienced readers.
pjv1013's review
5.0
COMENTÃRIO
⭐⭐⭐⭐⭐
Três Anéis – Uma historia de Exílio, Narrativa e Destino”
Daniel Mendelsohn
Tradução de Frederico Pedreira
Nos tempos que vivemos os livros são cada vez mais o cruzar de tipologia e de modos de escrita. Daniel Mendelsohn é perito em que apresentar obras que teremos dificuldade em classificar e arrumar. Depois do "Uma Odisseia. Um pai, um filho e uma epopeia" este novo volume “Três Anéis – Uma historia de Exílio, Narrativa e Destino” constitui-se como mais um desses híbridos. É verdade que é um ensaio sobre literatura e cultura, mas é também um livro de memórias com laivos de crítica e análise histórica.
Assim o livro corresponde, de partida, a um conjunto de conferências que o autor realizou na Universidade da Virgínia (EUA), e quwtem como elemento central a sua vivência e experiência em estudos clássicos. Por isso mesmo Homero, e em especial a Odisseia, estejam sempre presentes ao longo do texto.
Mas se o livro problematiza nas suas três partes a construção e análise de narrativas ficcionais, esse processo é centrado na história de vida e obra de três personalidades da cultura europeia:
- Erich Auerbach, académico judeu alemão que exilado em Istambul no final dos anos 30 e 40 escreve uma das mais destacada obras dos estudos literários do século XX, "Mimesis: The Representation of Reality in Western Literature".
- François Fénelon , escritor francês do seculo XVIII e autor de "Les Aventures de Télémaque" (1699) obra destacada da literatura francesa que prolonga tematicamente a Odisseia criando novos territórios narrativos e ficcionais. Nesta parte Mendelsohn encaminha-nos para Marcel Proust e para o monumental "Em busca do tempo perdido" a que dedica um conjunto muito interessante de páginas de análise.
- Por fim, na terceira parte é destacado W. G. Sebald, intelectual auto-exilado e autor de um conjunto de obra híbridas em que ficção e realidade se contaminam e enriquecem na persecução de livros que me parecem maravilhosos.
Nestas páginas Mendelsohn escreve sobre livros, sobre autores e sobre a cultura ocidental de onde parte.Mas nos dá pistas de leitura da contemporaneidade como um tempo de exilio e de reconstrução de narrativas diversas.
Um nota pessoal. Que leitura tão boa. E que boas ideias esta leitura provocou...
⭐⭐⭐⭐⭐
Três Anéis – Uma historia de Exílio, Narrativa e Destino”
Daniel Mendelsohn
Tradução de Frederico Pedreira
Nos tempos que vivemos os livros são cada vez mais o cruzar de tipologia e de modos de escrita. Daniel Mendelsohn é perito em que apresentar obras que teremos dificuldade em classificar e arrumar. Depois do "Uma Odisseia. Um pai, um filho e uma epopeia" este novo volume “Três Anéis – Uma historia de Exílio, Narrativa e Destino” constitui-se como mais um desses híbridos. É verdade que é um ensaio sobre literatura e cultura, mas é também um livro de memórias com laivos de crítica e análise histórica.
Assim o livro corresponde, de partida, a um conjunto de conferências que o autor realizou na Universidade da Virgínia (EUA), e quwtem como elemento central a sua vivência e experiência em estudos clássicos. Por isso mesmo Homero, e em especial a Odisseia, estejam sempre presentes ao longo do texto.
Mas se o livro problematiza nas suas três partes a construção e análise de narrativas ficcionais, esse processo é centrado na história de vida e obra de três personalidades da cultura europeia:
- Erich Auerbach, académico judeu alemão que exilado em Istambul no final dos anos 30 e 40 escreve uma das mais destacada obras dos estudos literários do século XX, "Mimesis: The Representation of Reality in Western Literature".
- François Fénelon , escritor francês do seculo XVIII e autor de "Les Aventures de Télémaque" (1699) obra destacada da literatura francesa que prolonga tematicamente a Odisseia criando novos territórios narrativos e ficcionais. Nesta parte Mendelsohn encaminha-nos para Marcel Proust e para o monumental "Em busca do tempo perdido" a que dedica um conjunto muito interessante de páginas de análise.
- Por fim, na terceira parte é destacado W. G. Sebald, intelectual auto-exilado e autor de um conjunto de obra híbridas em que ficção e realidade se contaminam e enriquecem na persecução de livros que me parecem maravilhosos.
Nestas páginas Mendelsohn escreve sobre livros, sobre autores e sobre a cultura ocidental de onde parte.Mas nos dá pistas de leitura da contemporaneidade como um tempo de exilio e de reconstrução de narrativas diversas.
Um nota pessoal. Que leitura tão boa. E que boas ideias esta leitura provocou...
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