Reviews

Wild Cards I by George R.R. Martin

redlotus_andjoy's review

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adventurous

3.0

DNF’d at 51%. Boy adventure. Not my schtick.

rolandosmedeiros's review against another edition

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4.0

Wild Cards (que será adaptado para a TV pela Universal) é uma série de dezenas de livros que recontam a história da humanidade a partir do fim da Segunda Guerra Mundial, quando uma nave cai nos Estados Unidos e traz consigo um vírus alienígena.

Esses livros, editados por ninguém mais ninguém menos que George R. R. Martin, são estruturados de forma similar a uma coletânea de contos: cada capítulo é escrito por um autor diferente e narra sua própria história, servindo como plataforma de lançamento para autores promissores, mas ainda aberto aos já consagrados. Os capítulos são organizados cronologicamente, abarcando um grande lapso temporal, e, assim, constroem um estilo chamado de romance mosaico, onde a narrativa é construída sob perspectivas completamente diferentes, mas que, quando reunidas, montam uma história principal.

É uma ideia fascinante, mas que tem seus pontos negativos. O principal deles sendo a disparidade entre alguns contos e a gigantesca variação de tom. Alguns autores trabalham exemplarmente com os temas apresentados, outros nem tanto.

Mas, apesar desse pequeno ponto, O Começo de Tudo é um grande inicio para toda a série, uma ótima uma representação realista dos superpoderes, e também uma reescrição da história americana, com as estórias se entrelaçando com o mundo real ou mutando-o de forma bastante orgânica e convincente.

Esse primeiro livro tende bastante para a política e para o noir. Seus capítulos quase sempre são protagonizados por anti-heróis, e transcorrem em cidades sujas dominadas pelo crime e pela corrupção, enfatizando o cinismo geral que permeia a história, provavelmente inspirado por Watchmen, que saiu no mesmo ano.

Prólogo (6/10): O livro abre com um divertido prólogo, escrito pelo Martin, imitando o estilo do Studs Terkel (radialista considerado o maior exponenciador da história oral norte-americana) apresentando um dos personagens mais importantes de toda a saga: o alienígena Tachyon. Excêntrico, sempre vestindo roupas circenses e de cores vibrantes, Tachyon viaja para Terra para impedir que um vírus criado por sua família infecte a população. Seu plano, porém, falha – devido a sua aparência humana e trejeitos estranhos poucos o levam a sério – e ele decide permanecer no planeta para ajudar aqueles que foram afetados pelo Carta Selvagem. O prólogo, faz um bom trabalho em intrigar e atrair o leitor para a história, além de definir a estrutura geral do livro, preparando para as diversas mudanças de ponto de vista ao longo da história.

Trinta Minutos sobre a Brodway (5/10): Escrito por Howard Waldrop, Trinta minutos sobre a Broadway é insosso, apesar de apresentar o importante ''herói'' pré-vírus, Jetboy, um jovem e famoso aviador que precisa sair da aposentadoria para uma última missão; e também a história de como o vírus alienígena foi liberado nos céus da cidade de Nova York em 1946 mudou toda a história mundial.

A escrita é divertidinha, mas a visão de ''herói americano'' que o autor deixa transparecer é muito teatral (apesar de provavelmente intencional). A missão de Jetboy é impedir o perturbado Dr. Tod de liberar o vírus. Escrevendo a premissa desse jeito parece tornar o conto ainda pior, mas ele não é tão ruim quanto eu faço ele aparentar ser.

O garoto é uma figura importante na narrativa, sendo mencionado diversas vezes ao longo do livro. Os pontos positivos da história além da leveza narrativa, é a maneira com que o autor fundamenta seus personagens em lugares e tempos reais (você entenderá quando ler), e também a sacada de mostrar como os Supers-Heróis substituiram os Pulps dos anos 30 e 40 nas revistas, só que aqui veremos isso acontecendo fora páginas coloridas, com os Àses (explico logo mais) substituindo os Pulps na vida real.

O Dorminhoco (7/10): É Roger Zelazny que de fato abre o horizonte e mostra o potencial que o universo de Wild Cards tem, com a história de Croyd - o Dorminhoco. Um garoto de quatorze anos afetado pelos vírus, mas de um modo excepcionalmente incomum, sua mutação faz com que ele hiberne frequentemente, e toda vez que desperta, transforma-se em algo totalmente diferente. Às vezes ele é um Às (abençoado com superpoderes), às vezes ele é um Curinga (deformado de alguma forma estranha).

O autor utiliza de maneira muito inteligente o personagem para apresentar o mundo, e os eventos imediatos pós liberação do vírus em Nova York; a visão de crianças numa escola esperando o sinal tocar no dia do Prólogo; a lei Marshall em pleno vigor; a quebra da paz pós guerra mundial; a clínica do Doutor Tachyon; e principalmente a adaptação que ocorre no país por causa da chegada do vírus.

É um conto acelerado e divertido, que aborda desde o vício, até a defesa dos direitos dos Curingas, ao mesmo tempo que mostra o Croyd enfrentando os problemas de suas transformações e ganhando a vida como um ladrão.

Ele também descreve bastante bem a aleatoriedade dos efeitos do Carta Selvagem, com muitas descrições das mutações. O autor nos mostra o caos nas ruas de maneira brutal e surpreendente, mas com uma condução leve, e pitadas de comédia, principalmente pelo fato do protagonista ser uma criança forçada a crescer. Temos também o primeiro vislumbre que Wild Cards vai na contra mão das séries de super-heróis comuns, com Croyd tornando-se um ladrão e usuário de drogas. No geral, é uma ótima história para abrir a era pós-vírus da Carta Selvagem.

Testemunha (8/10): É aqui, com Testemunha, de Walter Jon Willians, e logo em sequência, com Ritos de Dragadação, que o livro abraça todo seu potencial, misturando política com super-heróis, e realidade com ficção. Você pode até achar a mudança chata, preferir algo mais apolítico, mas não há como negar que estes dois contos são os mais importantes de todo o livro e formam uma boa base para todas as histórias seguintes.

Logo após o caos inicial da Carta Selvagem, quatro Àses são recrutados pelo governo, e acompanhamos a Ascensão e Queda desses ''hérois''. Há muitos personagens interessantes, e até pequenos arcos de desenvolvimento; como por exemplo, o arco do Garoto Dourado, um ás com poderes semelhantes ao do Superman, mas que arruina sua própria vida não pela falta de força, mas pela falta de tato e integridade como pessoa. Vemos intimamente e entendemos o motivo de Braun ter feito as coisas que fez, mas ao mesmo tempo sentimos seu arrependimento. Mais uma vez, o protagonista não é um herói, ainda que ele desesperadamente deseje ser um, uma história recheada de profundidade e humanidade.

O autor também explora todas as consequências que super-heróis negros, judeus e mulheres têm na preconceituosa América dos anos 1950, e diversas mudanças em aspecto histórico: Àses capturam todos os criminosos nazistas que tentaram fugir para outros países, evitam a construção do Muro de Berlim, salvam Ghandi de um assassinato e subjulgam o exército norte-coreano. Ainda que alguns eventos - não por falta de tentativa - permancem os mesmos: a China continua comunista; e a América do Sul continua infestada de ditadores fascistas.

Os grupos de Àses formado para melhorar mundo, prevenir guerras e resolver incidentes internacionais, logo sofre perseguição dentro do próprio País, tornam-se alvos, e incapazes de combater a corrupção dentro do próprio governo.

Rituais de Degradação (8/10): Este é um complemento muito bom para a história anterior, com uma visão muito diferente das outras apresentadas na antologia até agora, bem mais emocional, principalmente no personagem do trágico e simpático doutor Tachyon, mostrando quem ele é e o que está disposto a fazer.

Somos (re)introduzidos a três personagens, e a maneira que suas vidas e relações um com o outro são utilizadas contra eles: Dr. Tachyon, a instável Às Blythe, e David, outro Às.

A amizade entre os três, e a ligação romântica de dois deles é muito bem desenvolvida, a autora também escreve e usa muito bem o poder da Blythe, narrando com desenvoltura o funcionamento interno da mente de diversos personagens, sem medo de revelar seus aspectos positivos e negativos ou de ir fundo na irreal absorção e simbiose de mentes. Embora o foco se encaminhe para a história trágica de amor, David, O Embaixador, também não é deixado de lado, e se mostra uma parte forte da interessante história. É um conto extremamente triste, mas necessário, e um dos melhores do livro.

Interlúdio Um - Áses Vermelhos, Anos Negros: Um breve mas interessante resumo dos anos após a audiência que declarava aberta a ''caça às bruxas'' moderna contra os infectados pelo vírus. Bem detalhado, revelador e educativo, a caça aos Àses no Interlúdio faz bastante paralelos com história real dos Estados Unidos, uma mistura da chamada onda do ''Medo Vermelho'' da Era McCarthy com a Gestapo de Hitler perseguindo a comunidade judaica.

Capitão Cátodo e o Às Secreto (6/10): Ao tentar cobrir um longo período da história americana, O Começo de Tudo deixa alguns ''buracos'' no seu todo, porém, a edição mais recente do livro tenta corrigir isso com a adição de alguns contos inéditos.

Esse é o caso do Capítão Cátodo, uma história relativamente boa, que se passa na decáda de 1950 e faz um bom trabalho ao se vincular com eventos históricos daquela época. Dessa vez, acompanhamos Karl, um produtor, e vemos a influência do vírus em Hollywood. O produtor tem que esconder sua identidade como um às, ao mesmo tempo que lida com atores mimados, pressões financeiras e o assassino em série Medusa que tem como alvo coringas.

Tudo citado no interlúdio anterior ainda está em vigência na história, a vida infâme dos Coringas, a necessidade de Karl esconder sua habilidade, etc. Os personagens são bem escritos, principalmente a apresentação da senhora invisível Esteller, que é muito boa.

O conto, entretanto, por ter sido inserido depois, não tem tanta liberdade para moldar o mundo como os outros, e serve mais como uma preparação de terreno. Se você for um leitor atento, a história torna-se previsível: a narrativa o leva a suspeitar de um certo personagem o tempo todo, e no final apenas confirma isso. É boa, mas nada além disso.

Powers (7/10): Mais uma das histórias da nova edição, aqui David Levine utiliza como base o Acidente U-2 em 1960, que aconteceu na vida real, e reconta os fatos pela ótica do mundo de Wild Cards. O conto passa uma ótima visão dos anos 60 e da guerra fria, com a corrida armamentista sendo representada pelo arsenal de áses que cada país possui. O Powers do título é um ótimo duplo sentido com o nome do real piloto do U-2.

O protagonista é um analista estatístico da CIA, que se vê no meio de uma operação internacional onde suas habilidades ocultas de Às talvez possam auxiliar a situação. Frank, também conhecido como Cronômetro, é um personagem interessante, cheio de dúvidas e hesitação, mas com um dos poderes mais insanos mostrados até aqui, o de congelar/desacelerar o tempo enquanto ele ainda consegue se mover e realizar ações por até onze minutos, porém, em contrapartida acelerando o seu envelhecimento enquanto usa a habilidade.


O conto sofre bastante do mesmo problema do anterior, por ter sido adicionado depois, são poucas as consequências que ele verdadeiramente causa no mundo do livro, em resumo, o conto é bom, exemplifica bem o tema e tem um ótimo protagonista, talvez sendo o runner up dos adicionados posteriormente, mas falha em interferir de maneira sólida em qualquer um dos elementos ou temas já apresentados nos outros contos.

O Jogo da Carapaça (8/10): Neste conto, Martin não só nos dá uma ótima e divertida historieta, mas também coloca o Tachyon de volta no centro de eventos, estimulando todos os contos seguintes.

A história acompanha o Grande e Poderoso Tartaruga, um nerd tímido que sofria bullyng, fã de quadrinhos e que idealiza os super-heróis. Agora, ele consegue usar poderes telecinéticos, mas apenas quando se sente seguro dentro de sua carapaça: um Fusca quebrado, modificado e blindado. Ele é um Às diria até ingênuo, que acredita que deve fazer o bem mesmo na época que eles estão sendo desacreditados, Tom Tudbury difere bruscamente dos outros Àses descritos até aqui na antologia, e seu amigo Joey, um maluco sessentista durão, além de ser um ótimo parceiro, também é um grande amigo do protagonista.

Temos aqui também uma continuação da "vida" do Dr. Tachyon após os eventos de Rituais de Degradação, e o que aconteceu nos anos intermediários, bem como a introdução de Desmond, Angelical e um vislumbre na vida noturna no Bairro dos Coringas, retratando os diversos abusos que eles sofrem por causa de suas deformidades.

Quando a amiga de longa data do Doutor, Angelical, é sequestrada durante uma invasão em sua boate na Cidade dos Coringas, Tachyon deve trabalhar com o Tartaruga, superar sua dor, recuperar sua sobriedade e redescobrir seu propósito de vida, para salvá-la de ser abusada e asassinada por policiais corruptos em uma comovente história de redenção.

O resultado de tudo é uma ótima narrativa, e um belo exemplo de como a conexão e coesão entre as histórias é um dos pontos mais fortes de Wild Cards. O Grande e Poderoso Tartaruga puxa consigo e detalha o surgimento de toda uma nova era de Àses.

Interlúdio Dois - Clínica no Bairro dos Curingas abre no Dia da Carta Selvagem: George R.R. Martin continua logo após os eventos do conto anterior com esse pequeno enxerto detalhando a nova fase da vida do Dr. Tachyon: a abertura de sua clinica com o nome de Blythe, que pretende ajudar os Coringas fornecendo gratuitamente auxilio médico e emocional.

A Noite Longa e Obscura de Fortunato (7/10): Uma coisa que com certeza não podemos dizer que faltou ao Lewis Shiner é coragem. Ele escreveu talvez a história e o personagem mais insálubre e inquietante do livro.

Fortunado é um cafetão negro meio-asiático, cujos poderes incluem projeção astral, desaceleração do tempo e talvez até telepatia. Mas, ele só pode recarregar suas habilidades por meio do sexo tântrico, absorvendo o poder de seus parceiros, desde que não permita que ele próprio... bem... orgasme.

A coisa escalona e vai ficando cada vez mais estranha, principalmente quando ele mergulha fundo no livro ocultista do Crowley, e tem um vislumbre de utilizar seu poder em uma pessoa morta (sim, é isso mesmo que entendeu, um homem que adquire poder através do sexo utilizando isso em uma pessoa morta) apenas para descobrir descobrir um terror cômisco que provavelmente nunca mais será retomado no livro, não sei se foi uma boa idéia adicionar um conto que envolva o Cthulhu no meio de um livro de super heróis e política. Mas a deixa no final dá a entender que ao menos o Fortunato retornará, o que é no mínimo interessante, pois o personagem é bem peculiar.

Transfigurações (7/10): Apesar de demorar para emplacar, a história do Victor Milan é boa. O conto é sobre Mark, um estudante tentando entender e mergulhar na contracultura da Costa Oeste dos anos 60, já que deve fazer seu TCC sobre drogas psicotrópicas. É uma bela mistura de super-heróis, com o movimento hippie, e o rock n 'roll dos anos 60. Além de mostrar como os comícios anti-Vietnã do final dos anos 60 e início dos anos 70 foram alterados pela presença do vírus Carta Selvagem.

Ele apresenta três novos interessantes Áses: O Rei-Lagarto, um violento manifestante anti-Vietnã que simpatiza com o Presidente Mao e quer desencadear uma revolução. O Operário, um imigrante polonês que sofreu sob o regime soviético e acredita nos valores tradicionais americanos. E Radical, que só quer dar mais uma chance a vibe paz e amor.

Ambas as histórias que se passam nos Anos 60 (Transfigurações e Fortunato) impulsionaram a série em uma direção mais realista. Mas acho que essa funciona muito melhor. É apresentado aqui uma interessante visão da cultura hippe dessa época, com personagens bem definidos interessantes. E ainda termina com uma ótima deixa para os personagens serem utilizados em histórias seguintes.

Interlúdio Três - Wild Cards Chic: Em um ótimo interlúdio que retoma diversos personagens dos contos anteriores, Martin mostra a virada de chave para os Àses, eles estão famosos, Tachyon está feliz, e até possuem o especial e recém construído restaurante Aces HIgh, finissimo, apenas para Áses e seus acompanhantes.

Bem Fundo (6/10): Escrita por Eward Bryant e Leanne Harper, esse conto é literalmente ame ou odeie, disputando com o Fortunato a posição de história mais estranha da antologia, a narrativa envolve guerra de mafiosos, uma mulher que fala com animais, um crocodilosomem e até um vagão fantasma de metro que é senciente. E não me surpreenderia se esses personagens se tornassem recorrentes na série, dado a todo o plot dos Coringas do subterrâneo.

Jack Esgoto é um crocodilo assassino gigante que vive nos metrôs da cidade de Nova York. Nômada é uma senhora sem-teto com a habilidade de se comunicar com animais (mas seu próprio uso de drogas e colapso mental contribuem de modo tão importante quanto a Carta Selvagem ao desempenhar essa habilidade). CC Ryder, que apareceu brevemente em Transfigurações, é uma ativista vítima de estupro que se transformou em um vagão de metrô após ser empurrada nos trilhos. E por fim, Rosemary Muldoon, é filha de um chefe da máfia e se tornou assistente social para se reconciliar com os pecados cometidos pela sua familia.

A história é verdadeiramente uma bagunça, recheada de clichês e esteriotipos, circulando em torno dos personagens sem formar um enredo coerente; coisas demais tentam ser agrupadas, e uma porcentagem dessas coisas agrupadas não são nem ao menos boas ou interessantes. Entretanto, sendo bem honesto, para uma história que envolve todos esses elementos citados, e ao mesmo tempo tenta funcionar por si só e não comprometer demais o universo, Bem Fundo não me parece tão ruim quanto poderia ou dizem ser. Ainda prefiro ela à história inicial do Jetboy.

Interlúdio Quatro - Medo e Delíro no Bairro dos Coringas: O Interlúdio Quatro e as histórias seguintes nos dão bastante insights na política e vida dos Coringas, e nos apresentam alguns Coringas tão interessantes quanto os famosos Àses.

Fios (7/10): Com o Titereiro, um senador democrata que deseja ser presidente, Stephen Leigh faz um ótimo trabalho representado um às-vilão sociopata, com habilidade de manipular pessoas, tornando tudo ainda mais aterrorizante.

O autor consegue fugir dos clichês do gênero de ''super-heróis'', e nem ao menos foca toda a história no personagem central, os protestos políticos que irrompem no Bairro dos Coringas, a ação e o tumulto racial, são tão importantes quanto o Titereiro e servem para nos colocar no olho do furacão; e toda desordem manipulada por essa figura sombria.

tricapra's review against another edition

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5.0

I absolutely loved this anthology.

mgouker's review against another edition

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3.0

A mosaic novel where after an alien virus is exploded over New York City (and into the jet stream), society has a parallel force of Aces and Jokers, victims/beneficiaries of the virus. What's coolest (for me) is the way actual events were woven into the story: the McCarthy HUAD hearings, the protest against Viet Nam, Watergate... All in all, it's pretty cool.

The stories, however, are uneven:

1. Prologue: a solid piece that explains how Tachyon arrives on Earth.
2. Thirty Minutes Over Broadway! (Waldrop): Even though the story is dark, it taps into the heroic genre. Jetboy is a larger-than-life hero worshipped by the people. The maniac dispersing a virus over New York City rings a lot different now (post 9/11) than when it was written. Consequently, I was really pulling for Jetboy’s success, though, of course, that would have made for a short series. ;-)
3. The Sleeper (Roger Zelazny): One of my favorites in the collection. It really helps demonstrate the wide range of outcomes. Croyd Crenson is a great gray character, living in an uncertain world with complicated morals.
4. Witness (Walter Jon Williams): Introduces a hero turned villain, Jack Braun, along with the HUAC’s involvement in the story. This was depressing and effective.
5. Degradation Rites: (Melinda Snodgrass) So this is the HUAC case from another angle, from the perspective of Tachyon and Blythe. Since she is my favorite of the Aces and I have absolute contempt for the HUAC, I found the story to be compelling and was left distraught. Effective tale.
6. Shell Games (GRRM): The Great and Powerful Turtle details the rise of a new era of aces. Clever story and the characters were true to form, powerful and foolhardy as juveniles with Peter Parker-like popularity.
7. Dark Night of Fortunato (Lewis Shiner): The hero of this story is a pimp who acquires telepathic powers (or perhaps read telepathic impressions) when he has an orgasm, sucking in the tantric energy of whoever he is with, like a Reichian vampire. He uses this power to find a serial killer, someone who has killed one of his working geishas. When I started reading this, I was excited by the darkness, the violence, and the sex, but the backstory—where we learn how Fortunato became a pimp (at 14)—and his scene with Lenore felt so cliché. I had that moment where you look at the book in your hand and question your judgment. It felt a bit tawdry.
8. Transfigurations: (Victor Milán) Introduces Cap’n Trips. Best story of the book, imho. Mark’s an MIT student trying to break into 1960s West Coast culture, about to do his thesis on psychotropic drugs, but hasn’t really indulged. He runs into a girl he knew from high school who is well-versed in such matters, revisits his adolescent lust for her, and ends up at an anti-war rally tripping balls. What happens next is pretty much amazing.
9. Wild Card Chic: (Tom Wolfe) I love this placement. We see the WC folks are in vogue now. They have their special restaurant and everything’s going right… finally. Even Dr. Tachyon is happy.
10. Down Deep: (Edward Bryant & Leanne Harper) Bagabond, the bag lady, Sewer Jack, alligator man, and CC Ryder (the train). This was pretty weak. The crime angle seemed very cliché. So many stereotypes.
11. Strings (Steven Leigh): The Puppetman manipulates everyone to get everything he wants. People fall for it. I like this villain. The story made me wonder what the limits of psychic power are. Puppetman can control so many people at once. I guess with all the trickery my suspension of disbelief was affected.
12. Comes a Hunter (John J. Miller): This is about how Yeoman seeks revenge. The battle scene was clever. Not bad, but not at the level of some of the earlier stories.
13. Epilogue (Lewis Shiner): Yeah, also didn’t move the needle for me.

trib's review against another edition

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4.0

Set in a world divergent from our own from just post-WWII, where the release of an alien virus has caused population mutations on a widespread scale; some of those mutations are beneficial, others not so much, in examining the social, political and individual implications of the wild card virus, this is a very interesting collection of short, and longer-form, but sub-novel, stories by a series of well-known authors of speculative, science and fantasy fiction including George RR Martin and Melinda Snodgrass, among many others.

Not all the stories are fantastic writing, others are really quite good.

Since the publication of this first volume, the Wild Cards universe has expanded significantly with many more volumes of short stories and novels. While reading this collection took me rather longer than it ought, that shouldn't be an indication of the quality of the work, which is really rather good. I'll definitely be reading more Wild Cards.

kayrae_42's review against another edition

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5.0

Like a comic book without pictures

Amazing book. Compelling characters, and storylines that suck you in. But sense it is a collection of short stories telling a big picture it doesn't feel terrible when you have to pull yourself away to do other things

jesslynh's review against another edition

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5.0

L.O.V.E.D.

spikeanderson1's review against another edition

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4.0

excellent- ive been meaning to read this first one what a treat that i have the whole series ahead of me

whiskyrob's review against another edition

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2.0

For an anthology about people getting super-powers, there isn't much of a focus on people using those powers. Most of them feel more political focused or focus on how the world changes when people start getting powers, rather than on traditional super-hero/villain interactions.

A lot of hit and miss stories, mostly miss, probably because a majority of the stories were focused on the "Jokers" rather than the "Aces, which I just did not find very interesting.

mollysticks's review against another edition

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1.0

A couple stories were good but mostly I did not care for it. I wish the Goodread star system was different, cause I feel this should be a 2 star book, but I didn't even find it ok. The premise was great but it did not meet the expectations I had. The last story was my favorite I would say.