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The Perpetual Orgy by Mario Vargas Llosa

stephmostav's review

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4.0

Mario Vargas Llosa é o tipo de leitor que todo autor gostaria de ter: é declaradamente apaixonado pelo texto que lê, da maneira mais subjetiva e intensa possível e, talvez por romper com essa distância entre ele mesmo e o livro, consegue analisá-lo em vários de seus aspectos. Muitas de suas afirmações a respeito de Madame Bovary são polêmicas (como a de que não é um perfeito exemplar do realismo, mas sim de um romantismo completado), embora sempre com respaldo das palavras do autor em suas cartas. Porém, o objetivo de Llosa não é gerar controvérsias superficiais a respeito das interpretações desde romance que moldou toda a literatura ocidental a partir dele, mas sim enriquecer o debate e ampliar as possibilidades de análise. Apesar das poucas páginas, produz excelentes discussões a respeito da originalidade dos temas, estilo, narrador e temporalidade da obra prima de Flaubert, ao mesmo tempo em que nos indica o que, apesar de já empregado por outros autores antes dele, nas mãos de Flaubert foi aperfeiçoado até alcançar seu ápice. Além disso, Llosa reforça aquela que foi uma das maiores e mais reconhecidas contribuições de Flaubert ao romance: a noção de que ele é fruto de empenho muito mais do que de inspiração e de que a concepção artística demanda prática constante e contato com outras obras de arte.

"Seu gênio é feito de paciência, seu talento é obra apenas de trabalho."

alexlanz's review

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The writing is amazing, and he covers everything except for the problem of motherhood. Should be read by everyone learning how to write.
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