Take a photo of a barcode or cover
slow-paced
adventurous
challenging
emotional
funny
informative
reflective
sad
tense
slow-paced
Plot or Character Driven:
A mix
Strong character development:
Yes
Loveable characters:
Yes
Diverse cast of characters:
Yes
Flaws of characters a main focus:
Yes
challenging
reflective
medium-paced
O “Memorial do Convento” tem como principais linhas narrativas aquelas que são apresentadas na contracapa do livro: “Era uma vez um rei que fez promessa de levantar um convento em Mafra. Era uma vez a gente que construiu esse convento. Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes. Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido. Era uma vez.”.
Assim, este romance histórico começa por retratar o problema com que a família real portuguesa se deparava no dealbar do século XVIII: as dificuldades na conceção de um herdeiro para a coroa. A preocupação do rei leva-o a aceder à sugestão de um frade franciscano e a prometer a edificação de um convento caso Deus o abençoasse com descendência. Como, depois disso, a rainha consegue engravidar, iniciam-se os preparativos para a construção de um convento em Mafra. Nesta construção virão a trabalhar milhares de homens, entre os quais Baltasar Sete-Sóis, um antigo soldado que tinha perdido a mão esquerda na guerra. Contudo, antes do seu regresso a Mafra, a sua terra natal, Baltasar passa algum tempo em Lisboa, onde conhece o padre Bartolomeu Lourenço, também conhecido por “Voador”, pelos seus projetos de máquinas que permitiriam ao Homem voar, e Blimunda Sete-Luas, que consegue ver as pessoas por dentro.
Conjugando habilmente uma história de amor puro, um retrato da época pormenorizado, uma crítica social mordaz, uma perspetiva popular de um dos períodos mais marcantes da História portuguesa e uma passarola voadora movida a vontades, Saramago constrói um romance magnífico, que é de leitura obrigatória para os alunos do 12º ano de escolaridade.
Confesso que, antes de iniciar esta leitura, a receava. Isto devia-se à consciência de que José Saramago escrevia de uma maneira bastante peculiar, usando vírgulas no lugar de pontos finais e travessões. Contrariamente ao que receava, o registo de Saramago não dificultou a leitura, antes ajudou a torná-la especial. A colocação perfeita das vírgulas permite que as frases fluam pelas páginas, embalando o leitor na sua jornada pelo reinado de D. João V.
Esta época histórica é retratada fiel e detalhadamente pelo autor, desde a vida da família real e da corte às procissões religiosas e às condições de vida do povo. Algumas descrições, de tão ricas em pormenores, são um pouco aborrecidas, como é o caso das procissões e das deslocações da família real.
A inserção de provérbios e expressões populares no discurso proporcionam uma aproximação entre o leitor e o narrador, para além de realçar a sua perspetiva popular ou assinalar uma certa ironia. Esta está, aliás, muito presente no discurso saramaguiano, sublinhando a crítica que a ele está subjacente, que tem como alvos a Inquisição, a Igreja e os autos de fé, as convenções sociais, os protocolos da corte, as touradas e os gastos exorbitantes e irresponsáveis da Coroa.
O contraste das relações entre o rei e a rainha e entre Baltasar e Blimunda realça a diferença entre uma história de amor por conveniência e uma de amor verdadeiro, constituindo um panegírico da simplicidade dos amores genuínos.
O desfecho inesperado e comovente encerra com chave de ouro um romance simultaneamente emocionante e enriquecedor. Um ícone da literatura portuguesa.
Assim, este romance histórico começa por retratar o problema com que a família real portuguesa se deparava no dealbar do século XVIII: as dificuldades na conceção de um herdeiro para a coroa. A preocupação do rei leva-o a aceder à sugestão de um frade franciscano e a prometer a edificação de um convento caso Deus o abençoasse com descendência. Como, depois disso, a rainha consegue engravidar, iniciam-se os preparativos para a construção de um convento em Mafra. Nesta construção virão a trabalhar milhares de homens, entre os quais Baltasar Sete-Sóis, um antigo soldado que tinha perdido a mão esquerda na guerra. Contudo, antes do seu regresso a Mafra, a sua terra natal, Baltasar passa algum tempo em Lisboa, onde conhece o padre Bartolomeu Lourenço, também conhecido por “Voador”, pelos seus projetos de máquinas que permitiriam ao Homem voar, e Blimunda Sete-Luas, que consegue ver as pessoas por dentro.
Conjugando habilmente uma história de amor puro, um retrato da época pormenorizado, uma crítica social mordaz, uma perspetiva popular de um dos períodos mais marcantes da História portuguesa e uma passarola voadora movida a vontades, Saramago constrói um romance magnífico, que é de leitura obrigatória para os alunos do 12º ano de escolaridade.
Confesso que, antes de iniciar esta leitura, a receava. Isto devia-se à consciência de que José Saramago escrevia de uma maneira bastante peculiar, usando vírgulas no lugar de pontos finais e travessões. Contrariamente ao que receava, o registo de Saramago não dificultou a leitura, antes ajudou a torná-la especial. A colocação perfeita das vírgulas permite que as frases fluam pelas páginas, embalando o leitor na sua jornada pelo reinado de D. João V.
Esta época histórica é retratada fiel e detalhadamente pelo autor, desde a vida da família real e da corte às procissões religiosas e às condições de vida do povo. Algumas descrições, de tão ricas em pormenores, são um pouco aborrecidas, como é o caso das procissões e das deslocações da família real.
A inserção de provérbios e expressões populares no discurso proporcionam uma aproximação entre o leitor e o narrador, para além de realçar a sua perspetiva popular ou assinalar uma certa ironia. Esta está, aliás, muito presente no discurso saramaguiano, sublinhando a crítica que a ele está subjacente, que tem como alvos a Inquisição, a Igreja e os autos de fé, as convenções sociais, os protocolos da corte, as touradas e os gastos exorbitantes e irresponsáveis da Coroa.
O contraste das relações entre o rei e a rainha e entre Baltasar e Blimunda realça a diferença entre uma história de amor por conveniência e uma de amor verdadeiro, constituindo um panegírico da simplicidade dos amores genuínos.
O desfecho inesperado e comovente encerra com chave de ouro um romance simultaneamente emocionante e enriquecedor. Um ícone da literatura portuguesa.
Demasiado fun!!
Sinto-me uma queen muito inteligente!!
Adorei a blimunda e as coisas que ela fez no final #baddievibez
Adoro como as frases são tão Power... no sentido de fazer uma pessoa focar de boca aberta, adoro que as personagens são reais e como são descritas e importantes todas à sua maneira apesar dos seus defeitos e das ações que os movem!
Claro que tem umas partes meio boring... mas faz parte.
Eu fiquei presa nas últimas 100 páginas mas nem foi do livro, fui eu mesmo!!
Sinto-me uma queen muito inteligente!!
Adorei a blimunda e as coisas que ela fez no final #baddievibez
Adoro como as frases são tão Power... no sentido de fazer uma pessoa focar de boca aberta, adoro que as personagens são reais e como são descritas e importantes todas à sua maneira apesar dos seus defeitos e das ações que os movem!
Claro que tem umas partes meio boring... mas faz parte.
Eu fiquei presa nas últimas 100 páginas mas nem foi do livro, fui eu mesmo!!
challenging
dark
emotional
fast-paced
Plot or Character Driven:
Character
Strong character development:
Complicated
Loveable characters:
Complicated
Diverse cast of characters:
Yes
Flaws of characters a main focus:
Yes
challenging
slow-paced
Plot or Character Driven:
N/A
Strong character development:
Complicated
Loveable characters:
No
Diverse cast of characters:
Yes
Flaws of characters a main focus:
N/A
Portuguese education system you did me DIRTY. the romance and the inventor/priest subplot is interesting, but the filler stuff... and Saramago's stylistic choice makes it an absolute CHORE to read it
adventurous
challenging
funny
informative
inspiring
reflective
tense
slow-paced
Plot or Character Driven:
A mix
Strong character development:
Complicated
Loveable characters:
Yes
Diverse cast of characters:
No
Flaws of characters a main focus:
Complicated