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Mais uma vez, pude contar com Philip Roth para atender minhas expectativas quanto aos livros dele. O tema da vez é bem delicado e pesado para muita gente - não a morte em si, mas o processo de morrer. É doloroso acompanhar como o escritor passa a lidar com o enfraquecimento do pai, que para ele sempre foi tão forte, a dependência cada vez maior de cuidados, quando para alguém como Hermann a posição mais confortável e esperada, como pai de família, sempre foi a de cuidador. É um livro profundamente íntimo e honesto sobre o relacionamento entre pai e filho que, apesar dos muitos conflitos pessoais, é bastante positivo, ao menos no fim da vida do pai. Também trata de legado, do que significou para o Philip ser filho daquele homem, do que foi deixado para ele ao longo de toda a trajetória que eles compartilharam e o que isso significa para ele. Definitivamente, não é uma homenagem, apesar do respeito que ele tinha por aquele homem teimoso, intransigente e leal, mas não deixa de ser uma maneira de dar ao pai o que ele sempre pediu aos médicos - um, dois, cinco, dez anos a mais.
"Você não deve esquecer nada"
"Você não deve esquecer nada"
Tough to read if you have an aging parent, but it's a funny, beautiful, sad story of the last part of Roth's father's life and how Roth spend that time with his father.
"Even the bastards die. That's about the only good thing you can say about death--it gets the sons of bitches, too."
- Herman Roth, quoted Philip Roth, Patrimony

One of two memoirs/autobiographical works Roth completed. It seemed appropriate to start reading this on Father's Day the year Roth himself died. It was touching, beautiful. It is something as I get older I'm dealing with in my own family and at work. I have clients with tumors progressing. I have a grandmother (my last surviving grandparent) who is struggling in her 80s. Life starts to both warp as you age and become suddenly VERY clear. There are these moments of mortality when you suddenly GET your father or your mother. Caring for them, you become aware not only of their life, but even more aware of your own. Staring into the void is both scary and thrilling. Dying is hard. Living is hard. And in the end you feel like you can't forget. "You must not forget anything."
- Herman Roth, quoted Philip Roth, Patrimony

One of two memoirs/autobiographical works Roth completed. It seemed appropriate to start reading this on Father's Day the year Roth himself died. It was touching, beautiful. It is something as I get older I'm dealing with in my own family and at work. I have clients with tumors progressing. I have a grandmother (my last surviving grandparent) who is struggling in her 80s. Life starts to both warp as you age and become suddenly VERY clear. There are these moments of mortality when you suddenly GET your father or your mother. Caring for them, you become aware not only of their life, but even more aware of your own. Staring into the void is both scary and thrilling. Dying is hard. Living is hard. And in the end you feel like you can't forget. "You must not forget anything."
Well worth reading. Philip Roth is one of my favorites!
Mais uma vez, pude contar com Philip Roth para atender minhas expectativas quanto aos livros dele. O tema da vez é bem delicado e pesado para muita gente - não a morte em si, mas o processo de morrer. É doloroso acompanhar como o escritor passa a lidar com o enfraquecimento do pai, que para ele sempre foi tão forte, a dependência cada vez maior de cuidados, quando para alguém como Hermann a posição mais confortável e esperada, como pai de família, sempre foi a de cuidador. É um livro profundamente íntimo e honesto sobre o relacionamento entre pai e filho que, apesar dos muitos conflitos pessoais, é bastante positivo, ao menos no fim da vida do pai. Também trata de legado, do que significou para o Philip ser filho daquele homem, do que foi deixado para ele ao longo de toda a trajetória que eles compartilharam e o que isso significa para ele. Definitivamente, não é uma homenagem, apesar do respeito que ele tinha por aquele homem teimoso, intransigente e leal, mas não deixa de ser uma maneira de dar ao pai o que ele sempre pediu aos médicos - um, dois, cinco, dez anos a mais.
"Você não deve esquecer nada"
"Você não deve esquecer nada"