Reviews

Hamnet by Maggie O'Farrell

illustrativemisfit's review against another edition

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dark emotional sad slow-paced

5.0

silvia_frz's review against another edition

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emotional reflective medium-paced
  • Plot- or character-driven? Character
  • Strong character development? Yes
  • Loveable characters? It's complicated
  • Diverse cast of characters? Yes
  • Flaws of characters a main focus? It's complicated

5.0

alliekcav's review against another edition

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challenging dark emotional reflective sad slow-paced
  • Plot- or character-driven? Character
  • Strong character development? No
  • Loveable characters? It's complicated
  • Diverse cast of characters? No
  • Flaws of characters a main focus? Yes

3.75

jankagerber's review against another edition

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dark emotional inspiring tense medium-paced
  • Plot- or character-driven? Character
  • Strong character development? Yes
  • Loveable characters? It's complicated
  • Diverse cast of characters? No
  • Flaws of characters a main focus? Yes

5.0

sianlhowell's review against another edition

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emotional reflective slow-paced
  • Plot- or character-driven? Character
  • Strong character development? Yes
  • Loveable characters? Yes
  • Diverse cast of characters? No
  • Flaws of characters a main focus? It's complicated

5.0

muirk128's review against another edition

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5.0

This one will linger... I keep coming back to the Shakespeare sonnet in which he declares that in the written word, he preserves his love forever. In this novel, we feel that he is doing the same through Hamlet, forever preserving the legacy of his child. And yet this book was so much about motherhood, family, fate, and navigating grief.

duffers's review against another edition

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emotional sad slow-paced
  • Plot- or character-driven? Character
  • Strong character development? It's complicated
  • Loveable characters? Yes
  • Diverse cast of characters? Yes
  • Flaws of characters a main focus? Yes

4.25

mollie_00's review against another edition

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dark emotional funny informative reflective sad medium-paced
  • Plot- or character-driven? A mix
  • Strong character development? No
  • Loveable characters? It's complicated
  • Diverse cast of characters? No
  • Flaws of characters a main focus? No

4.0

katya_m's review against another edition

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As palavras existem, se as soubermos ouvir.


Segundo os especialistas, depois de Hamlet, tudo o que se segue são variações sobre o mesmo tema. O que faz com que Otelo, Lear, Macbeth etc, não passem de outras formas de expurgar a dor da perda que está na origem de Hamlet - a morte de um filho. O'Farrell não o expressa por estas palavras, mas este é o mote de Hamnet.
Infelizmente, esse mesmo mote (veja-se que por analogia se lê neste título Hamnet/Hamlet/Shakespeare) é, desde logo, um forte indicador de vários problemas nesta obra, entre eles:

• atribuição de protagonismo - Hamnet ou Shakespeare?
O'Farrell escolhe antes Agnes, outra versão de Anne Hathaway - não diretamente associada a esta -, assim se permitindo ficcionar largamente perante os poucos dados existentes.

• foco narrativo - narrador na primeira ou terceira pessoa?
O'Farrell opta pelo narrador omnisciente, apesar de querer resguardar o misticismo das suas personagens.

• tipo de narrativa - aberta, fechada?
O'Farrell opta pela narrativa psicológica, mas não consegue apagar o afastamento que se sente ao longo de todo o romance a não ser no momento em que a angústia, a tristeza ou a dor se manifestam provocadas pela morte.

Ou seja, O'Farrell parte de um pressuposto académico de que Shakespeare nunca ultrapassa a morte do filho, mas, possivelmente porque, para lá dificuldade de sondar a mente de uma das maiores figuras históricas e literárias do mundo, os contornos maternais lhe são mais próximos, esquece o objetivo inicial e envereda por um longo discorrer da dor de uma mãe à morte de um filho. Ou seja, não cumpre a premissa inicial (que não sendo suficientemente óbvia com um título como Hamnet é ainda reforçada pela nota histórica e pela epígrafe que tornam mais do que evidente que o objetivo inicial era o de explorar a ligação entre obra - Hamlet - e causa - morte de Hamnet).

«Concluo», diz ele, ainda com a voz abafada, «que estou sempre opensar onde é que ele estará. Para onde foi. É como uma roda que gira sem parar ao fundo da minha mente. Seja o que for que estou a fazer, esteja onde estiver, estou a pensar: Onde está ele, onde está? Não pode simplesmente ter desaparecido. Tem de estar nalgum lado. Só tenho de o encontrar. Procuro-o em toda a parte, em todas as ruas, em todas as multidões, em todo o público. É isso que estou a fazer, quando olho para toda a gente: estou a tentar encontrá-lo a ele ou uma versão dele.»


Felizmente para a autora, quando fala da angústia da perda é quando é mais eloquente - e acho que é isso que salva o livro e lhe traz tantos leitores maravilhados.

Chama por ele, grita o seu nome. Tu, diz ela, tu, estás a ouvir, não quero mais nada contigo. Depois desta vez, irei à tua igreja porque é meu dever, mas não pronunciarei lá nenhuma palavra, porque depois de morrermos não existe mais nada. Existe a terra e existe o corpo e tudo isso não dá em nada.

[...]
Ela descobre que é possível chorar todo o dia e toda a noite. Que há muitos modos diferentes de chorar: o jorrar repentino de lágrimas, os soluços profundos e atrozes, a perda interminável de água pelos olhos. (...) Que é possivel confortar as nossas filhas com garantias de haver lugares no Céu e eterna alegria, e que poderão reunir-se todos após a morte, e que ele estará à espera delas, apesar de não acreditar em nada. Que as pessoas nem sempre sabem o que dizer a uma mulher cujo filho morreu. Que algumas atravessarão para o outro lado da rua para evitá-la, só por disso. Que pessoas que não temos por bons amigos se chegarão à frente e, sem avisar, deixarão pão e bolos no nosso parapeito, dirão ums palavra amável e apropriada depois da igreja...

[...]
O que é oferecido pode ser tirado, em qualquer altura. A crueldade e a devastação esperam-te ao virar das esquinas, dentro das arcas, atrás das portas: podem saltar-te ao caminho a qualquer momento, como um ladrão ou um malfeitor. O truque é nunca baixar a guarda. Nunca pensar que se está seguro. Nunca ter como garantido que os corações dos vossos filhos batem,.que eles bebem leite, que inspiram ar, que andam e falam e sorriem, discutem e brincam. Nunca, por um momento, esqueçam que eles podem ir-se, ser-vos arrebatados, num piscar de olhos, ser levados.


Claro que ninguém procura a mesma coisa num livro, mas tenho dificuldade em crer que seja pelo ritmo, pelo foco narrativo (ou ausência dele), pelo uso irritante de anacronias - que empurram constantemente o leitor para fora do momento nevrálgico da história -, ou pela tentativa de criar um conto de fadas - o recurso a personagens-tipo, a dimensão sobrenatural, o apelo determinista e trágico -, que conquiste tantos fãs... Não sei. Se é isto, não o é para mim.
Aliás, se Hamnet fosse uma peça de Shakespeare seria Sonho de Uma Noite de Verão: não me trucidem por isto, mas está ali plantado no mesmo reino de fantasia saído de umas valentes noites de insónia.
Além disso, o Shakespeare de Hamnet é um pai ausente, e um marido lastimável que faz raríssimas aparições na história levando a querer que O'Farrell se precipitou na seleção de um tema para o seu livro e arrepiou caminho já durante o processo de escrita, dando origem a um desencontro entre a figura icónica (Shakespeare) e o homem - na narrativa nunca nomeado - algo que só faz sentido se a autora tiver receio de que a sua efabulação seja arriscada - que o é. Todavia, assumido esse risco, acredito que Hamnet poderia ser a grande obra que prometia.

Agora, há vantagens e desvantagens nesta leitura cronológica a que me dediquei, e tenho vindo a perceber isso desde muito cedo. Há na escrita O'Farrell umas quantas características impressionantes, e elementos, já o tenho vindo a dizer, que se repetem constantemente e são facilmente identificados. Hamnet não é exceção à regra e, para não vos aborrecer com estas repetições, basta dizer que qualquer dos elementos que já antes se replicavam, continuam presentes aqui, com particular destaque para, claro, a perda e a fuga. Por isso, lido no contexto certo, Hamnet não é uma total perda de tempo: é mais uma fonte de vários insights sobre o processo criativo da autora.

Resumindo e baralhando, Hamnet é um livro algo gutural sobre maternidade com o qual não achei nada fácil identificar-me.
Na realidade, como se já não tivesse ficado claro, fiquei desapontada por aguardar ao longo de cinco livros para cá chegar (não que lamente as restantes leituras) e, confesso, o momento que mais me impressionou nesta narrativa é relativamente inusitado, e, só por isso, merece a ressalva. Assim, justiça lhe seja feita, O'Farrell exerce uma verve impressionante ao longo das páginas de Hamnet, mas é particularmente ambiciosa em dois exercícios em particular: quando fala na angústia da perda e no decorrer de uma "brincadeira" que poderia servir de exercício de escrita criativa: a jornada da pulga responsável pela peste que abala a família Shakespeare. Tivesse ela levado mais a sério este exercício de cerca de dez páginas e o livro seria tudo aquilo que não consegue ser: incisivo, imaginativo, fluído, empolgante...

anishachana's review against another edition

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emotional informative sad medium-paced
  • Plot- or character-driven? Character
  • Strong character development? Yes
  • Loveable characters? It's complicated
  • Diverse cast of characters? No
  • Flaws of characters a main focus? It's complicated

4.5