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Nő a sötétben by Elena Ferrante

4 reviews

esalan's review against another edition

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dark funny reflective relaxing sad medium-paced
  • Plot- or character-driven? Character
  • Strong character development? It's complicated
  • Loveable characters? No
  • Diverse cast of characters? No
  • Flaws of characters a main focus? Yes

3.25


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bii_newt's review against another edition

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dark emotional reflective medium-paced
  • Plot- or character-driven? Character
  • Strong character development? It's complicated
  • Loveable characters? No
  • Diverse cast of characters? No
  • Flaws of characters a main focus? Yes

3.0


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jaiari12's review against another edition

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reflective medium-paced
  • Plot- or character-driven? Character
  • Loveable characters? It's complicated
  • Diverse cast of characters? No

4.0


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jiangslore's review against another edition

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challenging dark emotional reflective tense medium-paced
  • Plot- or character-driven? A mix
  • Strong character development? It's complicated
  • Loveable characters? It's complicated
  • Diverse cast of characters? No
  • Flaws of characters a main focus? Yes

4.5

Algo que faço quando termino uma leitura mas não sei como expressar minhas opiniões sobre ela é ler outras resenhas da obra, para, talvez, criar um diálogo imaginário na minha cabeça e desenvolver minhas próprias ideias sobre o livro. É algo que funciona muito bem, mas, expondo dessa forma, sei que pode parecer um pouco estranho. Mas não importa! Cada um com suas estranhices. Pelo menos não estou subtraindo brinquedos de criancinhas. 

Enfim. O que importa aqui é que, ao terminar “A Filha Perdida”, eu tinha certeza de que minha opinião sobre o livro era positiva, mas não sabia bem como articular meus pensamentos. Então, lá fui eu ler várias resenhas, e acabei notando duas coisas bem interessantes: a primeira é que muitas pessoas — tanto as que elogiam o livro quanto as que não gostaram dele — mencionam que a obra é sobre maternidade; e a segunda é que muitas pessoas que não gostaram do livro falam que não o entenderam. 

Realmente, “A Filha Perdida” tem como um de seus principais temas a maternidade. Não culpo leitores por focarem nisso, porque é esse aspecto da obra que é colocado em sua sinopse. Mas penso que essa visão é limitadora — até porque o marketing de um livro costuma ser limitador, já que é importante buscar um público alvo. Na minha opinião, o livro é, sim, uma visão crua e brutal da maternidade, mas também é um livro que fala sobre ser filha de alguém. E acho que isso é algo que a autora quis expressar — afinal, o nome da obra não é “a mãe perdida”, não é mesmo? 

Por isso, acredito que o livro não é só sobre ser mãe; também é sobre ter uma mãe. E acredito que isso é algo importante porque mostra o quão abrangente a obra é — não é necessário ser mãe ou querer ser mãe para tirar algo de interessante dela. Basta ter uma mãe. E todo mundo tem uma mãe, no sentido de que todos nós fomos gerados por alguém que, pela sua presença ou ausência, trouxe consequências para as nossas vidas. 

Foi essa realização que me fez gostar tanto do livro. Eu me vi em Leda não como mãe, mas como filha. E, nos momentos em que ela falava de suas filhas, vi-me nelas e me perguntei quais seriam as semelhanças e diferenças entre o que Leda sentia e o que minha mãe já sentiu. Todas essas reflexões, associadas à honestidade brutal da narrativa e ao enredo do livro, fizeram com que eu me envolvesse demais na narrativa; apesar de eu ser alguém que não tem nenhum interesse em ser mãe. 

Na minha opinião, o fato de “A Filha Perdida” ser um livro muito mais abrangente do que parece é algo que contribui muito para o seu impacto. Isso porque, ao tocar em uma questão tão mundana e comum de uma forma absurdamente crua, ele retira o senso de normalidade que nós sentimos. E normalidade é algo especialmente relacionado com maternidade, já que mães geralmente são associadas à ideia de segurança. Esse afastamento da normalidade causou um desconforto tão efetivo que cheguei a pensar que estavam mentindo para mim e “A Filha Perdida” era, na verdade, um livro de terror. 

Como mencionei inicialmente, o segundo ponto é o fato de que vi que muitas pessoas não gostaram do livro porque não o entenderam. Pessoalmente, não achei o livro difícil de entender, mas cheguei à conclusão de que o fato dessa reação ser relativamente comum faz com que seja importante mencionar que essa dificuldade existe. Afinal, esse fenômeno pode demonstrar um defeito na obra, ou na forma que a autora se expressa. Talvez, a escrita não seja tão abrangente quanto os temas que são tratados — embora ela seja fantástica, na minha opinião —, e, como vejo resenhas como um recurso para ajudar leitores a escolher o que ler, penso que é importante citar isso. 

Mas, partindo para o que eu achei da escrita: sinceramente, achei ela fantástica. A estrutura da história não é linear, e a narrativa do presente é permeada por questões pretéritas. A forma que isso foi feito, na minha opinião, foi muito natural, e ajudou a expressar as mensagens que o livro parecia querer passar. Além disso, a estrutura cíclica que a narrativa possui espelha a forma cíclica que as relações familiares nela abordada funcionam. E eu sempre adoro quando um livro consegue, com sucesso, reproduzir a sua mensagem na forma que é escrito. 

No geral, definitivamente recomendo a leitura. “A Filha Perdida” é um daqueles livros que podem ser lidos em uma única tarde, mas acarretam reflexões que vão muito além disso. 

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