3.5*
informative inspiring reflective fast-paced
informative inspiring reflective medium-paced

“I do not intend this to be a somber book. Instead,
it is my hope that by grasping, really grasping, our
human condition—our finiteness, our brief time in the
light—we will come not only to savor the preciousness
of each moment and the pleasure of sheer being but to
increase our compassion for ourselves and for all other
human beings.”
challenging emotional hopeful informative reflective

This book was so important to me. In it, Yalom shows great courage in addressing head-on the "elephant in the room" of life, which is death. He persuasively argues in a way that few others have done, that our mental health depends greatly on how we make sense of our own finitude.

Segue uma resenha pessoal do que eu entendi e aprendi. Pode ser que eu tenha entendido tudo errado e esteja falando abobrinha, mas o impacto desse livro em mim foi incrível.

É uma excelente ironia do destino que eu tenha lido dois livros sobre a morte e o morrer justamente em tempos de crises tão graves. Encerrados em casa enquanto uma pandemia assola o mundo lá fora, temendo o dia em que algum ente querido cairá doente ou a crise econômica entrará dentro de casa, eu sinto que muitos de nós estamos vivendo sob a sombra da morte. Falando apenas por mim mesma, já há muitos dias eu venho sentindo um desespero constante e latente, dividida entre o afã de manter a casa higienizada e abastecida, e a apatia que surge da constatação de quão absurdas são as coisas que têm acontecido.
Nesse contexto, "De Frente Para O Sol" me caiu como uma luva. A ideia central do livro é de que a angústia da morte está por trás de muitos dos nossos problemas psicológicos, e que o caminho para uma vida plena e feliz é aprender a aceitar e lidar com a morte. Nas palavras do autor, "o confronto com a morte não precisa resultar em um desespero que possa destituir a vida de qualquer sentido. Ao contrário, ele pode ser uma experiência que faz despertar para uma vida mais rica".
De fato, muitos dos argumentos e reflexões apresentados por ele fizeram sentido para mim, principalmente porque ele traz uma perspectiva laica da existência humana; em vez de defender um significado transcendental da existência e focar na promessa de uma vida após a morte como consolo para a finitude da vida terrena, ele defende que esta vida pode ser o palco de grandes realizações. Sabendo que um dia a morte virá e nós deixaremos de existir, só o que se pode fazer é viver. E viver não tem nada de "só".
Além do crescimento pessoal que essa leitura me proporcionou e pode proporcionar a qualquer um, há também lições importantes para aqueles que querem ser psicoterapeutas. Há um capítulo inteiro dedicado a terapeutas do qual podem-se tirar lições diretas e indiretas. A relação terapêutica autêntica e sincera como ferramenta de transformação é algo que ele frisa em vários momentos, bem como o respeito ao tempo do paciente.
Em suma, posso sintetizar tudo o que aprendi com essa leitura em duas lições:
1) Ver a morte como um chamado à vida, um lembrete para ser útil e feliz sempre que puder.
2) Seja como terapeuta, como companheira, amiga ou filha, jamais impor minhas visões ou atropelar o tempo do outro. Meu papel é oferecer aquilo que eu sei e o que sou capaz de fazer, tendo em vista as particularidades do outro, não tentar moldá-lo para caber na minha visão de mundo.
emotional inspiring slow-paced
challenging informative reflective slow-paced

Interesting topic but he was a bit full of himself and said some shockingly outdated statements that made me do a double take like, “did he really just say that?” I don’t feel like reading this had much of an impact on easing my own anxieties around death and dying. I kept wanting him to talk about things that he never touched on (ie, what about the terror of other people’s deaths, rather than your own?) I did find it thought provoking that he believes death anxiety may be the underlying cause of a majority of neuroses. But idk 2 stars that’s all I got

Já queria ler este livro há muito tempo. Sabia, de antemão, que era o tipo de livro que se encaixava na perfeição com a minha personalidade, com os meus receios, ansiedades e, até, angústias. Sabia que tinha de o ler e sentia uma atração enorme pela capa, mas principalmente pelo título "De Olhos Fixos no Sol" e foi com o sol a abraçar-me que terminei a sua leitura. Como foi a leitura? Lenta, mas com a lentidão de quem absorve cada palavra e as recebe como seiva. Tudo encaixa, tudo faz sentido. Foi uma leitura extremamente enriquecedora, emotiva e pessoal. Sempre tive medo da morte. Lembro-me de no 4.° ano a nossa professora nos ter pedido para escrever do que tínhamos mais medo na vida e, enquanto os meus colegas optaram por referir animais, água, fogo e mil e uma coisas palpáveis, eu respondi: a morte. Sei que foi um choque para a minha professora receber aquela resposta, articulando o típico discurso de que não devemos ter medo de coisas inevitáveis. De como todos morreremos, por isso devemos aproveitar o "aqui e agora". O que ela não percebeu, porque também não o confessei, é que o meu maior medo não é a minha morte, mas sim a morte de quem mais amo. Desde miúda que tenho noites com sonhos que me fazem acordar a chorar, pensamentos que preferia evitar, receios que me atormentam a mente. São noites difíceis que, ao longo dos anos vieram, felizmente, a reduzir. Ler este livro era algo obrigatório para mim e, na verdade, deveria ser para todos. Sei que a morte é inevitável, mas também sei que é inevitável não pensar nela, ainda que muitos o neguem. Yalom reúne neste livro mensagens poderosíssimas que, de certa forma, nos conseguem acalmar as tormentas interiores. Sei que ainda tenho muito que trabalhar e muito para aprender, mas este foi um grande passo na minha aceitação da morte, na consciencialização da importância do "aqui e agora", na introdução do termo "rippling". Yalom apresenta a máxima de La Rochefoucauld "Nem o Sol, nem a Morte podem ser olhados de frente", mas termina dizendo que "não recomendaria ninguém a olhar fixamente para o Sol, mas olhar de frente para a morte é uma questão completamente diferente". A partir de hoje tentarei enfrentar a morte como me confronto com outros medos. Um enorme obrigada Yalom.