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3.62 AVERAGE
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Livro de março do clube, um romance policial. Decidi repetir a dose e ler Highsmith de novo depois de adorar a experiência com O talentoso Ripley. E talvez essa experiência prévia tenha sido um dos motivos pelos quais a leitura desse romance posterior foi muito menos satisfatória. Muitos dos elementos que adorei em Ripley foram replicados aqui como uma fórmula básica a ser seguida, em vez de inovações inteligentes como são no romance mais famoso da autora. Nos dois livros, temos um protagonista ensimesmado e pacífico que aguenta cada um em seu nível uma cota de humilhações, até que a situação se torne insustentável e ocorra um crime. O processo é muito parecido nos dois casos e até os crimes ocorrem em porcentagens muito próximas de leitura.
E, enquanto Ripley nos conquista com seu próprio carisma, inteligência e desejos facilmente identificáveis, só torcemos por Vic porque os personagens que o antagonizam são muito mais insuportáveis que ele mesmo. Também soam muito mais forçadas as soluções para driblar as investigações, porque Vic está longe de alcançar a excelência de Ripley, assim como suas motivações são muito mais banais que as dele. Não queria comparar os protagonistas, mas o próprio livro me leva a isso ao repetir o mesmo molde com uma estrutura muito mais fraca. Até o relacionamento de Vic com Melinda, um dos poucos aspectos que se diferenciam do livro escrito dois anos antes, é desperdiçado com um final frouxo e previsível. Porém, não posso negar que a escrita da Highsmith continua bem competente e cumpre bem a função de manipular o leitor. Pena que a viagem e o destino pelo qual ela nos guiou dessa vez tenha sido tão desinteressante.
E, enquanto Ripley nos conquista com seu próprio carisma, inteligência e desejos facilmente identificáveis, só torcemos por Vic porque os personagens que o antagonizam são muito mais insuportáveis que ele mesmo. Também soam muito mais forçadas as soluções para driblar as investigações, porque Vic está longe de alcançar a excelência de Ripley, assim como suas motivações são muito mais banais que as dele. Não queria comparar os protagonistas, mas o próprio livro me leva a isso ao repetir o mesmo molde com uma estrutura muito mais fraca. Até o relacionamento de Vic com Melinda, um dos poucos aspectos que se diferenciam do livro escrito dois anos antes, é desperdiçado com um final frouxo e previsível. Porém, não posso negar que a escrita da Highsmith continua bem competente e cumpre bem a função de manipular o leitor. Pena que a viagem e o destino pelo qual ela nos guiou dessa vez tenha sido tão desinteressante.
"Em águas profundas (...) explora os abismos mais sombrios da psique humana e lança luz para o fato de que sob a superfície das personalidades mais pacatas e exemplares podem se esconder as mais sórdidas psicopatias." - TRUCO!!! VI NADA DISSO!
Mais uma leitura coletiva na qual entrei feliz porque há tempos queria conhecer a escrita da autora. A ignorância é mesmo uma virtude...
O livro promete nos contar o interessante arranjo matrimonial de Vic e Melinda Van Allen... que de interessante não tem nada. Não há um arranjo entre eles. Melinda é a promíscua esposa de Vic e ambos são pais da pequena Trixie. Em algum momento do relacionamento do casal Melinda decidiu que poderia ter amantes, mesmo na conservadora década de 50 em uma pequena cidade igualmente conservadora. O marido simplesmente aceita essa decisão sem nunca ter discutido a situação com a esposa nem se mostrar incomodado com o comportamento dela. Melinda expõe seus amantes à sociedade, quer tendo encontros em bares, quer levando tais pessoas em festas em casas de amigos, não tendo qualquer cuidado em disfarçar seus interesses românticos. E as pessoas notam, as pessoas comentam, as pessoas se escandalizam e se constrangem com esse comportamento e é isso que incomoda Vic. Caso ele não notasse os olhares e ouvisse os rumores, estaria tudo como sempre esteve.
Um dos amantes de Melinda tinha sido assassinado em Nova York e, intencionando assustar o amante da vez, Vic diz ser o autor do crime. Consegue o intento de assustar o pé de pano, mas, logo outro aparece e toma seu lugar. Qualquer coisa daqui pra frente é spoiler e não vou contar, mas, já é o suficiente para saber do que se trata o livro.
Melinda não é apenas promíscua. É uma esposa ausente, uma mãe displicente, uma cidadã condenável, uma dona de casa cujo único mérito é o de não deixar faltar cigarros e tabaco em casa... Vic merece tudo isso pois é um completo banana. Aceita o comportamento da esposa por pura covardia, a mesma que o incita a assumir um crime que não cometeu. Acha mais aceitável ser apontado como criminoso que como corno.
A escrita da autora é cansativa, repetitiva, maçante. A estória não engrena, fica o tempo todo em ponto morto. Quando a estória parece que vai começar, para e fica modorrenta de novo e assim vai até o final. Apesar disso é difícil largar o livro, mas, não porque ele seja envolvente ou instigante, mas, por puro desejo de saber onde aquilo tudo vai dar.
Uma trama inverossímil, personagens detestáveis, com uma escrita medíocre. Não tenho como recomendar essa leitura. É melhor ir ver o filme do Pelé.
Mais uma leitura coletiva na qual entrei feliz porque há tempos queria conhecer a escrita da autora. A ignorância é mesmo uma virtude...
O livro promete nos contar o interessante arranjo matrimonial de Vic e Melinda Van Allen... que de interessante não tem nada. Não há um arranjo entre eles. Melinda é a promíscua esposa de Vic e ambos são pais da pequena Trixie. Em algum momento do relacionamento do casal Melinda decidiu que poderia ter amantes, mesmo na conservadora década de 50 em uma pequena cidade igualmente conservadora. O marido simplesmente aceita essa decisão sem nunca ter discutido a situação com a esposa nem se mostrar incomodado com o comportamento dela. Melinda expõe seus amantes à sociedade, quer tendo encontros em bares, quer levando tais pessoas em festas em casas de amigos, não tendo qualquer cuidado em disfarçar seus interesses românticos. E as pessoas notam, as pessoas comentam, as pessoas se escandalizam e se constrangem com esse comportamento e é isso que incomoda Vic. Caso ele não notasse os olhares e ouvisse os rumores, estaria tudo como sempre esteve.
Um dos amantes de Melinda tinha sido assassinado em Nova York e, intencionando assustar o amante da vez, Vic diz ser o autor do crime. Consegue o intento de assustar o pé de pano, mas, logo outro aparece e toma seu lugar. Qualquer coisa daqui pra frente é spoiler e não vou contar, mas, já é o suficiente para saber do que se trata o livro.
Melinda não é apenas promíscua. É uma esposa ausente, uma mãe displicente, uma cidadã condenável, uma dona de casa cujo único mérito é o de não deixar faltar cigarros e tabaco em casa... Vic merece tudo isso pois é um completo banana. Aceita o comportamento da esposa por pura covardia, a mesma que o incita a assumir um crime que não cometeu. Acha mais aceitável ser apontado como criminoso que como corno.
A escrita da autora é cansativa, repetitiva, maçante. A estória não engrena, fica o tempo todo em ponto morto. Quando a estória parece que vai começar, para e fica modorrenta de novo e assim vai até o final. Apesar disso é difícil largar o livro, mas, não porque ele seja envolvente ou instigante, mas, por puro desejo de saber onde aquilo tudo vai dar.
Uma trama inverossímil, personagens detestáveis, com uma escrita medíocre. Não tenho como recomendar essa leitura. É melhor ir ver o filme do Pelé.
Amazing portrayal of a dissatisfying marriage, deeply flawed characters and unyielding suspense. Although, I must admit I was dissatisfied by the ending as I had been sincerely won over by our anti-hero.
dark
tense
slow-paced
Plot or Character Driven:
Character
Strong character development:
No
Loveable characters:
No
Diverse cast of characters:
No
Flaws of characters a main focus:
Yes
dark
mysterious
reflective
tense
fast-paced
Plot or Character Driven:
Plot
Strong character development:
No
Loveable characters:
No
Gripping and fast-paced story.
Original 1957 erschienen, erzählt von der eigenartigen Ehe von Vic und Melinda, die ersten 100 Seiten hab ich das passiv-aggressive und paternalistische Verhalten von Vic gegenüber seiner Frau gar nicht gepackt, aber dann wirds ziemlich spannend und abgründig und auch die Einblicke in die Vorstadtwelt der 50er Jahre (Drinks, drinks, drinks zu jeder Tages- und Nachtzeit) sind gelungen beschrieben.
dark
tense
medium-paced
A man, Vic, is pushed to his limits and beyond by his unfaithful, scornful, resentful wife.
What is impressive is Highsmith manages to make you root for her blatant murdering sociopathic protagonist.
It was a pressure cooker of a novel, unsure who I could trust, never knowing people's true intentions.
My favourite image: Vic's memory of a 10 year old watching from a hotel window in Vienna a storm brew in the form of the wind violently whipping the tops of the trees.
Favourite image (2): Vic watching his daughter's bath toy floating and then sinking to the bottom of the bath.
One more highlight: I'd never felt more "seen" than Highsmith's character description of Vic's father: "Vic remembered the deep-set windows, and the fact that, for all the tickness of the walls of the hotel, he had been cold, and that there had been nothing they could do about it because, whatever the heating facilities of the hotel had been, they hadn't been adequate. His father, an extremely polite man, burdened by his sense of financial superiority to almost everyone else, would have suffered a much colder temperature in the room before he would have complained. Richesse oblige."
What is impressive is Highsmith manages to make you root for her blatant murdering sociopathic protagonist.
It was a pressure cooker of a novel, unsure who I could trust, never knowing people's true intentions.
My favourite image: Vic's memory of a 10 year old watching from a hotel window in Vienna a storm brew in the form of the wind violently whipping the tops of the trees.
Favourite image (2): Vic watching his daughter's bath toy floating and then sinking to the bottom of the bath.
One more highlight: I'd never felt more "seen" than Highsmith's character description of Vic's father: "Vic remembered the deep-set windows, and the fact that, for all the tickness of the walls of the hotel, he had been cold, and that there had been nothing they could do about it because, whatever the heating facilities of the hotel had been, they hadn't been adequate. His father, an extremely polite man, burdened by his sense of financial superiority to almost everyone else, would have suffered a much colder temperature in the room before he would have complained. Richesse oblige."
dark
tense
slow-paced
Plot or Character Driven:
A mix
Strong character development:
No
Loveable characters:
Complicated
Diverse cast of characters:
No
Flaws of characters a main focus:
Yes
I love any book that can make me care about a sociopath, and the fact Highsmith does it without any real mystery is even more impressive. I was filled with a deep sense of dread and despair throughout this book, which is how I personally prefer to spend my commute. I really felt like I knew Vic and Melinda by the end of this book (though I certainly wouldn't choose to be friends with either of them; poor loyal, boring Horace).