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497 reviews for:

Bel-Ami

Guy de Maupassant

3.69 AVERAGE

dark medium-paced
Plot or Character Driven: Character
Strong character development: Yes
Loveable characters: No
Diverse cast of characters: No

This man was greedy from the very beginning and it never stopped - didn’t even bite him in the ass in a satisfying way whatsoever! But I guess that is part of the point… I thought surely it would lead to his downfall, but he got everything he wanted and almost more. How unlikeable he is yet he charms every female character into believing they’re in love with him! Used love as a means to an end to go from a broke peasant to a rich baron!

The greedy and corrupt always get their way - politicians and mere journalists alike. And love? Love isn’t just a game to further your position in society and grow rich until you puke gold coins! Georges needs to realize this and yet he never does; it is all-consuming him, forming his otherwise intelligent and kind mind into something alike a beast with a never ending hunger for more.

So… don’t be like this, guys!:)
funny inspiring mysterious tense fast-paced
Plot or Character Driven: Character
Strong character development: Yes
Loveable characters: Complicated
Diverse cast of characters: No

Dnešní noc patřila Bel-Amimu ..

Libro estremamente piacevole, il protagonista è non solo un arrampicatore sociale ma un vero e proprio parassita. Romanzo pungente e crudo a tratti.
dark informative reflective fast-paced
Plot or Character Driven: Character
Strong character development: Yes
Loveable characters: No
Diverse cast of characters: Yes
Flaws of characters a main focus: Yes

«Bel-Ami» de Guy Maupassant ( 1850-1892 )

Georges Duroy, um soldado francês do século XIX , ao regressar de África instala-se em Paris e começa a trabalhar - por um feliz acaso -, como jornalista no La Vie Française.
Sedutor, cativante, conquistador começa a ser apelidado de Bel-Ami e aproveita-se das várias amantes – todas muito diferentes – para alcançar o sucesso. Pertencia àquela raça aventureira dos vagabundos da vida com esperanças de grandeza, de sucesso, de renome, de fortuna e de amor.
Bel-Ami é um homem completamente amoral num ambiente de manobras políticas e financeiras e uma combinação suspeita entre o poder e o jornalismo, daí que encontremos neste obra uma actualidade notória.

De tudo, Bel-Ami toma conhecimento nas várias camas em que se deita – as mulheres são o passaporte para o seu sucesso. As personagens estão magnificamente construídas com particular destaque para a personagem principal e para a trágica Virginie, a mulher mais velha com quem Du Roy, como passa também a ser conhecido, se envolve.

Paris é um salão político e mundano de mulheres, que manobram nos bastidores de uma França à conquista de Marrocos que, anexada, garantiu a sua dívida criando fortunas, senhora de Tânger, dominando toda a costa africana do Mediterrâneo, até ao protectorado de Tripoli, dos burgueses enriquecidos que recolheram os destroços da nobreza.
Comédia humana, crónica de costumes e crítica social num livro extraordinariamente interessante e bem escrito.

Valeu sem dúvida a pena esta leitura e as horas passadas na companhia de Bel-Ami. Sim, porque, por muito que se censure o seu cinismo, hipocrisia, chauvinismo, oportunismo ou crueldade, não creio que os leitores resistam ainda assim a uma história composta de feitos como os de DuRoy.

Afinal, de um começo medíocre, de uma posição de onde mais não pode que olhar estarrecido as luzes brilhantes que emanam das vidas dos ricos, este homem chega a uma invejável posição: fê-lo, contudo, usando das ferramentas de que os pobres de espírito como ele se podem valer - as aparências e os falsos afetos.

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- Tens o diploma do liceu?
- Não. Reprovei duas vezes.
- Não tem importância, contanto que tenhas chegado ao último ano. Se te falarem de Cícero ou de Tibério, tens uma ideia de quem são?
- Sim, uma ideia.
- Bom, ninguém tem mais do que isso, excepto uma vintena de imbecis que não sabem fazer pela vida. Não é difícil de passar por entendido, vais ver; o que importa é não te deixares apanhar em flagrante delito de ignorância. Desvia-se a conversa, esquiva-se a dificuldade, contorna-se o obstáculo, entalam-se os outros graças dicionário. Os homens são todos estúpidos como galinhas e ignorantes como calhaus.
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No entanto, e se Bel-Ami se faz valer dos sentimentos de várias mulheres ao longo do romance, isso deixa antever que são elas que manobram os grandes cargos e tomam as grandes decisões, atrás das cortinas de carne que são os seus maridos.

No fim (Bel-Ami, afinal, não estrupiou ninguém - também já nada mais lhe faltava!), a realidade é que cada uma destas mulheres manobra também outros em seu proveito. Du Roy (já não Duroy) ganha-lhes em inteligência e maldade, contudo.

Curioso é ver a mudança que se opera no jovem que chega a Paris com românticas ideias de fazer fortuna e que, em breve, exposto ao que de mais repugnante a humanidade tem, se apercebe que subir a custo, e pela própria mão, mais não é que um faux pas que não quererá admitir com o tempo. A hipocrisia é um meio mais edificante e muito mais limpo.

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Via-os, trotando ou galopando, homens e mulheres, a gente rica da sociedade (...) Era um jogo que o divertia muito, como se comprovasse assim, sob as aparências severas, a eterna e profunda infâmia do homem, e isso o regozijasse, excitasse, consolasse.
Depois proferiu em voz bem alta:
- Monte de hipócritas! - e procurou com os olhos os cavaleiros acerca dos quais corriam as histórias mais degradantes.
Viu muitos suspeitos de fazerem batota ao jogo, e para os quais, em todo o caso, os clubes eram o grande recurso, o único recurso, recurso decerto duvidoso.
Outros, com efeito famosos, viviam unicamente das rendas das mulheres, toda a gente o sabia; outros, das rendas das amantes, ao que se afirmava. Muitos tinham saldado as suas dívidas (acção honrada), sem que jamais se pudesse adivinhar de onde lhes viera o dinheiro necessário (mistério bem comprometedor). Viu homens de finança cuja imensa fortuna tinha por origem um roubo, e que eram recebidos em toda a parte, nas casas mais nobres, e a seguir homens tão respeitados que os pequenos burgueses se descobriam à sua passagem, mas cujas manobras desavergonhadas nas grandes empresas nacionais não eram segredo para ninguém que estivesse a par dos recessos intimos da sociedade.
Todos eles tinham o ar altivo, a boca orgulhosa, o olhar insolente, tanto os que usavam suíças como os que exibiam bigode. Duroy continuava rir, repetindo:
- É o que se chama gente asseada, monte de crápulas, monte de ladrões homicidas!
119/120
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Por isso, o caminho de Du Roy se faz de pequeninas, nojentas, repulsivas regras que o escudam de ter dignidade porque isso lhe custaria os melhores planos, sentimentos porque isso o tornaria frágil, honra porque isso faria dela a vítima e não o agressor.

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Todas as mulheres são rameiras, devemos servir-nos delas e nada lhes dar de nosso.
196
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De resto, este Bel-Ami está enamorado de uma inconsequente vontade de viver a vida de forma perigosa e no limite. Castrado de verdadeiros sentimentos, abandona-se a sensações fortes.

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Olhava o rosto sério e respeitável de M. de Marelle, experimentando nos lábios uma vontade de rir e pensando: «A ti, ando a pôr-te os cornos, meu velho, a pôr-te os cornos. E uma satisfação íntima, viciosa, penetrava-o, um regozijo de ladrão que foi bem-sucedido e que não levanta suspeitas, um regozijo perverso, delicioso. Sentia de súbito vontade de se fazer amigo daquele homem, de conquistar a sua confiança, de o levar a contar-lhe as coisas secretas da sua vida.
121
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É um homem triste, perigosamente triste, frio, calculista, inteligente, mas um homem que compreende a fundo, e em muito pouco tempo, como verdadeiramente se opera em sociedade. Tachos e tachinhos, influências, conhecimentos... Bel-Ami congrega os defeitos de uma sociedade, é um modelo à escala dos vícios da humanidade, mas é apenas um entre muitos. Nós crispamo-nos contra o seu comportamento, mas ele representa uma gota de água no oceano...

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As damas de caridade tinham recolhido mais de três mil francos. Depois de pagas todas as despesas, restaram duzentos e vinte francos para os órfãos do sexto arrondissement.
210
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Stupendo, non ci sono parole, Maupassant come disse Emilio Cecchi ci comunica con Bel-Ami un senso dell'esistenza gagliardo e festevole. Per chi come me lo conosceva ma non lo aveva mai davvero letto, consiglio assolutamente di farlo.
Un romanzo che anche se pubblicato nel 1885 rimane ancora oggi un romanzo moderno, bellissime le descrizioni dei luoghi di Parigi e della città natale di Duroy in Normandia.
informative mysterious reflective sad tense medium-paced
Plot or Character Driven: A mix
Strong character development: Yes
Loveable characters: Complicated
Diverse cast of characters: Yes
Flaws of characters a main focus: Yes