3.98k reviews for:

El exorcista

William Peter Blatty

4.06 AVERAGE


Loved this, especially how it’s more ambiguous than the film is in revealing whether Regan is actually is possessed or whether it’s genuine mental illness.

Would’ve rated it 4.5 stars if Goodreads had that option.

Deve ter sido a terceira ou quarta vez que li O Exorcista, livro de William Peter Blatty que deu origem ao filme de 1973 (no qual Blatty é o roteirista, inclusive). Sempre que me perguntam quais são os meus livros-conforto e eu respondo que esse é um deles, as pessoas reagem com estranhamento porque, bem, história macabra, né. No mínimo tensa. Mas eu realmente me sinto confortável lendo sobre a possessão de Regan MacNeil e a jornada do padre Damien Karras na recuperação de sua fé.

Quando o li pela primeira vez, lembro que fiquei bem assustada e olhava de soslaio para trás de tempos em tempos para me certificar de que estava tudo bem. As outras leituras foram diferentes. Ainda existem momentos assustadores, mas agora o medo não está na possessão em si, ou mesmo no demônio Pazuzu, e sim em questões sociais que perpassam a obra.

Damien Karras é a personagem principal. Um padre filho de uma mulher imigrante, Karras sempre esteve à margem da sociedade. Teve o apoio da igreja para estudar, chegando a formar-se em Harvard em medicina com especialização em psiquiatria. Um homem estudado de origem humilde, ele sente que deve algo ao mundo. É respeitado hoje, mas ainda não sente que deveria ser, se autossabotando em diversos momentos. Para Karras, o mundo é pesado e o caos reina. Ele é um padre que perdeu a fé.

"Mais enraizado na lógica estava o silêncio de Deus. No mundo, havia maldade, e grande parte dela resultava da dúvida, de uma confusão real entre homens de boa vontade. Um Deus razoável se recusaria a eliminá-la? Não a revelaria ele mesmo, por fim? Não falaria?"

O caso MacNeil parece surgir na hora certa - ou na muito errada, dependendo de quem lê a história. Logo após a morte da mãe de Karras - pela qual ele sente-se soterrado no luto, já que ela morreu sozinha e ficou dias morta em seu apartamento até que os vizinhos percebessem que havia algo de errado -, os eventos que já haviam começado a se desenrolar no lar das MacNeil dão uma guinada tenebrosa. A doce e gentil Regan, que tinha acabado de completar 12 anos, havia passado por semanas de exames intensos e medicações pesadas, tudo para receber o diagnóstico de nada. Tecnicamente, não havia nada de errado com ela, ao menos não fisicamente. Ainda assim, Regan agia de modo cada vez mais estranho, violento e obsceno.

Quando a violência passa a ser sexual, a hipótese da possessão demoníaca é levantada. Se real ou por autossugestão, é uma questão que o livro deixa em aberto - o importante é solucionar o caso, não converter ninguém. Todavia, é o padre que acaba convertido. Ao procurar a ajuda de Karras, Chris MacNeil, a mãe de Regan, testa todas as bases de fé do padre, que vê suas certezas se desfazendo ao perceber as atrocidades cometidas por aquela criança. Entre fatos científicos e o medo de estar na presença do sobrenatural, Karras é levado aos seus próprios limites.

O que eu gosto em O Exorcista é como ele me faz pensar no mal - o verdadeiro mal, não o mal demoníaco. Porque embora exista uma questão de crenças e descrenças, em determinado momento da história o padre Merrin, que é o exorcista de fato, fala para o Karras que o mal está nas pessoas que deixam de amar umas às outras. Porque o amor, segundo ele, não é necessariamente o estar apaixonado, mas sim o tratar o outro com cuidado, com carinho, fazer o bem. E é muito sobre isso. Os seres humanos não precisam de um demônio para fazer o mal, eles mesmos dão conta disso por si próprios.

Também me faz pensar no caos da vida e em como sempre estamos dispostos a aceitar qualquer coisa em busca de algo que nos dê sentido. Para Karras, esse algo era acreditar que Regan era uma menina possuída por um demônio, não com uma doença psicológica. E isso faz com que ele, em sua última cena no livro, tenha um brilho no olhar, um brilho genuíno de alegria, mesmo em condições tão terríveis.

E talvez seja esse o ponto. Não é um livro sobre o demônio, nem mesmo sobre a possessão em si, embora esse seja o fio condutor da história. É um livro sobre a esperança de encontrar um sentido no meio de tanta coisa ruim que acontece. E não é isso que estamos todos buscando, todos os dias?
dark emotional sad tense medium-paced
Strong character development: Complicated
Loveable characters: Complicated

A hauntingly sad book. It scares you subtly, but the fear it projects it demonic and strong. I was genuinely upset by Father Karass’ end. The dialogue style is not my typical reading type, so it was a bit hard for me to follow in some places. 

Absolutely love the movie and now can add the book to my favorites. Awesome and spooky read.
dark tense

Honestly one of the most unsettling books I've read
dark emotional mysterious sad tense medium-paced
Plot or Character Driven: A mix
Strong character development: Yes
Loveable characters: Yes
Diverse cast of characters: No
Flaws of characters a main focus: Yes
dark mysterious tense medium-paced
Plot or Character Driven: Plot
Strong character development: Complicated
Loveable characters: Complicated
Diverse cast of characters: Complicated
Flaws of characters a main focus: No

Definitely more graphic and unhinged than the movie version, but the movie did it justice. In the book, you don't "see" quite so much of the Exorcism, but you do get the effects of it on the people around them, and that's pretty rough to see. Especially Regan's interactions with others when she is in a scene. 

But I really could've done without so much of the detective. He's obnoxious and he rambles so much that I don't even remember why he's there half the time. 

Expand filter menu Content Warnings
challenging dark emotional tense fast-paced
Plot or Character Driven: A mix
Strong character development: Yes
Loveable characters: N/A
Diverse cast of characters: Yes
Flaws of characters a main focus: Yes

It took me a long time to get around to watching the movie for the first time. I think I imagined that it would dwell more on the blasphemous than it actually did, and as a Christian (who happens to like horror...) I really did not like that idea. But, as a horror fan, my curiosity got the better of me and I finally watched the movie, and loved it. I think the book is kind of the same way. I kind of dreaded it more on its reputation that what the book actually contains. This book is not about the demon all that much. Really, it is about faith, or lack thereof in people's lives, especially that of Father Karras. It is about how people can come to faith, or not, and about how that can change throughout their lives. It really is a fascinating book, and I highly recommend it.
dark mysterious tense slow-paced
Plot or Character Driven: Plot
Strong character development: No
Loveable characters: No
Diverse cast of characters: No
Flaws of characters a main focus: No