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O ladrão da eternidade by Clive Barker
3.0

O Ladrão da Eternidade apareceu-me na lista de recomendações do Goodreads há uns tempos. A capa do livro interessou-se mais que a sinopse, mas não deixei de ficar curiosa. Só que, enfim, era daqueles livros que deixamos na nossa lista mental, arquivado na pasta "um dia destes hei-de ler isto", sem data prevista, nem verdadeira vontade.

Mas o destino colocou-o na minha vida a 2,50€ e eu não resisti.
Duzentas e poucas páginas depois, esta pessoa que sou hoje e que aqui escreve, não ficou particularmente entusiasmada com a leitura. Mas o meu Eu de 11 ou 12 anos, que começou a descobrir o prazer da leitura e que adorava descobrir novos mundos, cheios de magia e finais felizes, ficou encantada.

O Ladrão da Eternidade não é um livro como O Princepezinho, que nos marca e ensina, e que lemos várias vezes ao longo da nossa vida. E não é como as aventuras de Harry Potter, que cresceram connosco e, de alguma forma, nos moldaram. Não, este livro é como aquelas sagas estilo Uma Aventura, que todas as vezes nos traziam novos mistérios para serem resolvidos pelos heróis, que acabavam sempre por salvar o dia.

O herói aqui é Harvey Swick, um garoto de 10 anos que odeia o Inverno: Chove, faz frio, a escola é ainda mais aborrecida, não se pode brincar lá fora e a mãe parece ser ainda mais chata em relação à arrumação do quarto. Mas quando o misterioso Rictus aparece à sua janela e promete diversão e um Verão eterno, Harvey hesita mas, e tal como eu perante o preço deste livro, não resiste.

A história é simples e descomplicada, e a leitura é fácil e faz-se em duas horas ou menos. Para mim, é daqueles livros que vai ficar na prateleira porque lhe tenho algum carinho, mas que nunca vou reler já que, embora me tivesse entretido durante aquele par de horas, não me dá vontade de saber mais, de questionar sobre o depois.

Em poucas palavras, O Ladrão da Eternidade tem pouco de memorável e um toque demasiado infantil para receber mais que 3 estrelas.