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A review by tullius
Entrevistas breves con hombres repulsivos by David Foster Wallace
4.0
A primeira vez que entro em contato com DFW (na verdade segunda visto que a primeira foi no icônico THIS IS WATER) e fica evidente porque ele talvez tenha sido o último grande filósofo ocidental que tivemos. por mais que o que se apresenta aqui sejam contos, todos eles são pensados a partir de um homem que olhou o mundo ao seu redor, o estudou, dissecou, nele participou e, em última instância, o rejeitou da forma mais abrupta possível: tirando a própria vida.
e é o retrato desse dissecamento que toma forma aqui. todos os homens e mulheres hediondos aqui estão sendo honestos. não há uma preocupação com moral, com regras, com certo e errado. há apenas a vida e a experiência de viver. e isso é grotesco. despido de qualquer esperança, de qualquer trato social, de qualquer pequeno músculo que se contrai no fundo das nossas mentes para que nos tornemos membros ativos e ?funcionais? da sociedade, o humano que sobra conhece apenas a si mesmo e o que lhe alcança.
o resultado daí são contos que não se importam em ser desconfortáveis, cruéis, viscerais, agressivos, apáticos e, por causa disso tudo, humanos. um deles em específico aponta justamente para a consciência que se adquire sobre a vida e sobre você mesmo uma vez que algo horrível lhe ocorre, como se a total perda da dignidade e do valor enquanto humano fosse a única forma de alcançar uma real compreensão do que quer que venha ser um humano, e como ele se diferencia de uma coisa. a existência pode, e muitas das vezes é, ser desoladora.
enfim, um baita livro, escrita maravilhosamente fodida e contos que colocam o dedo na ferida e apertam e espremem e jogam pimenta com sal e apertam novamente. mal posso esperar pra começar GRAÇA INFINITA.
e é o retrato desse dissecamento que toma forma aqui. todos os homens e mulheres hediondos aqui estão sendo honestos. não há uma preocupação com moral, com regras, com certo e errado. há apenas a vida e a experiência de viver. e isso é grotesco. despido de qualquer esperança, de qualquer trato social, de qualquer pequeno músculo que se contrai no fundo das nossas mentes para que nos tornemos membros ativos e ?funcionais? da sociedade, o humano que sobra conhece apenas a si mesmo e o que lhe alcança.
o resultado daí são contos que não se importam em ser desconfortáveis, cruéis, viscerais, agressivos, apáticos e, por causa disso tudo, humanos. um deles em específico aponta justamente para a consciência que se adquire sobre a vida e sobre você mesmo uma vez que algo horrível lhe ocorre, como se a total perda da dignidade e do valor enquanto humano fosse a única forma de alcançar uma real compreensão do que quer que venha ser um humano, e como ele se diferencia de uma coisa. a existência pode, e muitas das vezes é, ser desoladora.
enfim, um baita livro, escrita maravilhosamente fodida e contos que colocam o dedo na ferida e apertam e espremem e jogam pimenta com sal e apertam novamente. mal posso esperar pra começar GRAÇA INFINITA.