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igormdemiranda 's review for:
Em Busca do Tempo Perdido
by Fernando Py, Marcel Proust
O que dizer de um livro tão grandioso?
Tudo que posso dizer é que Proust através de sua obra quebrou vários recordes em minha vida: o de livro mais longo, mais complexo, mas também, do melhor. Em uma jornada que durou quase 6 meses, Proust me fez encarar diferentes lados do meu ser, da minha personalidade, da minha história. Ele me fez rever os meus posicionamentos sociais, me tornou mais atencioso aos detalhes, me atentou para as minhas falhas no amor e me provou que é possível que palavras possam acender emoções fortes dentro de nós.
Depois de anos complexos de vida, eu havia começado a terapia, havia mudado para uma casa nova e estava pronto para encarar o que pareciam ser aqueles anos perdidos.
Por isso, digo: é preciso escolher bem o momento correto para encarar 'Em Busca do Tempo Perdido'. Não basta apenas querer, como na maior parte dos livros — é preciso fazer uma escolha sincera. Primeiro, é necessário saber se os seus hábitos de leitura são bem consolidados, em tempo, em espaço, em ritmo. Segundo, é preciso estar disposto a enfrentar as divagações de Proust (que são muitas e cansativas) enquanto se faz uma análise própria de sua vida pela ótica Proustiana.
Por fim, é preciso estar pronto para encarar a inevitabilidade da passagem do tempo, que não poupou nem o seu autor Proust antes de acabar a obra, deixando sem revisar os volumes V, VI e VII da obra. Sob essa ótica, é importante se questionar:
'Quão boas são as memórias formadas por você?'
'Quão detalhada é a vida que você diz viver?'
Se a trama que envolve a jornada de formação de Marcel como escritor através das sensações nostálgicas que o gosto de uma madeleine mergulhadas em um chá trouxeram a ele, é porque a trama se faz menor ante o significado da obra para cada pessoa, cada um de nós, assim como Marcel gostaria.
Não existe um prazer literário maior do que passar pelas milhares de páginas da obra e, enfim, terminá-la.
William Faulkner e Virginia Woolf não estavam errados: 'Em Busca do Tempo Perdido' talvez seja a obra definitiva da literatura mundial.
Tudo que posso dizer é que Proust através de sua obra quebrou vários recordes em minha vida: o de livro mais longo, mais complexo, mas também, do melhor. Em uma jornada que durou quase 6 meses, Proust me fez encarar diferentes lados do meu ser, da minha personalidade, da minha história. Ele me fez rever os meus posicionamentos sociais, me tornou mais atencioso aos detalhes, me atentou para as minhas falhas no amor e me provou que é possível que palavras possam acender emoções fortes dentro de nós.
Depois de anos complexos de vida, eu havia começado a terapia, havia mudado para uma casa nova e estava pronto para encarar o que pareciam ser aqueles anos perdidos.
Por isso, digo: é preciso escolher bem o momento correto para encarar 'Em Busca do Tempo Perdido'. Não basta apenas querer, como na maior parte dos livros — é preciso fazer uma escolha sincera. Primeiro, é necessário saber se os seus hábitos de leitura são bem consolidados, em tempo, em espaço, em ritmo. Segundo, é preciso estar disposto a enfrentar as divagações de Proust (que são muitas e cansativas) enquanto se faz uma análise própria de sua vida pela ótica Proustiana.
Por fim, é preciso estar pronto para encarar a inevitabilidade da passagem do tempo, que não poupou nem o seu autor Proust antes de acabar a obra, deixando sem revisar os volumes V, VI e VII da obra. Sob essa ótica, é importante se questionar:
'Quão boas são as memórias formadas por você?'
'Quão detalhada é a vida que você diz viver?'
Se a trama que envolve a jornada de formação de Marcel como escritor através das sensações nostálgicas que o gosto de uma madeleine mergulhadas em um chá trouxeram a ele, é porque a trama se faz menor ante o significado da obra para cada pessoa, cada um de nós, assim como Marcel gostaria.
Não existe um prazer literário maior do que passar pelas milhares de páginas da obra e, enfim, terminá-la.
William Faulkner e Virginia Woolf não estavam errados: 'Em Busca do Tempo Perdido' talvez seja a obra definitiva da literatura mundial.