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marcio 's review for:
Paradero desconocido
by Kathrine Kressmann Taylor
Continuo a dizer que não é necessário escrever um monumento de livro para que atinja aquilo a que seu autor ou sua autora pretendiam. Kathrine Kressmann Taylor o fez em um pequeno livro, contudente e, porque não, tocante também.
Max e Martin, amigos de uma vida e sócios em um negócio de venda de obras de arte. Os dois, nascidos na Alemanha, tendo imigrado aos EUA após a Primeira Guerra Mundial. Max é judeu e tem uma irmã, Griselle, que foi amante de Martin. Martins resolve retornar à Alemanha com sua esposa e filhos em 1932, na altura em que Hitler ascende ao poder. De ideias liberais e humanista, vemos Martin se transformar em menos de um ano num fanático do hitlerismo e do nazismo, contrário aos judeus. Tudo isso, ao longo das poucas cartas que vão trocando.
Não pude deixar de afastar da minha mente o ano de 2017 no Brasil. De repente, ondas de ódio, de clamaros de "cidadãos do bem" (nunca entendi bem o que é isso), de ideias retrógradas e contrárias ao espirito democrático e de um conservadorismo fanático assustador, para ficar apenas em algumas características desse movimento de índole fascista que tomou conta do país.
Tenho a impressão que, muitas vezes, as pessoas tendem a esconder ou camuflar ideias e atitudes que ficam à espreita do momento certo para serem colocadas para fora. Isso fica muito patente sempre que leio obras que envolvem a Segunda Guerra Mundial, por exemplo, como tem sido a leitura dos livros de Giorgio Bassani.
Que possamos nos educar verdadeiramente, não com mentiras diversas vezes repetidas. Pois elas nunca se tornarão verdades para quem tem a sensibilidade e a capadidade da auteridade e da empatia.
Max e Martin, amigos de uma vida e sócios em um negócio de venda de obras de arte. Os dois, nascidos na Alemanha, tendo imigrado aos EUA após a Primeira Guerra Mundial. Max é judeu e tem uma irmã, Griselle, que foi amante de Martin. Martins resolve retornar à Alemanha com sua esposa e filhos em 1932, na altura em que Hitler ascende ao poder. De ideias liberais e humanista, vemos Martin se transformar em menos de um ano num fanático do hitlerismo e do nazismo, contrário aos judeus. Tudo isso, ao longo das poucas cartas que vão trocando.
Não pude deixar de afastar da minha mente o ano de 2017 no Brasil. De repente, ondas de ódio, de clamaros de "cidadãos do bem" (nunca entendi bem o que é isso), de ideias retrógradas e contrárias ao espirito democrático e de um conservadorismo fanático assustador, para ficar apenas em algumas características desse movimento de índole fascista que tomou conta do país.
Tenho a impressão que, muitas vezes, as pessoas tendem a esconder ou camuflar ideias e atitudes que ficam à espreita do momento certo para serem colocadas para fora. Isso fica muito patente sempre que leio obras que envolvem a Segunda Guerra Mundial, por exemplo, como tem sido a leitura dos livros de Giorgio Bassani.
Que possamos nos educar verdadeiramente, não com mentiras diversas vezes repetidas. Pois elas nunca se tornarão verdades para quem tem a sensibilidade e a capadidade da auteridade e da empatia.