A review by leapais
Contos de Natal by Charles Dickens

3.0

Este ano o meu Natal foi muito estranho. Não houve árvore, não estava com espírito, nem me lembrava, tão pouco, que estava na época do ano que mais gosto. Ainda assim optei por entrar em vários sorteios e acabei por receber este livro num deles (obrigado Sofia!) pelo que tentei entrar no espírito do Natal com a sua leitura. Nem isso ajudou e só ontem o consegui acabar.

Quem é que, desse lado, nunca leu, ouviu falar ou viu o filme Cântico de Natal ou um conto de Natal? este é o conto que inicia o livro e é, seguramente, o mais conhecido e o melhor dos três que compõem este livro. Ao que parece esta história foi escrita, inicialmente, em menos de um mês para que o autor pudesse pagar as suas dívidas, e acabou por se tornar um dos maiores clássicos de Natal de todos os tempos e uma das mais célebres obras de Dickens. O livro vale todo por este clássico, uma verdadeira maravilha, mesmo que já se conheça a história e que seja referenciada constantemente.

Os Carrilhões não está mal. Começa bem - uma família pobre que vive com extremas dificuldades perto duma igreja onde tocam os carrilhões e que o pai da família sente uma ligação aos carrilhões - mas depois descamba um bocado para maisdomesmo. Torna-se um bocado confuso, acabamos por perder um pouco o fio da história e acaba por desiludir no fim.

O último conto é O Grilo da Lareira e, confesso, não o acabei. Vinha já meio desiludida com Os Carrilhões, a escrita deste conto é mais complicada que os outros, a história é ainda mais confusa... li metade e nem me lembro bem sobre o que era.

De qualquer maneira, e como já disse, o livro vale todo pelo primeiro conto. No próximo Natal faço questão de voltar a ler o Cântico de Natal, já embuida do espírito Natalício. E, quem sabe, conseguirei apreciar devidamente os outros dois contos.