Scan barcode
A review by pjv1013
Heliogábalo ou o Anarquista Coroado by Antonin Artaud, Aníbal Fernandes
4.0
Uma deriva apaixonada, e algo louca, do fervor surrealista de Artaud é o que temos neste "Heliogábalo ou o anarquista coroado".
Artaud escreve este livro em 1933 num registo de violência extrema e excesso sexual e corpóreo nos obriga a repensar e re-equacionar alguns das mais prementes questões do tempo em que o autor viveu, em especial o poder inquisitivo e impositivo das religiões.
Por isso mesmo é algures entre o excesso corpóreo - sangue e esperma como expressões - e o esoterismo religioso que se prende e plasma esta obra biográfica de um imperador romano desalinhado da historiografia oficial.
A beleza da escrita de Artaud, o seu protesto lírico e transgressivo em torno da loucura de outros tempos é quase uma reação visceral à modernidade vigente - mas em rápida e crescente crise - dos anos 30.
Sim. Ler Artaud foi bom, foi bom voltar à crítica surreal, ao desmontar sem pudor dos tempos da modernidade.
Artaud escreve este livro em 1933 num registo de violência extrema e excesso sexual e corpóreo nos obriga a repensar e re-equacionar alguns das mais prementes questões do tempo em que o autor viveu, em especial o poder inquisitivo e impositivo das religiões.
Por isso mesmo é algures entre o excesso corpóreo - sangue e esperma como expressões - e o esoterismo religioso que se prende e plasma esta obra biográfica de um imperador romano desalinhado da historiografia oficial.
A beleza da escrita de Artaud, o seu protesto lírico e transgressivo em torno da loucura de outros tempos é quase uma reação visceral à modernidade vigente - mas em rápida e crescente crise - dos anos 30.
Sim. Ler Artaud foi bom, foi bom voltar à crítica surreal, ao desmontar sem pudor dos tempos da modernidade.