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A review by samanthamsouza
Quarto de Despejo by Carolina Maria de Jesus
5.0
4,5 estrelas!
Esse era um dos livros da lista do vestibular que eu estava mais ansiosa para ler, pela temática e por se tratar de um diário, ou seja, é a vivência da própria autora retratada na obra. Não me decepcionei, pois "Quarto de Despejo" é realmente tão emocionante e honesto quanto eu achei que seria.
Quando eu leio esse tipo de obra - assim como "Capitães da Areia", por exemplo -, o que sempre me deixa triste é perceber como as coisas, infelizmente, não mudaram muito. Ainda existem milhares de pessoas vivendo em situação de extrema pobreza, como era o caso da Carolina e os moradores da favela do Canindé, esquecidos pelo Estado e destratados pela sociedade.
Mas acho que o mais marcante dessa obra, pra mim, não é necessariamente o conteúdo dela - que é super importante, aliás -, mas sim a própria escrita da Carolina. Ela usa palavras simples, sim, porque estudou por apenas dois anos, mas ao mesmo tempo ela tem uma forma até poética de descrever o mundo, de mostrar sua condição. Além disso, percebe-se que ela tem uma mente sagaz, que é extremamente inteligente, e isso acaba sendo transmitido para o leitor através da sua escrita.
Vou destacar aqui uma citação que traz justamente a explicação para o título do livro (na página 37): "Quando estou na cidade tenho a impressão que estou na sala de visita com seus lustres de cristais, seus tapetes de viludos, almofadas de sitim. E quando estou na favela tenho a impressão que sou um objeto fora de uso, digno de estar num quarto de despejo." Isso é muito forte!
Fiquei feliz demais por ter lido essa obra, por ter gostado tanto quanto achei que gostaria, e por ela ser pedida pelo vestibular mais importante do meu estado.
Esse era um dos livros da lista do vestibular que eu estava mais ansiosa para ler, pela temática e por se tratar de um diário, ou seja, é a vivência da própria autora retratada na obra. Não me decepcionei, pois "Quarto de Despejo" é realmente tão emocionante e honesto quanto eu achei que seria.
Quando eu leio esse tipo de obra - assim como "Capitães da Areia", por exemplo -, o que sempre me deixa triste é perceber como as coisas, infelizmente, não mudaram muito. Ainda existem milhares de pessoas vivendo em situação de extrema pobreza, como era o caso da Carolina e os moradores da favela do Canindé, esquecidos pelo Estado e destratados pela sociedade.
Mas acho que o mais marcante dessa obra, pra mim, não é necessariamente o conteúdo dela - que é super importante, aliás -, mas sim a própria escrita da Carolina. Ela usa palavras simples, sim, porque estudou por apenas dois anos, mas ao mesmo tempo ela tem uma forma até poética de descrever o mundo, de mostrar sua condição. Além disso, percebe-se que ela tem uma mente sagaz, que é extremamente inteligente, e isso acaba sendo transmitido para o leitor através da sua escrita.
Vou destacar aqui uma citação que traz justamente a explicação para o título do livro (na página 37): "Quando estou na cidade tenho a impressão que estou na sala de visita com seus lustres de cristais, seus tapetes de viludos, almofadas de sitim. E quando estou na favela tenho a impressão que sou um objeto fora de uso, digno de estar num quarto de despejo." Isso é muito forte!
Fiquei feliz demais por ter lido essa obra, por ter gostado tanto quanto achei que gostaria, e por ela ser pedida pelo vestibular mais importante do meu estado.