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rui_leite 's review for:
O Anjo Mais Estúpido
by Christopher Moore
Primeiro deixem-me tirar uma coisa do caminho... já li muitas reviews a compararem Moore a Pratchett, admito que, como fã de Pratchett, foi isso, em primeiro lugar, que me chamou à atenção. Na realidade, depois de ler este livro, as únicas coisas que eles me parecem ter em comum são o facto de ambos escreverem humor e gostarem de atirar "pessoas normais" para histórias fantásticas. Tirando isso têm ambos um tom bastante diferente, Moore tem um humor muito mais cru, que poderá chocar algumas susceptibilidades, enquanto que alguém que fique ofendido pela escrita de Pratchett...bem... deve ser mais sensível do que uma velhinha victoriana.
Dito isto, acabei por ficar bastante satisfeito com a leitura. De facto, chegando aos momentos finais, fiquei consideravelmente espantado quando reparei no quanto eu, realmente, queria saber de todas as personagens envolvidas nesta história, muitas delas com quem, inicialmente, não me parecia estar a simpatizar. O facto é que, por mais irritantes que algumas delas pareçam ser ao principio (I'm looking at you Tuck), acabam por mostrar sempre alguma qualidade redentora que nos faz dizer "oh, bem... ele até é um bom tipo" e acabar por torcer para que acabem bem. Para mim isso foi particularmente notório em Theo, que sinceramente, começou por me parecer um idiota sem espinha nem cérebro mas que, no final, acabou por se revelar alguém completamente merecedor do meu respeito.
Em questões de humor há momentos absolutamente deliciosos, alguns que me fizeram rir em voz alta em locais muito pouco apropriados (o que é sempre bom). Como highlights temos as conversas entre os mortos (tanto antes como depois de se zombificarem), qualquer cena com o Anjo (só tenho pena que ele não tivesse mais page time, really) e quase todos os momentos de Kendra, A Beleza Guerreira Alienígena.
(De facto diga-se de passagem, a perfeita aleatóriedade e desnecessidade do epilogo, ou lá o que o ultimo capitulo era, só é perdoada pelo absolute moment of awesome que dá a Kendra... isso, a mim, fez com que aquele pedaço de word padding se redimisse.)
Uma coisa de que me arrependo, no entanto, foi de ter pegado na tradução em vez de ler a versão original... não que, no geral, a tradutora não tenha feito um trabalho decente... mas havia passagens que, estou certo, teriam muito mais piada em inglês, para além do mais havia um claro exagero nas "notas de tradução", quase sempre desnecessárias (a sério, será assim tão importante dizer quem é o São Nicolau, por exemplo?) e, ao fim de um bocado, bastante irritantes...
De resto, realmente, fiquei com vontade de ler mais trabalhos do senhor Moore.
Dito isto, acabei por ficar bastante satisfeito com a leitura. De facto, chegando aos momentos finais, fiquei consideravelmente espantado quando reparei no quanto eu, realmente, queria saber de todas as personagens envolvidas nesta história, muitas delas com quem, inicialmente, não me parecia estar a simpatizar. O facto é que, por mais irritantes que algumas delas pareçam ser ao principio (I'm looking at you Tuck), acabam por mostrar sempre alguma qualidade redentora que nos faz dizer "oh, bem... ele até é um bom tipo" e acabar por torcer para que acabem bem. Para mim isso foi particularmente notório em Theo, que sinceramente, começou por me parecer um idiota sem espinha nem cérebro mas que, no final, acabou por se revelar alguém completamente merecedor do meu respeito.
Em questões de humor há momentos absolutamente deliciosos, alguns que me fizeram rir em voz alta em locais muito pouco apropriados (o que é sempre bom). Como highlights temos as conversas entre os mortos (tanto antes como depois de se zombificarem), qualquer cena com o Anjo (só tenho pena que ele não tivesse mais page time, really) e quase todos os momentos de Kendra, A Beleza Guerreira Alienígena.
(De facto diga-se de passagem, a perfeita aleatóriedade e desnecessidade do epilogo, ou lá o que o ultimo capitulo era, só é perdoada pelo absolute moment of awesome que dá a Kendra... isso, a mim, fez com que aquele pedaço de word padding se redimisse.)
Uma coisa de que me arrependo, no entanto, foi de ter pegado na tradução em vez de ler a versão original... não que, no geral, a tradutora não tenha feito um trabalho decente... mas havia passagens que, estou certo, teriam muito mais piada em inglês, para além do mais havia um claro exagero nas "notas de tradução", quase sempre desnecessárias (a sério, será assim tão importante dizer quem é o São Nicolau, por exemplo?) e, ao fim de um bocado, bastante irritantes...
De resto, realmente, fiquei com vontade de ler mais trabalhos do senhor Moore.