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ozielbispo 's review for:
As Flores do Mal
by Charles Baudelaire
"Existem manhãs em que abrimos a janela e temos a impressão de que o dia está nos esperando."
- Charles Baudelaire
Flores do Mal, de Charles Baudelaire, é uma coleção de poemas que é amplamente considerada uma obra-prima da poesia moderna e simbolista. A obra oferece um mergulho profundo na mente do poeta e aborda temas sombrios, eróticos e sexuais, como a sensualidade, a morte, a melancolia, a tristeza, o tédio, o diabo e as doenças. Através de sua poesia, Baudelaire explora o lado mais obscuro da existência humana, incorporando imagens de vermes, lama, podridão, mortos, esqueletos e outros elementos que ilustram a fragilidade e a efemeridade da vida.
A vida de Baudelaire foi marcada por dificuldades desde a infância. Seu pai faleceu quando ele tinha apenas seis anos, deixando-o com uma herança que ele passou a gastar de forma irresponsável em jogos e drogas, principalmente álcool. Viveu uma vida boêmia, relacionando-se com diversos artistas e mergulhando nas profundezas da experiência humana.
Em 1857, Baudelaire escreveu sua obra-prima, As Flores do Mal (Les Fleurs du Mal), uma coleção de 100 poemas. No entanto, devido ao conteúdo provocativo e transgressivo, a obra foi censurada e o poeta teve que pagar uma multa tanto para o Estado quanto para a editora. Apesar da controvérsia, As Flores do Mal permaneceu como um marco na literatura, desafiando as convenções estabelecidas e explorando novas fronteiras poéticas.
Além de sua própria produção literária, Baudelaire também se destacou como um tradutor talentoso, sendo responsável pela introdução das obras do escritor estadunidense Edgar Allan Poe na França. Baudelaire era um grande admirador de Poe e seu trabalho de tradução ajudou a popularizar a escrita do autor norte-americano no cenário literário francês.
Entre os poemas da coleção, um que se destaca é "O Albatroz", que traz uma metáfora poderosa sobre a condição do poeta. No poema, Baudelaire retrata os marinheiros que capturam um albatroz, majestosa ave dos mares, e a exibem no convés do navio. O monarca dos céus, uma criatura imponente e livre, é reduzido a uma figura desajeitada e envergonhada quando está fora de seu ambiente natural. Baudelaire utiliza essa imagem para refletir sobre sua própria condição de poeta, exilado no mundo terreno, incapaz de voar livremente e restrito pela sociedade. No entanto, apesar dessas limitações, o poeta mantém a bravura de um príncipe que enfrenta as adversidades e ri das flechas lançadas contra ele.
"Aquele que enfrenta os vendavais e ri da seta no ar;
Exilado no chão, em meio à turba obscura,
As asas de gigante impedem-no de andar."
(Tradução: Ivan Junqueira, As Flores do Mal, 1857)
Em suma, Flores do Mal é uma obra que mergulha nas profundezas da experiência humana, explorando os aspectos mais sombrios e proibidos da vida. Com uma linguagem poética intensa e imagens vívidas, Baudelaire desafia as convenções literárias de seu tempo, deixando um legado duradouro na poesia moderna. Sua obra continua a ser estudada e admirada por seu poder de expressão e sua capacidade de revelar as complexidades da alma humana.
- Charles Baudelaire
Flores do Mal, de Charles Baudelaire, é uma coleção de poemas que é amplamente considerada uma obra-prima da poesia moderna e simbolista. A obra oferece um mergulho profundo na mente do poeta e aborda temas sombrios, eróticos e sexuais, como a sensualidade, a morte, a melancolia, a tristeza, o tédio, o diabo e as doenças. Através de sua poesia, Baudelaire explora o lado mais obscuro da existência humana, incorporando imagens de vermes, lama, podridão, mortos, esqueletos e outros elementos que ilustram a fragilidade e a efemeridade da vida.
A vida de Baudelaire foi marcada por dificuldades desde a infância. Seu pai faleceu quando ele tinha apenas seis anos, deixando-o com uma herança que ele passou a gastar de forma irresponsável em jogos e drogas, principalmente álcool. Viveu uma vida boêmia, relacionando-se com diversos artistas e mergulhando nas profundezas da experiência humana.
Em 1857, Baudelaire escreveu sua obra-prima, As Flores do Mal (Les Fleurs du Mal), uma coleção de 100 poemas. No entanto, devido ao conteúdo provocativo e transgressivo, a obra foi censurada e o poeta teve que pagar uma multa tanto para o Estado quanto para a editora. Apesar da controvérsia, As Flores do Mal permaneceu como um marco na literatura, desafiando as convenções estabelecidas e explorando novas fronteiras poéticas.
Além de sua própria produção literária, Baudelaire também se destacou como um tradutor talentoso, sendo responsável pela introdução das obras do escritor estadunidense Edgar Allan Poe na França. Baudelaire era um grande admirador de Poe e seu trabalho de tradução ajudou a popularizar a escrita do autor norte-americano no cenário literário francês.
Entre os poemas da coleção, um que se destaca é "O Albatroz", que traz uma metáfora poderosa sobre a condição do poeta. No poema, Baudelaire retrata os marinheiros que capturam um albatroz, majestosa ave dos mares, e a exibem no convés do navio. O monarca dos céus, uma criatura imponente e livre, é reduzido a uma figura desajeitada e envergonhada quando está fora de seu ambiente natural. Baudelaire utiliza essa imagem para refletir sobre sua própria condição de poeta, exilado no mundo terreno, incapaz de voar livremente e restrito pela sociedade. No entanto, apesar dessas limitações, o poeta mantém a bravura de um príncipe que enfrenta as adversidades e ri das flechas lançadas contra ele.
"Aquele que enfrenta os vendavais e ri da seta no ar;
Exilado no chão, em meio à turba obscura,
As asas de gigante impedem-no de andar."
(Tradução: Ivan Junqueira, As Flores do Mal, 1857)
Em suma, Flores do Mal é uma obra que mergulha nas profundezas da experiência humana, explorando os aspectos mais sombrios e proibidos da vida. Com uma linguagem poética intensa e imagens vívidas, Baudelaire desafia as convenções literárias de seu tempo, deixando um legado duradouro na poesia moderna. Sua obra continua a ser estudada e admirada por seu poder de expressão e sua capacidade de revelar as complexidades da alma humana.