A review by herfleurs
The Henna Wars by Adiba Jaigirdar

emotional reflective fast-paced
  • Strong character development? No
  • Loveable characters? No
  • Diverse cast of characters? Yes
  • Flaws of characters a main focus? Yes

3.0

Eu adoro ler livros que tem uma narração fluida, que a gente ler super rápido mas não sente a história sendo corrida e The Henna Wars é muito bom nesse sentido. 

Eu gostei que a protagonista muitas vezes mostrou dificuldade em chamar o que ela sofria do que realmente era, muitas vezes para pessoas racializadas esse receio é muito presente. E quando superamos ele, como vemos no livro, até pessoas próximas de você diminuem isso fazendo a gente se sentir envergonhades. E é nesse ponto que quero deixar minha crítica, eu achei que dentro da narrativa seria muito interessante se as meninas tomassem a decisão de não aceitarem meias desculpas, ou que até no momento que foi falado (e parece que nem foi a primeira vez que Jesse disse algo do tipo) ela conseguisse expressar o quanto é racista o que ela diz. Deixando claro que não estou falando sobre ficar educando pessoas brancas a te tratarem com respeito, de forma nenhuma quero dizer isso. É justamente ao contrário, as duas melhores amigas de Jesse são pessoas racializadas, ela ganhou reconhecimento em cima de uma determinada coisa que é da cultura asiática, achei extremamente triste que as meninas estão presas em laços afetivos com ela que aceitam sempre esse tipo de comportamento. Seria um ótimo momento pra mostrar sobre como não devemos continuar em determinadas relações, do mesmo jeito que a Flávia poderia ter tido uma atitude no final do livro. Eu estou cobrando porque a autora traz essas pautas no livro mas finaliza tudo muito simples e sinto que todo momento é momento para ensinarmos nosses garotes a se amarem e não aceitarem migalhas e abusos racistas. 

Sobre a relação dos pais eu queria dizer que me identifiquei até, mas em resumo, como não teve realmente uma conversa ficou algo "ninguém pode machucar nossa filha além de nós mesmos". Na verdade a mãe dela, porque o pai nem sequer senti ele presente. 

Eu sinto que, apesar de entender, eu sinto que a autora também deveria ter colocado as meninas em algum momento procurando uma ajuda, seja da diretora, da conselheira, não sei. Sinto que foi mais uma oportunidade perdida de incentivar sempre a não deixar situações como essa passarem em branco.

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