A review by andrepithon
The Monster Baru Cormorant by Seth Dickinson

2.0

Bingo Fantasy/Sci-fi do Reddit
2.5: Revoluções e Rebeliões (Modo Difícil: É o tema principal do livro)

2.5

Existe um problema clássico de segundos livros.

Não é uma história fechada, uma introdução, um descobrir do mundo, já provido da inovação e da novidade do primeiro. Também não é uma conclusão, não carregando a história para seus melhores momentos, e amarrando todas as pontas previamente abertas. Claro que existem soluções. Um segundo livro pode expandir o mundo, pode aprofundar os personagens, pode conter uma história fechada que se completa. O monstro Baru Cormorant infelizmente não consegue fazer nada disso.

O final do primeiro livro é uma das passagens mais marcantes que eu li no gênero, difícil de superar, e o consagrou como um de meus favoritos. O segundo continua diretamente de onde o primeiro acaba, e a história fica estagnada por isso. Levam mais de 300 páginas para coisas acontecerem, para a narrativa se revelar. E quando se revela, e quando as promessas começam a se cumprir, temos um fim. As últimas 100 páginas são decentes, mas o livro é enrolado demais, o elenco novo não realmente trás nada revolucionário, o crescimento do mundo nos dá alguns conceitos interessantes, mas nenhum deles interessante o suficiente.

O que nos resta é uma ponte. Uma ponte entre um primeiro livro espetacular e um terceiro que talvez traga redenção para a série. Não é a pior das pontes. Tampouco é uma travessia especialmente agradável. Estamos na ponte pelo que jaz atrás dela, não pela viagem em si.

É um livro que cumpre seu propósito. É decente. Preparo o elenco para o terceiro. Leva a protagonista até onde ela deveria estar. Baru é um contadora, e esse é um livro justamente burocrático, manejando os números antes de conseguir chegar em uma conclusão. Agora é torcer para a conclusão valer a pena.