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jessygt 's review for:
Um Lugar Só Nosso
by Maurene Goo
Lucky é um dos maiores nomes do k-pop e está prestes a ficar ainda maior. Mas ela nem sabe se é isso que quer, nem mesmo sabe se ainda ama o que faz. Ela só queria mesmo um bom hambúrguer e um dia sem ninguém no seu pé. Enquanto isso, Jack está dando um tempo antes de começar a faculdade, dividido entre fazer o que ama e o que esperam dele. Os dois se esbarram por acaso, e talvez um seja justamente o que o outro precisa para passar desse momento de encruzilhada.
Se essa descrição lembra A princesa e o plebeu (Roman Holiday), filme clássico de 1953 com Audrey Hepburn e Gregory Peck, é porque é essa a intenção. A história é inspirada no longa de uma forma assumida e evidente, mas é modernizada de uma forma que ainda parece nova e original — e, mais importante, desta vez com protagonistas não-brancos. Tanto Lucky quanto Jack são coreano-americanos (americanos de ascendência coreana), assim como a autora [a:Maurene Goo|6549377|Maurene Goo|https://images.gr-assets.com/authors/1540924666p2/6549377.jpg], que resolveu fazer uma homenagem a seu filme favorito.
A leitura de Um lugar só nosso é, de fato, muito gostosa e leve, mas ainda tem espaço para abrir algumas conversas sobre diferenças culturais, o mundo do entretenimento e a transição para a vida adulta. Jack trabalha como fotógrafo de celebridades sem que seus pais saibam, porque a carreira que sonham para o filho é outra. Lucky vive uma vida bem presa devido, inclusive, a suas restrições como estrela adolescente de k-pop. Os fãs do gênero devem se sentir em casa.
Algo que acho que eu devo mencionar agora é que é importante que as conversas sobre, por exemplo, saúde mental e esse controle absurdo no meio do k-pop partam de alguém que conhece, acompanha ou está inserido no meio — como é feito no livro. Existem várias pessoas que não têm nenhum conhecimento e usam o que ouvem para desmerecer toda uma cultura diferente da sua, como se a indústria do entretenimento no ocidente fosse mais saudável. Evidentemente, não é. Alguns dos problemas são só diferentes, e olhe lá, especialmente se o artista for muito jovem. É só visualizar Britney Spears.
Os diálogos são incríveis e há muitas referências a cultura pop e música, incluindo o próprio título original do livro: "Somewhere Only We Know", aquela música da banda inglesa Keane. Além de fãs de k-pop e de livros jovem adulto no geral, Um lugar só nosso deve agradar especialmente fãs de [b:Para Todos os Garotos que Já Amei|25449676|Para Todos os Garotos que Já Amei (Para Todos os Garotos que Já Amei, #1)|Jenny Han|https://i.gr-assets.com/images/S/compressed.photo.goodreads.com/books/1430314017l/25449676._SX50_.jpg|21442106], série da [a:Jenny Han|151371|Jenny Han|https://images.gr-assets.com/authors/1492645464p2/151371.jpg], que também é coreana-americana e também transforma os clichês em algo novo com belas doses de representatividade.
https://www.puxadinhogeek.com.br/opiniao-sincera-um-lugar-so-nosso/
Se essa descrição lembra A princesa e o plebeu (Roman Holiday), filme clássico de 1953 com Audrey Hepburn e Gregory Peck, é porque é essa a intenção. A história é inspirada no longa de uma forma assumida e evidente, mas é modernizada de uma forma que ainda parece nova e original — e, mais importante, desta vez com protagonistas não-brancos. Tanto Lucky quanto Jack são coreano-americanos (americanos de ascendência coreana), assim como a autora [a:Maurene Goo|6549377|Maurene Goo|https://images.gr-assets.com/authors/1540924666p2/6549377.jpg], que resolveu fazer uma homenagem a seu filme favorito.
A leitura de Um lugar só nosso é, de fato, muito gostosa e leve, mas ainda tem espaço para abrir algumas conversas sobre diferenças culturais, o mundo do entretenimento e a transição para a vida adulta. Jack trabalha como fotógrafo de celebridades sem que seus pais saibam, porque a carreira que sonham para o filho é outra. Lucky vive uma vida bem presa devido, inclusive, a suas restrições como estrela adolescente de k-pop. Os fãs do gênero devem se sentir em casa.
Algo que acho que eu devo mencionar agora é que é importante que as conversas sobre, por exemplo, saúde mental e esse controle absurdo no meio do k-pop partam de alguém que conhece, acompanha ou está inserido no meio — como é feito no livro. Existem várias pessoas que não têm nenhum conhecimento e usam o que ouvem para desmerecer toda uma cultura diferente da sua, como se a indústria do entretenimento no ocidente fosse mais saudável. Evidentemente, não é. Alguns dos problemas são só diferentes, e olhe lá, especialmente se o artista for muito jovem. É só visualizar Britney Spears.
Os diálogos são incríveis e há muitas referências a cultura pop e música, incluindo o próprio título original do livro: "Somewhere Only We Know", aquela música da banda inglesa Keane. Além de fãs de k-pop e de livros jovem adulto no geral, Um lugar só nosso deve agradar especialmente fãs de [b:Para Todos os Garotos que Já Amei|25449676|Para Todos os Garotos que Já Amei (Para Todos os Garotos que Já Amei, #1)|Jenny Han|https://i.gr-assets.com/images/S/compressed.photo.goodreads.com/books/1430314017l/25449676._SX50_.jpg|21442106], série da [a:Jenny Han|151371|Jenny Han|https://images.gr-assets.com/authors/1492645464p2/151371.jpg], que também é coreana-americana e também transforma os clichês em algo novo com belas doses de representatividade.
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