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A review by ritaslilnook
Ensaio sobre a cegueira by José Saramago
4.0
Tantas questões, tanta história por preencher... mas a que mais me assombra é a razão pela qual a mulher do médico não cegou. O porquê da cegueira não me importa, nem o nome dos personagens
faz alguma diferença... mas, o porquê de ter sido apenas uma a pessoa a presenciar esse mal imundo a que Saramago chama de cegueira branca. Seremos nós a mulher do médico? A olhar de cima, a incitar para que entendamos que esta história levanta derivadas questões sobre a dignidade humana. Do e de quem ela depende e como, num piscar de olhos, em que tudo fica branco, tudo se pode perder. Creio que o mais chocante é ver em tão poucas palavras o quão terrível o Ser Humano pode ser. Tal como diz Saramago, “a pior cegueira é a mental, que faz que com que não reconheçamos o que temos à frente”, e assim o demonstra este livro: nós não somos boas pessoas, não há boas pessoas. Somos todos Seres iguais, alguns com divergências de personalidade e, exatamente por isso, é que necessária uma instituição capaz de manter a ordem social, capaz de controlar o instinto animal que nos possui aquando da aflição. Como o autor refere, "[...] não somos bons e é necessário termos coragem para o reconhecer”, no entanto, acredito que através desta história há espaço para aprendermos a ser melhores: menos egoístas, menos orgulhosos, ... menos tudo o que em demasia temos.
faz alguma diferença... mas, o porquê de ter sido apenas uma a pessoa a presenciar esse mal imundo a que Saramago chama de cegueira branca. Seremos nós a mulher do médico? A olhar de cima, a incitar para que entendamos que esta história levanta derivadas questões sobre a dignidade humana. Do e de quem ela depende e como, num piscar de olhos, em que tudo fica branco, tudo se pode perder. Creio que o mais chocante é ver em tão poucas palavras o quão terrível o Ser Humano pode ser. Tal como diz Saramago, “a pior cegueira é a mental, que faz que com que não reconheçamos o que temos à frente”, e assim o demonstra este livro: nós não somos boas pessoas, não há boas pessoas. Somos todos Seres iguais, alguns com divergências de personalidade e, exatamente por isso, é que necessária uma instituição capaz de manter a ordem social, capaz de controlar o instinto animal que nos possui aquando da aflição. Como o autor refere, "[...] não somos bons e é necessário termos coragem para o reconhecer”, no entanto, acredito que através desta história há espaço para aprendermos a ser melhores: menos egoístas, menos orgulhosos, ... menos tudo o que em demasia temos.