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A review by lucianarocha
O Jogo da Amarelinha by Julio Cortázar, Eric Nepomuceno
challenging
reflective
tense
slow-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? It's complicated
- Loveable characters? No
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? N/A
3.75
É um livro desafiador para um "leitor-fêmea" como eu.
O que me prendeu foi o fascínio pela narrativa de "antiromance" que fez muito sentido depois que peguei o jeito da coisa.
A escrita é brilhante e se tivesse lido há 25 anos teria achado genial. Mas o que eu veria como intelectualidade e profundidade nos personagens quando era jovem, hoje só me parece pedantismo e falta de louça pra lavar. Não acho que seja um demérito do autor, mas pessoas como eu, que vivem ou viveram vários tipos de escassez, tem dificuldade em alcançar certa iluminação intelectual mais natural em jovens que vão morar em Paris bancados pela família. Digo isso com inveja, quisera eu ter tempo pra sofrer procurando meu kibutz, "o centro" e não ter que me preocupar com a fatura do cartão.
Enfim, o livro é excepcionalmente bem escrito e gostei bastante de lê-lo, embora a leitura tenha sido cansativa em muitos momentos, e que eu tenha passado raiva querendo dar uns tapas nos personagens, (Horácio, principalmente).
Infelizmente sou o tipo de leitora que o autor meio que despreza, não tive nenhuma epifania, não mudou minha vida, não me fez chorar. Mas me divertiu. E, foi mal Julio, era só isso mesmo que eu queria. 🤷🏿♀️
O que me prendeu foi o fascínio pela narrativa de "antiromance" que fez muito sentido depois que peguei o jeito da coisa.
A escrita é brilhante e se tivesse lido há 25 anos teria achado genial. Mas o que eu veria como intelectualidade e profundidade nos personagens quando era jovem, hoje só me parece pedantismo e falta de louça pra lavar. Não acho que seja um demérito do autor, mas pessoas como eu, que vivem ou viveram vários tipos de escassez, tem dificuldade em alcançar certa iluminação intelectual mais natural em jovens que vão morar em Paris bancados pela família. Digo isso com inveja, quisera eu ter tempo pra sofrer procurando meu kibutz, "o centro" e não ter que me preocupar com a fatura do cartão.
Enfim, o livro é excepcionalmente bem escrito e gostei bastante de lê-lo, embora a leitura tenha sido cansativa em muitos momentos, e que eu tenha passado raiva querendo dar uns tapas nos personagens, (Horácio, principalmente).
Infelizmente sou o tipo de leitora que o autor meio que despreza, não tive nenhuma epifania, não mudou minha vida, não me fez chorar. Mas me divertiu. E, foi mal Julio, era só isso mesmo que eu queria. 🤷🏿♀️