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monyw 's review for:
A bibliotecária dos livros queimados
by Brianna Labuskes
Confesso que esperava muito desse livro, mas acabei achando a história lenta e (em maior parte) desinteressante. As últimas 100 páginas valeram muito a pena, mas confesso que até chegar lá, arrastei muito a leitura!
Adoro livros com essa temática, mas por grande parte do livro senti como se a história estivesse meio sem rumo, mesmo sabendo (mais ou menos) qual era o rumo que uma das personagens principais queria tomar.
Ah, as personagens! Achei o nome delas todos meio parecidos, o que me confundiu bastante no início! Dev e Viv, Althea e Hannah... com tantos nomes pra escolher...
Enfim, não foi de todo ruim. Gostei muito em como no fim (após conseguir chegar lá) o resultado das ações de Viv se desenrolara. Muita coisa sobre a repressão ainda acontece atualmente, e parece que nós nos esquecemos da história com mais frequência do que gostaríamos de assumir. Há muitas reflexões a serem feitas a partir do contexto desse livro, como o que Althea disse:
"Há coisas mais importantes neste mundo do que a política. Há coisas mais importantes neste mundo do que marcar uma vitória para o seu lado só para ter mais um ponto. Pode parecer uma reação melodramática exagerada para alguns de vocês, e talvez vocês zombem dessa ideia de que deveria haver tanto alvoroço por causa de livros. Muitas pessoas também se sentiam assim em maio de 1933. E eu lhes garanto, se aprendi alguma coisa no tempo que passei em Berlim, foi que um ataque aos livros, à racionalidade, ao conhecimento, não é uma tempestade em copo d'água, e sim um sinal de alerta. Há momentos na vida em que é preciso colocar o que está certo acima do partido em que vota. E, se os senhores não conseguem reconhecer os momentos em que os riscos são baixos, podem ter certeza de que não os reconhecerão quando forem altos.".
Esta citação se reflete altamente com o que têm acontecido em vários países, incluindo o Brasil, em relação à censura. A censura por meio literário é só a ponta do iceberg para maiores censuras opressoras que virão.
Um outro adendo que acho válido comentar é que gostei de ter as referências listadas no fim do livro. Raramente vejo isso em ficções históricas e sempre aprecio poder dar uma olhada em alguns dos artigos e livros usados para o desenvolvimento da história.
Adoro livros com essa temática, mas por grande parte do livro senti como se a história estivesse meio sem rumo, mesmo sabendo (mais ou menos) qual era o rumo que uma das personagens principais queria tomar.
Ah, as personagens! Achei o nome delas todos meio parecidos, o que me confundiu bastante no início! Dev e Viv, Althea e Hannah... com tantos nomes pra escolher...
Enfim, não foi de todo ruim. Gostei muito em como no fim (após conseguir chegar lá) o resultado das ações de Viv se desenrolara. Muita coisa sobre a repressão ainda acontece atualmente, e parece que nós nos esquecemos da história com mais frequência do que gostaríamos de assumir. Há muitas reflexões a serem feitas a partir do contexto desse livro, como o que Althea disse:
"Há coisas mais importantes neste mundo do que a política. Há coisas mais importantes neste mundo do que marcar uma vitória para o seu lado só para ter mais um ponto. Pode parecer uma reação melodramática exagerada para alguns de vocês, e talvez vocês zombem dessa ideia de que deveria haver tanto alvoroço por causa de livros. Muitas pessoas também se sentiam assim em maio de 1933. E eu lhes garanto, se aprendi alguma coisa no tempo que passei em Berlim, foi que um ataque aos livros, à racionalidade, ao conhecimento, não é uma tempestade em copo d'água, e sim um sinal de alerta. Há momentos na vida em que é preciso colocar o que está certo acima do partido em que vota. E, se os senhores não conseguem reconhecer os momentos em que os riscos são baixos, podem ter certeza de que não os reconhecerão quando forem altos.".
Esta citação se reflete altamente com o que têm acontecido em vários países, incluindo o Brasil, em relação à censura. A censura por meio literário é só a ponta do iceberg para maiores censuras opressoras que virão.
Um outro adendo que acho válido comentar é que gostei de ter as referências listadas no fim do livro. Raramente vejo isso em ficções históricas e sempre aprecio poder dar uma olhada em alguns dos artigos e livros usados para o desenvolvimento da história.