A review by anacatnascimento
The High Lord by Trudi Canavan

4.0

O final desta saga não podia ser, na minha opinião, de qualquer outra maneira. Doeu um bocadinho? Doeu, mas ainda bem: é sempre assim que sei que desfrutei verdadeiramente de um livro e que, embora não fosse o meu «the end» perfeito, é o «the end» certo.

«The High Lord» segue, essencialmente, Sonea e Akkarin, sempre com uma perninha na vida de Cery e Dannyl. A resolução final da Guilda em relação à Akkarin e às suas acções funciona como peças de dominó a cair, umas atrás das outras: a sentença pode vir a pôr em causa o mundo como se conhece - e o frustrante é que a Guilda não parece perceber isso.

Eventualmente os velhotes lá se dão conta que meteram a pata na poça e têm de remediar a situação - apesar de terem sido avisados que ia, passo a expressão, dar bode.

Gostei muito do facto de o clímax se ter dado na Guilda, onde a vida de Sonea como ela a conhecia acabou, mas deu lugar a um novo caminho, que lhe trouxe mais miséria que felicidade - mas que, a felicidade que trouxe, foi intensa, sentida e precisamente no momento certo.

No momento em que eu estava ler este livro, já sabia que Trudi Canavan tinha decidido dar uma continuação à saga - ou, pelo menos, usar partes dela numa nova trilogia - e escrever uma prequela. Tenho todos lá em casa, mas ainda não tive coragem de lhes pegar.

A história de Sonea é me tão particular que tenho medo de que o vem a seguir acabe por mudar a minha opinião em relação à saga. É mais ou menos como diz Akkarin:

“I watched the first woman I loved die. I dont think I can survive losing the second”.